quarta-feira, setembro 28, 2005
Jorge Sampaio condecora director da ONUSIDA
Lusa 28.09.05
O Presidente da República, Jorge Sampaio, condecora na próxima segunda-feira o director executivo da agência das Nações Unidas responsável pelo combate à Sida (ONUSIDA), Peter Piot, pela "sua colaboração com Portugal", disse à Lusa fonte de Belém.
O belga Peter Piot, que é o principal orador de um seminário organizado pela Gulbenkian sobre a situação da Sida no mundo, a 3 de Outubro, em Lisboa, será condecorado por Jorge Sampaio com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique.
O director da ONUSIDA chefia este organismo das Nações Unidas desde a sua criação, em 1995, tendo-se destacado pela sua acção no esclarecimento público dos perigos da doença e pelo seu envolvimento em diversas iniciativas com governos, técnicos e organizações não-governamentais.
Em diversas ocasiões, Peter Piot, 56 anos, tem desafiado os líderes mundiais para um envolvimento mais efectivo na luta contra a Sida, entendida esta como um grave problema social, económico e de segurança, em particular nos países mais pobres do mundo.
Em Portugal, o director da ONUSIDA (com a categoria de subsecretário-geral das Nações Unidas) tem colaborado com as autoridades e os técnicos portugueses da área da Sida, bem como atendido a solicitações de participação em iniciativas promovidas por Jorge Sampaio na luta contra a doença. Peter Piot é licenciado em Medicina e doutorado em Microbiologia.
O Presidente da República, Jorge Sampaio, condecora na próxima segunda-feira o director executivo da agência das Nações Unidas responsável pelo combate à Sida (ONUSIDA), Peter Piot, pela "sua colaboração com Portugal", disse à Lusa fonte de Belém.
O belga Peter Piot, que é o principal orador de um seminário organizado pela Gulbenkian sobre a situação da Sida no mundo, a 3 de Outubro, em Lisboa, será condecorado por Jorge Sampaio com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique.
O director da ONUSIDA chefia este organismo das Nações Unidas desde a sua criação, em 1995, tendo-se destacado pela sua acção no esclarecimento público dos perigos da doença e pelo seu envolvimento em diversas iniciativas com governos, técnicos e organizações não-governamentais.
Em diversas ocasiões, Peter Piot, 56 anos, tem desafiado os líderes mundiais para um envolvimento mais efectivo na luta contra a Sida, entendida esta como um grave problema social, económico e de segurança, em particular nos países mais pobres do mundo.
Em Portugal, o director da ONUSIDA (com a categoria de subsecretário-geral das Nações Unidas) tem colaborado com as autoridades e os técnicos portugueses da área da Sida, bem como atendido a solicitações de participação em iniciativas promovidas por Jorge Sampaio na luta contra a doença. Peter Piot é licenciado em Medicina e doutorado em Microbiologia.
segunda-feira, setembro 26, 2005
Sindicatos acusam PR Mbeki de falhar na liderança combate à SIDA
Lusa 26.09.05
A confederação sindical sul-africana Cosatu acusou o governo do ANC de não ter sabido liderar o país e o povo na luta contra a SIDA, que já matou um milhão de sul-africanos.
Zwelinzima Vavi, secretário-geral da Cosatu, afirmou durante o congresso da organização não-governamental Treatment Action Campaign (TAC), na Cidade do Cabo, que o facto de tanta gente estar infectada com o vírus da SIDA tem directamente a ver com o falhanço do sector público da Saúde em assistir a população na luta contra a doença, quer nas áreas da prevenção quer do tratamento.
"Esse falhanço do sector está em última instância ligado à ausência de liderança demonstrada pelo governo, designadamente pelo presidente e a sua ministra da Saúde", Thabo Mbeki e Manto Tshabalala-Msimang, acusou Vavi. Os maiores fracassos governamentais são, segundo aquele dirigente, a ausência de campanhas de educação eficazes ao nível do sistema de ensino, bem como a existência de um sistema de saúde pública que não trata adequadamente os seropositivos e a falta de fundos e de gestores no sector.
O TAC, que há mais de cinco anos luta pelo direito dos seropositivos a tratamento, foi fundado por antigos quadros e militantes do ANC que tiveram que mudar de trincheiras quando se aperceberam de que quer o presidente Mbeki (na chefia do Estado desde 1999) quer a ministra da Saúde, Tshabalala-Msimang, não aceitam o princípios científicos de que o HIV provoca a SIDA e que o melhor tratamento à disposição dos seropositivos é recurso a anti- retrovirais. Uma das acusações feitas pelo TAC contra o executivo é a falta de vontade política deste para aplicar políticas eficazes contra a propagação da doença.
Ao longo dos últimos anos, o TAC tem mobilizado a opinião pública nacional e internacional para a paralisia do executivo no combate à SIDA, tendo processado judicialmente as autoridades, em duas ocasiões, por alegada violação do direito constitucional dos cidadãos a receberem tratamento gratuito. O presidente do TAC, Zachie Achmat, ele próprio seropositivo, recusou tratamento anti-retroviral no sector privado até o Estado ter dado início ao seu próprio programa de tratamento gratuito nos hospitais públicos há pouco mais de um ano. Achmat esteve gravemente doente várias vezes, quase pagando com a própria vida a sua insistência em liderar por exemplo.
Os assuntos em destaque neste congresso foram a igualdade entre homens e mulheres, o crescimento dos índices de infecção entre raparigas em idade escolar, os mitos culturais em torno da SIDA, a informação, testes e tratamento, além da política de saúde de Mbeki.
Entre os mitos sobre a SIDA atribuídos à cultura africana destaca-se a crença entre muitos homens de que ter relações sexuais com uma virgem elimina a doença, o que levou a milhares de violações de menores na África do Sul nos últimos anos.
Mais de 6,5 milhões de sul-africanos estão infectados com o vírus da SIDA (HIV), segundo dados oficiais.
domingo, setembro 25, 2005
Governo angolano quer despertar "consciência nacional" para os perigos da SIDA
Lusa 23.09.05
O ministro da Saúde angolano, Sebastião Veloso, afirmou hoje que a inauguração da sede do novo Instituto Nacional de Luta contra a SIDA visa despertar a "consciência nacional sobre os reais perigos" da doença. "A nação inteira deve reflectir sobre a grande ameaça que a SIDA representa para o desenvolvimento social e económico de Angola", referiu o ministro, que discursava na cerimónia de inaugural, perante o chefe de Estado angolano, membros do governo, corpo diplomático e representantes de organizações não governamentais (ONG) da área da saúde.
Na sua intervenção, Sebastião Veloso salientou que a inauguração do edifício traduz o "empenho" do governo no combate à SIDA, já definido pelo presidente da República, José Eduardo dos Santos, como uma prioridade em termos de saúde pública.
(...)
O ministro da Saúde angolano, Sebastião Veloso, afirmou hoje que a inauguração da sede do novo Instituto Nacional de Luta contra a SIDA visa despertar a "consciência nacional sobre os reais perigos" da doença. "A nação inteira deve reflectir sobre a grande ameaça que a SIDA representa para o desenvolvimento social e económico de Angola", referiu o ministro, que discursava na cerimónia de inaugural, perante o chefe de Estado angolano, membros do governo, corpo diplomático e representantes de organizações não governamentais (ONG) da área da saúde.
Na sua intervenção, Sebastião Veloso salientou que a inauguração do edifício traduz o "empenho" do governo no combate à SIDA, já definido pelo presidente da República, José Eduardo dos Santos, como uma prioridade em termos de saúde pública.
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OMS recomenda produção de anti-retrovirais genéricos
AP 22.09.05
NOUMEA, New Caledonia -- Countries facing severe HIV and AIDS epidemics should consider using domestic or international trade rules to circumvent patent laws on anti-retroviral drug therapies, a World Health Organization official said Friday.
Dr. Bernard Fabre-Teste, WHO's adviser for the disease in the Western Pacific region, said the lack of low-cost AIDS drugs was "a key problem" for many developing countries. "Which is why we need the possibility to have production of generic drugs by developing countries like India, China (and) Vietnam," Fabre-Teste told The Associated Press on the last day of a WHO conference in New Caledonia.
He said poor countries should consider using international treaties or take unilateral action to sidestep existing patents on key anti-retroviral drugs, which help prevent the AIDS virus from reproducing in the body. A World Trade Organization agreement reached in 2003 allows countries facing a public health emergency to issue "compulsory licenses" to manufacture generic versions of patented drugs. It also allows those countries to export generic drugs to other countries that have no domestic pharmaceuticals industry.
However, Fabre-Teste said no country had yet used the WTO provision, apparently fearing trade sanctions from countries where the patents are held. He said government ministers should work together to ensure their countries' public health needs were not being sacrificed for economic or trade interests. "The problem is we need good collaboration and coordination between different ministers, different bodies in the government," Fabre-Teste said. "Because it's not the minister of health (alone) who will make this decision."
Earlier this year, the Brazilian government threatened to use the WTO provision to break the patent on the AIDS drug Kaletra unless its manufacturer, U.S.-based Abbott Laboratories Inc., significantly reduced the price of the medication. However, the WTO provision was left untested when the Brazilian health ministry announced in July it had reached an agreement with Abbott. An after-hours phone call to Abbott's head office in Illinois seeking comment on Fabre-Teste's remarks was not immediately answered Friday.
Aside from using the WTO provision, Fabre-Teste also said governments should consider taking unilateral steps to allow generic AIDS drugs to be imported from countries that produce them. In 2004, the Malaysian government enacted a law allowing it to import generic versions of AIDS drugs for "non commercial" or non-profit distribution, Malaysia's Health Minister Chua Soi Lek told The AP. Since then, the price of delivering AIDS drugs has dropped by 90 percent and the number of patients receiving treatment increased from 1,500 in 2003 to 3,000 in 2004, Chua said. The government expected to have 5,000 people in treatment by the end of2005, he added. The health minister said Malaysia had not faced any backlash from trading partners as a result of decision.
Fabre-Teste said China, India and Vietnam were the most likely countries from which poorer nations could buy generic versions of patented AIDS drugs, although other countries were also beginning to step-up production. "This kind of decision is really a sign of political commitment for public health," said Fabre-Teste, adding Malaysia's lead was one "other countries around the world should follow."
sexta-feira, setembro 23, 2005
Aplaviroc em Espanha
El Mundo 21.03.05
Suspendido un ensayo con un nuevo fármaco contra el sida
La farmacéutica GlaxoSmithKline ha parado un ensayo clínico con el que querían demostrar la eficacia de un fármaco experimental para las personas recién diagnosticadas de infección por el virus del sida. El motivo ha sido que este tratamiento ha provocado toxicidad hepática en estos pacientes. Sin embargo, la compañía ha anunciado que seguirá probando el medicamento en enfermos que ya han recibido otros antirretrovirales.
En un comunicado a la comunidad de pacientes con VIH, Glaxo ha dicho que los datos de la seguridad y eficacia se obtuvieron tras varios estudios sobre el fármaco (aplaviroc), incluidos los informes sobre toxicidad hepática grave de un subgrupo de voluntarios, denominados tratamientos naïve, que son aquellos que no habían sido tratados anteriormente y que recibieron este fármaco como primera terapia para el sida.
Dos de los 250 pacientes de tratamientos naïve que estaban tomando el medicamento experimental sufrieron graves daños en el hígado, según ha declarado Rick Koening, un portavoz de Glaxo. "No sabemos si esto estaba relacionado con el fármaco, pero para garantizar la seguridad tomamos estas medidas", ha afirmado.
Los estudios se estaban llevando a cabo en Estados Unidos, Canadá y la Unión Europea. Glaxo ha manifestado que ningún paciente ha fallecido por estos efectos secundarios, y nadie ha precisado un trasplante hepático.
Aplaviroc es uno de los antirretrovirales de nueva generación que todavía no se encuentra en el mercado. Se conoce como inhibidor de entrada porque bloquea las CCR5, unas células correceptoras que emplea el virus para entrar en el organismo.
Cuestionan la 'ética' del ensayo
Activistas europeos de la lucha contra el sida ya habían criticado a otra farmacéutica, Pfizer, por las pruebas que estaba realizando con otro rival que también bloqueaba las células CCR5, ya que defendían que era inapropiado exponer a los pacientes recién diagnosticados a un fármaco experimental cuando podrían beneficiarse de las terapias estándares.
En el ensayo clínico de Glaxo, los pacientes estaban recibiendo aplaviroc junto con la terapia habitual para tratar el VIH. A otros 50 participantes, que formaban el grupo control, se les administró los tratamientos estándares.
Glaxo ha informado de que ha puesto fin a la parte de su ensayo en la que están involucrados los pacientes de tratamientos naïve después de discutir los riesgos con la agencia que controla los medicamentos en EEUU, la FDA.
La compañía ha añadido en un mensaje a la comunidad de personas seropositivas que también "han tomado los pasos para proteger el bienestar de los pacientes de los estudios clínicos con aplaviroc". Éstos incluyen un aumento en la vigilancia de la seguridad de los pacientes que todavía están recibiendo el fármaco, que no están dentro de la terapia naïve, y la de quienes tienen virus con resistencias.
La compañía ha declarado que está procediendo con cautela para continuar los estudios sobre el fármaco en estos 40 pacientes, que ya habían recibido antes medicamentos para el VIH, porque ellos tienen menos opciones de tratamiento debido a la resistencia que ha desarrollado el virus hacia los fármacos viejos. La mitad de estos participantes están tomando aplaviroc; el resto forman el grupo control con la terapia estándar.
Glaxo también ha anunciado que congelará la segunda parte del ensayo con estos 40 pacientes y olvidará los planes de expansión hasta que tengan más datos sobre la toxicidad hepática. La farmacéutica está además revisando el formulario del consentimiento informado para que refleje los nuevos efectos secundarios posibles.
Pero esto no ha tranquilizado a los activistas estadounidenses que están preocupados por si el daño hepático observado en esos pacientes puede poner en peligro también a otros enfermos.
Laboratórios acabam com viagens para médicos
bye bye Dubai...
DN 23.09.05
Os laboratórios vão acabar com as viagens dos médicos portugueses ao estrangeiro, para participar em congressos. Esta é uma das alterações impostas pelo novo código deontológico da indústria farmacêutica, que ontem começou a ser discutido e que deve ser aprovado em breve. O documento, a que o DN teve acesso, vem tornar mais rígidas as regras para a realização de eventos patrocinados pelos laboratórios os congressos passam a poder realizar-se só em Portugal, salvo raras excepções. Para os profissionais da indústria, o cerco também aperta: os delegados de informação médica (DIM) serão obrigados a conhecer o código e as falhas deontológicas serão publicitadas na Net, com nome da empresa.
O novo código visa transpor para Portugal as regras de conduta para a promoção de medicamentos, definidas pela Federação Europeia da Indústria Farmacêutica. O documento será discutido e aprovado em assembleia geral da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).
As alterações às regras definem que "nenhuma empresa pode organizar ou patrocinar eventos que se realizem fora do seu país de origem". Ou seja, congressos destinados à classe médica portuguesa - que, segundo a Apifarma, são a grande aposta das empresas nacionais - deixam de se poder realizar no estrangeiro. As únicas excepções admitidas são para os eventos em que "a maior parte dos convidados é de fora do seu país de origem" ou em que "a localização dos recursos relevantes" justifica "realizar o evento noutro país".
Para Gomes Esteves, presidente da Apifarma, a organização de congressos era precisamente "uma das áreas mais escorregadias" das relações entre a classe médica e a indústria farmacêutica. Aliás, foi há oito anos que surgiram as primeiras denúncias relativas a alegadas viagens oferecidas pela indústria aos clínicos, a troco da prescrição de medicamentos (ver aqui)."
As pessoas costumam pôr o problema do nosso lado, mas é uma forma falaciosa de abordar a questão, porque, quer uns, quer outros, estão conscientes do que é razoável", comentou o presidente. Recorde-se que o bastonário Pedro Nunes já anunciou que a Ordem dos Médicos também deixará de dar o seu aval a congressos que se realizem no estrangeiro, mas onde a maioria dos participantes é portuguesa.
Com o novo código, lembra Gomes Esteves, os DIM "terão que ter mais cuidado". As novas regras determinam que os mais de cinco mil DIM que trabalham em Portugal sejam obrigados a conhecer o código. "Para que não haja desculpas" em caso de falhas. A comunicação à empresa de qualquer informação transmitida pelos médicos - como os efeitos secundários dos medicamentos - passa a ser obrigatória. Ao mesmo tempo, o laboratório tem que nomear um supervisor, encarregue de "assegurar o cumprimento do código".
Já o conselho deontológico da Apifarma ganha novos poderes. Até aqui, só podia pronunciar-se sobre as queixas que recebia, mas agora pode, por iniciativa própria, investigar os laboratórios. Todas as falhas e sanções, aplicadas pela direcção com base no parecer do conselho, serão publicitadas no site da Apifarma, com o nome da empresa. [pois pois]
DN 23.09.05
Os laboratórios vão acabar com as viagens dos médicos portugueses ao estrangeiro, para participar em congressos. Esta é uma das alterações impostas pelo novo código deontológico da indústria farmacêutica, que ontem começou a ser discutido e que deve ser aprovado em breve. O documento, a que o DN teve acesso, vem tornar mais rígidas as regras para a realização de eventos patrocinados pelos laboratórios os congressos passam a poder realizar-se só em Portugal, salvo raras excepções. Para os profissionais da indústria, o cerco também aperta: os delegados de informação médica (DIM) serão obrigados a conhecer o código e as falhas deontológicas serão publicitadas na Net, com nome da empresa.
O novo código visa transpor para Portugal as regras de conduta para a promoção de medicamentos, definidas pela Federação Europeia da Indústria Farmacêutica. O documento será discutido e aprovado em assembleia geral da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).
As alterações às regras definem que "nenhuma empresa pode organizar ou patrocinar eventos que se realizem fora do seu país de origem". Ou seja, congressos destinados à classe médica portuguesa - que, segundo a Apifarma, são a grande aposta das empresas nacionais - deixam de se poder realizar no estrangeiro. As únicas excepções admitidas são para os eventos em que "a maior parte dos convidados é de fora do seu país de origem" ou em que "a localização dos recursos relevantes" justifica "realizar o evento noutro país".
Para Gomes Esteves, presidente da Apifarma, a organização de congressos era precisamente "uma das áreas mais escorregadias" das relações entre a classe médica e a indústria farmacêutica. Aliás, foi há oito anos que surgiram as primeiras denúncias relativas a alegadas viagens oferecidas pela indústria aos clínicos, a troco da prescrição de medicamentos (ver aqui)."
As pessoas costumam pôr o problema do nosso lado, mas é uma forma falaciosa de abordar a questão, porque, quer uns, quer outros, estão conscientes do que é razoável", comentou o presidente. Recorde-se que o bastonário Pedro Nunes já anunciou que a Ordem dos Médicos também deixará de dar o seu aval a congressos que se realizem no estrangeiro, mas onde a maioria dos participantes é portuguesa.
Com o novo código, lembra Gomes Esteves, os DIM "terão que ter mais cuidado". As novas regras determinam que os mais de cinco mil DIM que trabalham em Portugal sejam obrigados a conhecer o código. "Para que não haja desculpas" em caso de falhas. A comunicação à empresa de qualquer informação transmitida pelos médicos - como os efeitos secundários dos medicamentos - passa a ser obrigatória. Ao mesmo tempo, o laboratório tem que nomear um supervisor, encarregue de "assegurar o cumprimento do código".
Já o conselho deontológico da Apifarma ganha novos poderes. Até aqui, só podia pronunciar-se sobre as queixas que recebia, mas agora pode, por iniciativa própria, investigar os laboratórios. Todas as falhas e sanções, aplicadas pela direcção com base no parecer do conselho, serão publicitadas no site da Apifarma, com o nome da empresa. [pois pois]
quinta-feira, setembro 22, 2005
PR de Angola inaugura sexta-feira sede do novo Instituto de Luta contra a SIDA
Um exemplo para Portugal?
Lusa 22.09.05
O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, inaugura sexta-feira, em Luanda, a sede no novo Instituto Nacional de Luta contra a SIDA, um organismo criado para melhorar as acções de luta contra esta doença. "Apesar da SIDA ser uma prioridade nacional, ao nível da organização da Direcção Nacional de Saúde Pública a luta contra a SIDA não tinha sequer uma secção. Havia uma incoerência entre a importância política e financeira da luta contra a SIDA e a sua situação administrativa", afirmou hoje o vice-ministro da Saúde angolano, José Van-Dúnem.
Para alterar esta situação, o governo angolano decidiu criar o Instituto Nacional de Luta contra a SIDA, um organismo com autonomia administrativa e financeira, que vai substituir o programa nacional de luta contra a doença. "A transformação do programa nacional num instituto público com autonomia financeira e administrativa, permitirá que as actividades de luta contra a SIDA possam ser mais intensas e rápidas e cubram todo o país", salientou José Van-Dúnem.
(...)
Lusa 22.09.05
O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, inaugura sexta-feira, em Luanda, a sede no novo Instituto Nacional de Luta contra a SIDA, um organismo criado para melhorar as acções de luta contra esta doença. "Apesar da SIDA ser uma prioridade nacional, ao nível da organização da Direcção Nacional de Saúde Pública a luta contra a SIDA não tinha sequer uma secção. Havia uma incoerência entre a importância política e financeira da luta contra a SIDA e a sua situação administrativa", afirmou hoje o vice-ministro da Saúde angolano, José Van-Dúnem.
Para alterar esta situação, o governo angolano decidiu criar o Instituto Nacional de Luta contra a SIDA, um organismo com autonomia administrativa e financeira, que vai substituir o programa nacional de luta contra a doença. "A transformação do programa nacional num instituto público com autonomia financeira e administrativa, permitirá que as actividades de luta contra a SIDA possam ser mais intensas e rápidas e cubram todo o país", salientou José Van-Dúnem.
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Indústria farmacêutica inicia base de dados sobre ensaios clínicos
Drug firms launch Web site to disclose trials data
(Reuters Health) 22.09.05
The global pharmaceutical industry launched a new Website on Wednesday giving details of clinical trials on new medicines in abid to allay patient fears over drug safety. The move follows criticism that companies manipulate or suppress results ofclinical studies in order to come up with favourable conclusions. The new portal (www.ifpma.org/clinicaltrials), established by the International Federation of Pharmaceutical Manufacturers and Associations, links available online information about clinical trials worldwide.
(...)
(Reuters Health) 22.09.05
The global pharmaceutical industry launched a new Website on Wednesday giving details of clinical trials on new medicines in abid to allay patient fears over drug safety. The move follows criticism that companies manipulate or suppress results ofclinical studies in order to come up with favourable conclusions. The new portal (www.ifpma.org/clinicaltrials), established by the International Federation of Pharmaceutical Manufacturers and Associations, links available online information about clinical trials worldwide.
(...)
quarta-feira, setembro 21, 2005
Glaxo perde licença sobre AZT
AHF 17.09.05
Glaxo Loses Patent on First AIDS Drug, AZT; AHF Blasts Glaxo’s & Drug Industry’s Greed
US’ Largest AIDS Group Vows to Continue Its AZT Patent Piracy Lawsuit Against British Drug Giant, Says Glaxo’s Action and Position on Patents for Life-saving AIDS Drugs, “Too Little, Too Late.”
LOS ANGELES, September 17 2005
AIDS Healthcare Foundation (AHF), the largest AIDS organization in the US which operates free AIDS treatment clinics in the US, Africa, Central America and Asia, today cheered the news that GlaxoSmithKline’s (GSK) patent for AZT (Retrovir® or zidovudine), the very first AIDS drug, ends today, seventeen years after it was first patented for use against HIV/AIDS, but urged the British drug giant, which controls more than 40% of the US market for HIV/AIDS drugs, to do more in the worldwide fight against AIDS. AHF, which has a patent piracy lawsuit pending against GSK over AZT, also vowed to continue its legal fight against the multi-national drug firm.
“While we are happy to see the end of GSK’s patent protection for AZT, this development comes as too little, too late, particularly for a drug that GSK didn’t even invent,” said Michael Weinstein, President of AIDS Healthcare Foundation. “When AZT was first introduced as an AIDS drug - and, at the time, was the only available treatment - people died because they could not afford the ten thousand dollar price tag. This astronomical price set the precedent for the pricing of virtually all AIDS drugs that followed. Untold millions have died here and abroad in the nearly two decades AZT has been under patent, making this a solemn day and shameful reminder that the unbridled quest for greater and greater profits has had a cost that can be measured in human suffering.”
With the advent and widespread use of combined anti-retroviral therapy over the past few years, GSK and other drug companies created fixed-dose combinations (FDC) of AIDS drugs to provide added convenience for AIDS patients by combining two or more AIDS medications into one pill. Such combined formulations also have become an innovative way for the drug industry to extend the life of patent protection for certain drugs.
In GSK’s case, it created Combivir® a two drug combination consisting of AZT and 3TC (Epivir® or lamivudine), which provided patient convenience and also quickly became the most widely used and best selling AIDS therapy in the world. As a consequence GSK’s Combivir® drove down demand for its older single medication, AZT, making today’s end of patent protection for AZT far less significant. By some estimates, GSK sold only about $79 million of AZT in 2004, as compared with its 2004 sales of $1.4 billion for Combivir® and its other fixed dose therapy, Trizivir®.
“We strongly urge GSK to stand down on its patents for Combivir® and on all of its AIDS therapies in resource-poor countries throughout the world,” added AHF’s Weinstein. “AIDS therapies that cost upwards of $12,000 a year in the US can be obtained via generic versions for as little as $130 per patient per year - a difference that for many literally means life or death.”
AIDS Healthcare Foundation’s patent piracy lawsuit against the British drug giant over GSK’s patent for AZT was first filed in July 2002. The legal action challenges the legitimacy of GSK’s claims on the patent for AZT and other derivative AIDS drugs. (United States District Court for Central District of California, Western Division Case No. CV-03-02792 TJH ex).
AZT was first created with funding from the National Institutes of Health in 1964 as a possible cancer drug, but GSK (then Burroughs Wellcome) obtained the patent on the drug in the 1980s and then priced both it and certain derivative drugs well above competitive rates. As a result, GSK now controls 40% of the lucrative U.S. AIDS drug market, with a current worldwide market for its AIDS medications estimated at approximately $2 billion dollars annually. Combivir and Trizivir, Glaxo’s best selling AIDS drugs today, contain AZT and offer patients the convenience of two-in-one and three-in-one therapeutic drug combinations in one pill.
Ministério da Saúde admite comprar medicamentos pediátricos pouco rentáveis
Ná área dos anti-retrovirais para crianças é uma verdadeira desgraça...
Público 21.09.05
O ministro da Saúde admitiu hoje a hipótese de adquirir os medicamentos pediátricos que os laboratórios não comercializam por serem pouco rentáveis, para depois serem distribuídos nos centros de saúde.
António Correia de Campos reagiu assim às críticas da presidente da Comissão Nacional de Saúde da Criança e do Adolescente (CNSCA), Maria do Céu Machado, que hoje classificou de "perverso" o mercado dos medicamentos em pediatria.
Correia de Campos mostrou-se disponível para viabilizar a aquisição de grandes quantidades destes medicamentos pediátricos para a sua administração nos centros de saúde. Para tal, o ministro anunciou a abertura de um concurso para a indústria se preparar para a colocação destes fármacos no mercado. Correia de Campos admitiu mesmo fazer pressão sobre a indústria para que esta comercialize fórmulas mais fáceis de medicamentos pediátricos, tais como gotas, e regresse à penicilina.
Para o ministro da Saúde, que falava aos jornalistas à margem da conferência da CNSCA sobre "A saúde da criança e do adolescente em Portugal", em Lisboa, as críticas da presidente comissão são um óptimo exemplo de uma análise rigorosa da política do medicamento em pediatria e que surge num "momento oportuno". O governante considera que "não tem sentido a administração de medicamentos [às crianças] com uma potência totalmente deslocada em relação ao risco que visa combater".
Público 21.09.05
O ministro da Saúde admitiu hoje a hipótese de adquirir os medicamentos pediátricos que os laboratórios não comercializam por serem pouco rentáveis, para depois serem distribuídos nos centros de saúde.
António Correia de Campos reagiu assim às críticas da presidente da Comissão Nacional de Saúde da Criança e do Adolescente (CNSCA), Maria do Céu Machado, que hoje classificou de "perverso" o mercado dos medicamentos em pediatria.
Correia de Campos mostrou-se disponível para viabilizar a aquisição de grandes quantidades destes medicamentos pediátricos para a sua administração nos centros de saúde. Para tal, o ministro anunciou a abertura de um concurso para a indústria se preparar para a colocação destes fármacos no mercado. Correia de Campos admitiu mesmo fazer pressão sobre a indústria para que esta comercialize fórmulas mais fáceis de medicamentos pediátricos, tais como gotas, e regresse à penicilina.
Para o ministro da Saúde, que falava aos jornalistas à margem da conferência da CNSCA sobre "A saúde da criança e do adolescente em Portugal", em Lisboa, as críticas da presidente comissão são um óptimo exemplo de uma análise rigorosa da política do medicamento em pediatria e que surge num "momento oportuno". O governante considera que "não tem sentido a administração de medicamentos [às crianças] com uma potência totalmente deslocada em relação ao risco que visa combater".
Anti-viral para a gripe esgotado nas farmácias
DN 21.09.05
Ao mesmo tempo que a Direcção-Geral da Saúde (DGS) estuda a eficácia e eventual compra de máscaras para enfrentar uma epidemia de gripe à escala mundial, o receio da doença está a provocar uma corrida às farmácias portuguesas. O mesmo medicamento anti-viral encomendado pelo Governo para fazer face a uma pandemia provocada pela mutação do vírus da gripe das aves está já esgotado em muitas farmácias dos 18 distritos. Muitas pessoas estão ainda a pedir aos médicos a vacina para a gripe normal, por pensarem que poderá ser eficaz contra o H5N1. O que, esclarecem os peritos, não é verdade.
(...)
Governo 'não cede' a farmacêuticos
DN 21.09.05
O Ministro da Saúde, Correia de Campos, teceu ontem duras críticas às farmácias, por alegadamente apresentarem à opinião pública "contas distorcidas" e "inventarem números fantásticos", no que respeita aos preços dos medicamentos, que vão sofrer uma redução de 6% em Outubro. E advertiu que não fará cedências. Mas admitiu que alguns genéricos podem ficar mais caros do que os fármacos de marca - tal como o DN noticiou ontem -, por o apoio estatal ter diminuído em 10%.
As críticas surgiram após as declarações do presidente da Associação Nacional de Farmácia (ANF), João Cordeiro, na segunda-feira, que alertavam para o facto de "o fim da majoração de 10% ir custar mais de 4,2 milhões de euros por trimestre aos utentes".
Para o ministro da Saúde, as reclamações da ANF têm uma "justificação simples todos aqueles que vendem medicamentos nas diferentes fases da cadeia, sobretudo os sectores grossista e retalhista, vão ser atingidos pela medida governamental, por motivos óbvios, e isso não lhes agrada. É natural que reclamem e inventem", sustentou.
(...)
O Ministro da Saúde, Correia de Campos, teceu ontem duras críticas às farmácias, por alegadamente apresentarem à opinião pública "contas distorcidas" e "inventarem números fantásticos", no que respeita aos preços dos medicamentos, que vão sofrer uma redução de 6% em Outubro. E advertiu que não fará cedências. Mas admitiu que alguns genéricos podem ficar mais caros do que os fármacos de marca - tal como o DN noticiou ontem -, por o apoio estatal ter diminuído em 10%.
As críticas surgiram após as declarações do presidente da Associação Nacional de Farmácia (ANF), João Cordeiro, na segunda-feira, que alertavam para o facto de "o fim da majoração de 10% ir custar mais de 4,2 milhões de euros por trimestre aos utentes".
Para o ministro da Saúde, as reclamações da ANF têm uma "justificação simples todos aqueles que vendem medicamentos nas diferentes fases da cadeia, sobretudo os sectores grossista e retalhista, vão ser atingidos pela medida governamental, por motivos óbvios, e isso não lhes agrada. É natural que reclamem e inventem", sustentou.
(...)
segunda-feira, setembro 19, 2005
Fórum Licença Compulsória ARV - Avanços e Desafios
Curitiba (BR) 03.09.05
O Fórum Licença Compulsória ARV - Avanços e Desafios, organizado pelo GTPI/REBRIP/ABIA e HIPUPIARA, discutiu as possíveis emissões de licenças compulsórias de antiretrovirais no Brasil, tendo em vista a importância das emissões para a manutenção e sustentabilidade do PN de DST/AIDS e da urgência do debate sobre a capacidade de produção nacional de genéricos.
Jorge Beloqui (GIV/GTPI/REBRIP) traçou um histórico das ações das ONGs/AIDS brasileiras no campo da propriedade intelectual, argumentando que as movimentações da sociedade civil nessa área foram sempre pautadas na luta pelo acesso a medicamentos. O representante da ABIFINA, Lelio Maçaira, afirmou que existem provas suficientes da capacidade dos laboratórios farmacêuticos privados de suprir o mercado nacional em caso de emissão de licenças compulsória de medicamentos antiretrovirais.
A representante do laboratório público FARMANGUINHOS/FioCruz, Wanise Barroso, apresentou a capacidade de produção e o substancial aumento de capacidade produtiva com a inauguração de um novo laboratório em 2005, afirmando que a perspectiva é a de 10 bilhões de medicamentos/ano até 2007. Em relação à produção de antiretrovirais, Wanise afirmou que o tempo estimado para chegar ao medicamento genérico licenciado gira entre um e dois anos.
Para o representante do PN de DST/AIDS, Roberto Brant, tudo aponta para a efetiva emissão da licença compulsória do Kaletra, porém essa decisão envolve outros atores do governo federal e não apenas do entendimento do Ministério da Saúde.
O evento contou com cerca de 100 pessoas e teve Michel Lotrowska (Médicos Sem Fronteiras/GTPI/REBRIP) como debatedor e Alessandra Nilo (GESTOS/GTPI/REBRIP) como coordenadora. O debate pautou-se principalmente nas estratégias da sociedade civil, a capacidade de produção nacional e as perspectivas de licenças voluntárias e compulsórias de medicamentos antiretrovirais.
Clique aqui para ver as apresentações do fórum.
O Fórum Licença Compulsória ARV - Avanços e Desafios, organizado pelo GTPI/REBRIP/ABIA e HIPUPIARA, discutiu as possíveis emissões de licenças compulsórias de antiretrovirais no Brasil, tendo em vista a importância das emissões para a manutenção e sustentabilidade do PN de DST/AIDS e da urgência do debate sobre a capacidade de produção nacional de genéricos.
Jorge Beloqui (GIV/GTPI/REBRIP) traçou um histórico das ações das ONGs/AIDS brasileiras no campo da propriedade intelectual, argumentando que as movimentações da sociedade civil nessa área foram sempre pautadas na luta pelo acesso a medicamentos. O representante da ABIFINA, Lelio Maçaira, afirmou que existem provas suficientes da capacidade dos laboratórios farmacêuticos privados de suprir o mercado nacional em caso de emissão de licenças compulsória de medicamentos antiretrovirais.
A representante do laboratório público FARMANGUINHOS/FioCruz, Wanise Barroso, apresentou a capacidade de produção e o substancial aumento de capacidade produtiva com a inauguração de um novo laboratório em 2005, afirmando que a perspectiva é a de 10 bilhões de medicamentos/ano até 2007. Em relação à produção de antiretrovirais, Wanise afirmou que o tempo estimado para chegar ao medicamento genérico licenciado gira entre um e dois anos.
Para o representante do PN de DST/AIDS, Roberto Brant, tudo aponta para a efetiva emissão da licença compulsória do Kaletra, porém essa decisão envolve outros atores do governo federal e não apenas do entendimento do Ministério da Saúde.
O evento contou com cerca de 100 pessoas e teve Michel Lotrowska (Médicos Sem Fronteiras/GTPI/REBRIP) como debatedor e Alessandra Nilo (GESTOS/GTPI/REBRIP) como coordenadora. O debate pautou-se principalmente nas estratégias da sociedade civil, a capacidade de produção nacional e as perspectivas de licenças voluntárias e compulsórias de medicamentos antiretrovirais.
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Conferência “SIDA: Reflexo no Mundo”
Conferência “SIDA: Reflexo no Mundo”
3 Outubro 2005
Fundação Calouste Gulbenkian - Auditório 2
Entrada Livre
Conferencista: Peter Piot
Moderador: Dr. Meliço Silvestre
Comentador: Jorge Simões
Conferência integrada no 8º ciclo de debates do Fórum Gulbenkian de Saúde, uma iniciativa que pretende “abordar questões ligadas a sistemas de organização da saúde, à gestão institucional, e que este ano inclui também temas relacionados com os desafios previsíveis num futuro próximo no campo dos cuidados de saúde”.
Consulte on-line o Programa. A iniciativa contempla também a publicação dos textos das conferências proferidas.
Fundação Calouste Gulbenkian
Av. de Berna, 45A
1067-001 Lisboa
Telf: 21 782 3000 Fax: 21 782 3021
www.gulbenkian.pt info@gulbenkian.pt
Ensaios com Aplaviroc parados em Portugal
Acerca dos problemas hepatotóxicos que ocorreram com o anti-CCR5 da Glaxo, a companhia confirmou-nos que todos os doentes que estavam incluídos nos 2 estudos em Portugal foram contactados e vão mudar de esquema terapêutico.
Em Portugal, 18 pessoas estavam incluídas nestes estudos que decorreram nos hospitais de Coimbra, Cascais, Desterro, Capuchos e São João no Porto. Oito estavam a fazer placebo e 10 estavam a tomar Aplaviroc.
Em Moçambique apenas 11 mil doentes de SIDA recebem anti-retrovirais
Lusa 19.09.05
Apenas 11 mil dos 30 mil doentes de SIDA que deviam fazer tratamento com anti- retrovirais em Moçambique estão a receber a medicação, devido a dificuldades na gestão dos fármacos, disse hoje o ministro da Saúde moçambicano.
Segundo Ivo Garrido, o tratamento de doentes de SIDA com anti-retrovirais está a emperrar devido à escassez de técnicos de saúde com formação na administração de anti-retrovirais, à falta de unidades sanitárias equipadas e à reduzida disponibilidade dos próprios medicamentos. Garrido sublinhou que o governo tinha previsto que, até ao final do ano, 30 mil doentes deviam estar abrangidos pelo programa de tratamento anti-retroviral, mas apenas 11 mil pessoas estão a beneficiar dele.
As projecções do governo apontam ainda que até 2006 o número de pessoas sujeitas ao tratamento contra a SIDA deverá atingir 58 mil e até 2008 devem ser atendidos 132 mil doentes.
Por outro lado, a primeira-ministra moçambicana, Luísa Diogo, que é igualmente presidente do Conselho Nacional de Combate ao SIDA (CNCS), afirmou que o governo está a investir 4,1 milhões de euros e os doadores internacionais 81,9 milhões de euros para o programa de tratamento anti- retroviral.
A taxa de infecção por HIV/SIDA no país atinge 16,2 por cento da sua população adulta, de acordo com a última pesquisa do governo sobre a situação da doença, divulgada há cerca de dois meses.
Apenas 11 mil dos 30 mil doentes de SIDA que deviam fazer tratamento com anti- retrovirais em Moçambique estão a receber a medicação, devido a dificuldades na gestão dos fármacos, disse hoje o ministro da Saúde moçambicano.
Segundo Ivo Garrido, o tratamento de doentes de SIDA com anti-retrovirais está a emperrar devido à escassez de técnicos de saúde com formação na administração de anti-retrovirais, à falta de unidades sanitárias equipadas e à reduzida disponibilidade dos próprios medicamentos. Garrido sublinhou que o governo tinha previsto que, até ao final do ano, 30 mil doentes deviam estar abrangidos pelo programa de tratamento anti-retroviral, mas apenas 11 mil pessoas estão a beneficiar dele.
As projecções do governo apontam ainda que até 2006 o número de pessoas sujeitas ao tratamento contra a SIDA deverá atingir 58 mil e até 2008 devem ser atendidos 132 mil doentes.
Por outro lado, a primeira-ministra moçambicana, Luísa Diogo, que é igualmente presidente do Conselho Nacional de Combate ao SIDA (CNCS), afirmou que o governo está a investir 4,1 milhões de euros e os doadores internacionais 81,9 milhões de euros para o programa de tratamento anti- retroviral.
A taxa de infecção por HIV/SIDA no país atinge 16,2 por cento da sua população adulta, de acordo com a última pesquisa do governo sobre a situação da doença, divulgada há cerca de dois meses.
sábado, setembro 17, 2005
Procriação assistida negada a seropositiva
JN 17.09.05
Recusar a um seropositivo o acesso a técnicas de procriação medicamente assistida (PMA) constitui "uma discriminação infundada, ilegal e ilegítima". A conclusão é da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), alertada para uma recusa dessas pela associação Abraço.
Em causa está uma utente seropositiva a quem uma instituição recusou a PMA e aconselhou dirigir-se a uma clínica privada. A queixa seguiu igualmente para o Conselho de Ética, que elaborou, em 2004, um parecer sobre reprodução assistida, limitada a quem não pode ter filhos pelas vias naturais. Com base nesse parecer, a ERS considera que o VIH constitui uma das excepções a essa limitação e rejeitar a utente configura "violação do direito à protecção da Saúde".
Declaração de erradicação da epidemia de Marburg em fins de Setembro
Lusa 17.09.05
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou ao governo angolano que aguarde até ao final de Setembro antes de emitir a declaração oficial de erradicação da epidemia de febre hemorrágica provocada pelo vírus de Marburg.
"Depois da última pessoa que esteve em contacto directo com doentes suspeitos ter completado 21 dias sem desenvolver sintomas da doença, precisamos agora de um período de três semanas antes de emitir qualquer declaração sobre o fim da epidemia, o que poderá ocorrer no final de Setembro", afirmou Fatoumata Diallo, representante da OMS em Angola.
(...)
A epidemia de febre hemorrágica provocada pelo vírus de Marburg teve o seu primeiro caso em Outubro de 2004, mas apenas foi oficialmente declarada a 21 de Março deste ano.
O mais recente balanço oficial indica que a epidemia provocou 329 mortos, num total de 374 casos registados, sendo considerada a maior registada até hoje a nível mundial provocada pelo vírus de Marburg.
(...)
A febre hemorrágica provocada pelo vírus de Marburg é considerada uma doença rara e de alta contaminação, sendo o contágio feito através de contacto directo com fluidos corporais de indivíduos infectados.
sexta-feira, setembro 16, 2005
Angola: Três mil novos casos de SIDA registados desde Janeiro
Lusa 16.09.05
As autoridades sanitárias angolanas registaram cerca de 3.000 novos casos de SIDA em todo o país desde o início deste ano, revelou hoje Dulcelina Serrano, coordenadora do programa nacional de luta contra a doença. "Desde o início do ano já registámos cerca de 3.000 novos casos de SIDA em todo o país", afirmou Dulcelina Serrano, em declarações à Agência Lusa na capital angolana.
O elevado número de casos registados este ano está relacionado com a abertura de novos centros de testagem voluntária, o que tem levado mais pessoas a fazer análises para saber se estão infectadas.
No final do ano passado, estavam registados cerca de 13.700 casos de SIDA no país, mas as autoridades sanitárias admitiam que este número representasse apenas 14 por cento do que se estima ser a realidade dos casos da doença em Angola. As autoridades estimam que perto de cinco por cento dos cerca de 13 milhões de angolanos que vivem no país estejam infectados com o vírus da SIDA, sendo o combate à doença uma das prioridades nacionais em termos de saúde pública.
Angola possui a mais baixa taxa de prevalência de SIDA entre os países da região da África Austral, mas vários responsáveis do sistema das Nações Unidas têm vindo a alertar para a necessidade de adoptar medidas que permitam aproveitar esta situação para combater o alastramento da doença.
(..)
As autoridades sanitárias angolanas registaram cerca de 3.000 novos casos de SIDA em todo o país desde o início deste ano, revelou hoje Dulcelina Serrano, coordenadora do programa nacional de luta contra a doença. "Desde o início do ano já registámos cerca de 3.000 novos casos de SIDA em todo o país", afirmou Dulcelina Serrano, em declarações à Agência Lusa na capital angolana.
O elevado número de casos registados este ano está relacionado com a abertura de novos centros de testagem voluntária, o que tem levado mais pessoas a fazer análises para saber se estão infectadas.
No final do ano passado, estavam registados cerca de 13.700 casos de SIDA no país, mas as autoridades sanitárias admitiam que este número representasse apenas 14 por cento do que se estima ser a realidade dos casos da doença em Angola. As autoridades estimam que perto de cinco por cento dos cerca de 13 milhões de angolanos que vivem no país estejam infectados com o vírus da SIDA, sendo o combate à doença uma das prioridades nacionais em termos de saúde pública.
Angola possui a mais baixa taxa de prevalência de SIDA entre os países da região da África Austral, mas vários responsáveis do sistema das Nações Unidas têm vindo a alertar para a necessidade de adoptar medidas que permitam aproveitar esta situação para combater o alastramento da doença.
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Associação Positivo lançou web site
Clicar aqui para entrar no site da Associação Positivo.
A Associação POSITIVO é uma Instituição Particular de Solidariedade Social fundada devido à inexistência de um projecto deste âmbito em Portugal.
Em Novembro de 1993 organizámo-nos autonomamente como Associação.
Durante dois anos fomos o único grupo de apoio de seropositivos para seropositivos e doentes terminais, a funcionar como Organização Não-Governamental (ONG).
Como ONG, investimos em tomadas de posição comuns, iniciativas de parceria com outras organizações de solidariedade ou de representação social, bem como a defesa colectiva de interesses.
Portugal gasta 10 vezes mais em armas do que em ajuda
DD 07.09.05
Por cada euro que Portugal investe em ajuda humanitária, o Ministério da Defesa reserva 10 euros para o seu orçamento militar, refere o Relatório 2005 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado esta quarta-feira.
A proporção em Portugal é igual à média mundial, mas na Europa Ocidental representa uma das mais altas, só ultrapassada pela Grécia (19) e Itália (10,8). Potências económicas da União Europeia como a Grã-Bretanha (8,3), França (6,3), Espanha (5,2) e Alemanha (5,2) têm uma melhor relação entre o dinheiro que canalizam para ajuda humanitária e o que gastam em armas. No mundo, são os Estados Unidos o país com a proporção mais elevada: 25 vezes mais em gastos militares do que em gastos humanitários.
Para o PNUD, estas proporções «não fazem sentido» num mundo em que «os próprios governos dos países desenvolvidos reconhecem cada vez mais os vínculos entre ameaças à segurança e pobreza mundial».
(...)
«As doenças infecciosas, a fome e a degradação do meio ambiente são assassinos mais perigosos do que um conflito armado e cada um destes assassinos é causa e efeito do conflito armado», lê-se no relatório do PNUD.
Na opinião dos responsáveis pelo relatório, qualquer avaliação das ameaças à vida humana mostra uma «assimetria assombrosa» entre o orçamento militar e as necessidades das pessoas.
Por exemplo, o dinheiro que os países desenvolvidos gastam por ano para lutar contra a SIDA - que mata três milhões de pessoas anualmente - representa apenas três dias de investimento em armamento.
(...)
«Se a guerra contra a pobreza é uma prioridade, é estranho que os governos dediquem tão pouca importância do seu orçamento à ajuda humanitária», observa o relatório do PNUD.
Governo de Moçambique concede apoio aos media para combate à sida
Para quando um projecto idêntico em Portugal?
Lusa 14.09.05
O Governo de Moçambique lançou terça-feira um projecto de apoio aos meios de Comunicação Social, no âmbito do combate à pandemia de HIV/sida que afecta cerca de 15% da população adulta do país.
O projecto, financiado pelo Banco Mundial com cerca de 1,3 milhões de euros, destina-se a apoiar os meios de comunicação social moçambicanos no desenvolvimento de campanhas de sensibilização junto da população relativamente a práticas que impedem a propagação do vírus.
"Toda a comunicação social é chamada a contribuir no combate à Sida. Esta é uma classe indispensável na procura de soluções para persuadir a sociedade a mudar de atitude", exortou a primeira-ministra e presidente do Conselho Nacional de Combate à Sida, Luísa Diogo, no lançamento do projecto que tem uma duração de 18 meses.
Na cerimónia, o coordenador do projecto, Jordão Muvale, lamentou que tivessem ficado fora da iniciativa as rádios comunitárias, os jornais por fax e a imprensa desportiva.
Muvale referiu ainda as dificuldades de preparação por parte de jornalistas que escrevem sobre questões do HIV/SIDA, defendendo informação urgente.
Lusa 14.09.05
O Governo de Moçambique lançou terça-feira um projecto de apoio aos meios de Comunicação Social, no âmbito do combate à pandemia de HIV/sida que afecta cerca de 15% da população adulta do país.
O projecto, financiado pelo Banco Mundial com cerca de 1,3 milhões de euros, destina-se a apoiar os meios de comunicação social moçambicanos no desenvolvimento de campanhas de sensibilização junto da população relativamente a práticas que impedem a propagação do vírus.
"Toda a comunicação social é chamada a contribuir no combate à Sida. Esta é uma classe indispensável na procura de soluções para persuadir a sociedade a mudar de atitude", exortou a primeira-ministra e presidente do Conselho Nacional de Combate à Sida, Luísa Diogo, no lançamento do projecto que tem uma duração de 18 meses.
Na cerimónia, o coordenador do projecto, Jordão Muvale, lamentou que tivessem ficado fora da iniciativa as rádios comunitárias, os jornais por fax e a imprensa desportiva.
Muvale referiu ainda as dificuldades de preparação por parte de jornalistas que escrevem sobre questões do HIV/SIDA, defendendo informação urgente.
Problemas com ensaios clínicos com CCR5 da GSK
Problemas hepatotóxicos obrigam a fechar os ensaios com naives (dois estudos a decorrer em Portugal, cada um com 20 participantes previstos). Mais notícias em breve.
Ler mais sobre estes ensaios aqui.
GlaxoSmithKline Halts Trials of Experimental CCR5 Inhibitor Aplaviroc in Treatment-naïveHIV Patients Due to Concerns about Liver Toxicity
In a surprising development, GlaxoSmithKline (GSK) announced that the company is terminating all clinical trials in treatment-naïve HIV patients of its new experimental CCR5 inhibitor aplaviroc due to the observance of liver toxicity in patients enrolled in Phase IIb studies. GSK has received reports of severe hepatotoxicity, including elevated ALT, AST and total bilirubin in these patients. Ongoing Phase III studies of aplaviroc in treatment-experienced patients will continue following implementation of additional safety monitoring requirements. Following is the complete text of the GSK announcement:
Statement to HIV Patient Community from GlaxoSmithKline
(September 15, 2005) - GlaxoSmithKline (GSK) is informing you that we are making changes to the development program for the investigational CCR5 entry inhibitor, aplaviroc (GW873140), due to safety data observed in Phase IIb studies.
GSK has received reports of severe hepatotoxicity with elevated liver enzymes (AST, ALT) and total bilirubin in clinical trials involving treatment-naïve patients. GSK has taken immediate steps to protect the welfare of patients in clinical studies of aplaviroc.
After review of these liver toxicity findings with the US Food and Drug Administration, GSK has terminated the aplaviroc clinical trials in treatment-naïve patients. In addition, GSK is amending its ongoing Phase III studies in treatment-experienced patients to implement additional safety monitoring requirements and changes to patient inclusion/exclusion criteria. Treatment-experienced patients already enrolled in the Phase III studies may elect, in discussion with their physician-investigator, to continue on their study medication, but will be monitored closely for signs or symptoms of hepatotoxicity and/or elevations in liver function tests.
Clinical trial investigators and their investigational review boards (IRBs) have been notified of the situation and how to handle the treatment of the patients involved. A protocol amendment for Phase III studies involving treatment-experienced patients will be forthcoming in the next week and will include a revised informed consent form.
"GSK is committed to excellence in the care of individuals with HIV infection, and we are taking all necessary steps to protect the safety and health of these clinical trial participants," said Lynn Marks, MD, Senior Vice President, GSK Medicine Development Centre, Infectious Diseases.
"While we are stopping our work in treatment-naïve patients, we are proceeding cautiously with treatment-experienced HIV patients who need new treatment options. We are working closely with regulatory authorities, the clinical trial sites and the patients involved in these studies. Patient safety remains our major focus."
09/16/05
SourceGlaxoSmithKline. Statement to HIV Patient Community: Information from GlaxoSmithKline on Changes to Studies of Investigational CCR5 Entry Inhibitor Aplaviroc (GW873140). September 15, 2005.
segunda-feira, setembro 12, 2005
Curso Pós-Graduado de Actualização Infecção VIH/SIDA e Tuberculose
III Curso Pós-Graduado de Actualização Infecção VIH/SIDA e Tuberculose
7 a 11 de Novembro de 2005
Clínica Universitária de Doenças Infecciosas - Faculdade de Medicina de Lisboa
Coordenadora do Curso: Profª Doutora Emília Valadas
Informações: Instituto de Formação Avançada (dora-ramos@fm.ul.pt)
Ver programa aqui.
7 a 11 de Novembro de 2005
Clínica Universitária de Doenças Infecciosas - Faculdade de Medicina de Lisboa
Coordenadora do Curso: Profª Doutora Emília Valadas
Informações: Instituto de Formação Avançada (dora-ramos@fm.ul.pt)
Ver programa aqui.
Curso de Formação e Actualização em Nutrição e VIH/SIDA
3ª Edição do Curso de Formação e Actualização em Nutrição e VIH/SIDA 15 a 17 de Setembro de 2005
Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz - Caparica
Curso de Formação e Actualização em Nutrição e VIH/SIDA
DESTINATÁRIOS
Profissionais e estudantes da área da saúde incluindo farmacêuticos, médicos, nutricionistas, dietistas, enfermeiros, assistentes sociais e indivíduos com formação na área que pretendam adquirir competências no âmbito da nutrição como componente integrante do tratamento de adultos e crianças infectadas pelo VIH/SIDA.
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Marina DiasInstituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
Campus Universitário - Quinta da Granja, Monte de Caparica, 2829-511 Caparica
Telefones: 21 294 67 17Fax: 21 294 67 68email: posgraduacoes @egasmoniz.edu.pt www.nutricaoesida.egasmoniz.edu.pt
Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz - Caparica
Curso de Formação e Actualização em Nutrição e VIH/SIDA
DESTINATÁRIOS
Profissionais e estudantes da área da saúde incluindo farmacêuticos, médicos, nutricionistas, dietistas, enfermeiros, assistentes sociais e indivíduos com formação na área que pretendam adquirir competências no âmbito da nutrição como componente integrante do tratamento de adultos e crianças infectadas pelo VIH/SIDA.
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Marina DiasInstituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
Campus Universitário - Quinta da Granja, Monte de Caparica, 2829-511 Caparica
Telefones: 21 294 67 17Fax: 21 294 67 68email: posgraduacoes @egasmoniz.edu.pt www.nutricaoesida.egasmoniz.edu.pt
Alerta INFARMED
Actualização da informação sobre a terapêutica antiretroviral em doentes infectados com VIH aqui.
domingo, setembro 11, 2005
Fármacos gratuitos em lista
CM 11.09.05
O Ministério da Saúde divulgou ontem a lista dos 112 medicamentos que vão manter a comparticipação do Estado a 100 por cento. Fonte da tutela da Saúde explica ao CM que os fármacos que continuam gratuitos são considerados “imprescindíveis à sustentação da vida” e combatem doenças como a diabetes, o cancro ou patologias do sistema imunitário.
Mais concretamente, os 112 medicamentos que vão continuar a custar zero para os utentes abrangem os grupos terapêuticos usados no tratamento de doenças endócrinas – hormonas hipotalâmicas e hipofisárias, seus análogos e antagonistas, hormona antidiurética, insulinas de acção curta, intermédia e prolongada, antidiabéticos orais e glucagon. Da lista fazem ainda parte os remédios antineoplásicos e imunomodeladores, indicados no tratamento do cancro, transplantes e doenças auto-imunes.
Os diabéticos, por exemplo, vão continuar a ter comparticipação total, mediante receita médica, nos comprimidos Metformina Generis ou Avandamet. Noutro campo terapêutico, o expectorante Bronxol Xarope também tem uma comparticipação a 100 cento, bem como os antibióticos da marca Cefixima Jaba.
No combate às alergias, os clínicos podem optar por prescrever vários medicamentos sendo os da marca Cetirizina Sandoz não pagos pelos doentes. As cápsulas Ciclosporina Germed (imunomoduladores para o tratamento do cancro) apresentam-se sob várias formas de dosagem e tamanhos de embalagem e também constam da lista.
Nas terapêuticas do aparelho cardiovascular mantêm-se os medicamentos da marca Sinvastatina Jaba, enquanto para o sistema nervoso central (antiepilépticos e anticonvulsivantes) existem os comprimidos da marca Lamotrigina Merck Genéricos.
Já no campo das terapêuticas do aparelho digestivo (anti-ácidos e anti-ulcerosos) existem no documento libertado pelo Ministério da Saúde as cápsulas da marca Lansoprazol, também sob a forma de várias dosagens e tamanhos de embalagem.
A lista completa dos comparticipados a 100 por cento pode ser consultada num documento que se encontra no site do Infarmed (autoridade nacional do medicamento) aqui.
sexta-feira, setembro 09, 2005
Problemas para combinar truvada e stocrin
The Body 10.08.05
Gilead on Tuesday announced that its reformulation of a fixed-dose combination antiretroviral drug combining the company's Truvada with Bristol-Myers Squibb's drug Sustiva is not bioequivalent to the two drugs when used separately, AFX International Focus reports.
In order to receive FDA approval for a new co-formulated drug, a drug company must demonstrate that the new formulation results in the same levels of medication in the blood as when the combined drugs are taken separately, according to Gilead (AFX International Focus, 8/9). An earlier formulation of the fixed-dose combination in April also failed to demonstrate bioequivalence (Chang, TheStreet.com, 8/9).
The company said it now plans to test as many as three additional formulations of the combination antiretroviral over the next several months. Previously, Gilead -- which together with BMS had hoped to create a fixed-dose combination antiretroviral to eliminate the need for HIV-positive patients to take multiple pills each day -- had said it hoped to submit an application for the new treatment to FDA by the end of 2005.
However, the company said it now will make such a submission in the first half of 2006 at the earliest (AP/MSN Money, 8/9). Following the announcement, shares of Gilead fell 5% in after-hours trading (TheStreet.com, 8/9).
Investigação HIV Online
Para vosso conhecimento: http://investigacaohivonline.com/
"DESDE JÁ SE AGRADECE A SUA ATENÇÃO
Chamo-me Marta Barahona e estou, neste momento, a realizar a monografia de final de curso, estudo que se insere no âmbito da Licenciatura em Psicologia Clínica, Seminário de Psicologia da Saúde, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), em Lisboa, Portugal. Para que este trabalho seja possível, gostaria de contar com a sua colaboração.
As respostas que der aos questionários que se seguem são da maior importância para uma melhor compreensão da forma como as Pessoas com HIV pensam sobre a Saúde. Será feita também uma comparação entre as respostas dadas por cidadãos brasileiros e cidadãos portugueses.
Não há respostas certas nem erradas, pelo que se pede que seja tão exacto quanto possível, escolhendo as respostas que melhor se adequam à sua pessoa. Se escolher participar, o preenchimento dos questionários demorará 10 minutos, aproximadamente.
Toda a informação fornecida será inteiramente anónima e confidencial e destina-se exclusivamente à realização deste estudo.
Caso concorde em participar e depois decidir que não deseja continuar a preencher os questionários, pode abandonar o website a qualquer momento, mas ficaremos muito gratos se terminar o preenchimento."
"DESDE JÁ SE AGRADECE A SUA ATENÇÃO
Chamo-me Marta Barahona e estou, neste momento, a realizar a monografia de final de curso, estudo que se insere no âmbito da Licenciatura em Psicologia Clínica, Seminário de Psicologia da Saúde, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), em Lisboa, Portugal. Para que este trabalho seja possível, gostaria de contar com a sua colaboração.
As respostas que der aos questionários que se seguem são da maior importância para uma melhor compreensão da forma como as Pessoas com HIV pensam sobre a Saúde. Será feita também uma comparação entre as respostas dadas por cidadãos brasileiros e cidadãos portugueses.
Não há respostas certas nem erradas, pelo que se pede que seja tão exacto quanto possível, escolhendo as respostas que melhor se adequam à sua pessoa. Se escolher participar, o preenchimento dos questionários demorará 10 minutos, aproximadamente.
Toda a informação fornecida será inteiramente anónima e confidencial e destina-se exclusivamente à realização deste estudo.
Caso concorde em participar e depois decidir que não deseja continuar a preencher os questionários, pode abandonar o website a qualquer momento, mas ficaremos muito gratos se terminar o preenchimento."
Gilead inicia ensaio clínico com medicamento contra HepC
InPharm 19.08.05
Gilead and Achillion initiate early trial of hepatitis C drug
Gilead Sciences and Achillion Pharmaceuticals have begun dosing patients in a phase I study of GS 9132, a drug being co-developed by the companies for the treatment of hepatitis C.
During the trial, the companies will evaluate the pharmacokinetics, tolerability and safety of single escalating doses of GS 9132 in healthy volunteers. The study will take place in the US and will enroll approximately 20 subjects.
GS 9132 was discovered by Achillion, and the co-development of the drug is part of an agreement that the companies signed in November 2004 that granted Gilead worldwide rights for the research, development and commercialization of certain Achillion compounds for the treatment of hepatitis C.
"We are excited about the novel mechanism of action of GS 9132 involving HCV protease, and we are looking forward to establishing the safety profile of this compound in humans," stated Dr Milind Deshpande, chief scientific officer of Achillion.
Hepatitis C is a viral liver disease, caused by infection with the hepatitis C virus. Globally, more than 170 million people have chronic hepatitis C. Chronic hepatitis C is a leading cause of cirrhosis, a common cause of hepatocellular carcinoma, and is the leading cause of liver transplantation in the US.
CROI 2006 em Denver
Mais informações aqui.
Relatório negro arrasa Saúde
CM 09.09.05
É o descontrolo a marcar a Saúde. A prová-lo estão os resultados das acções de fiscalização feitas pela Inspecção-Geral de Saúde (IGS) nos hospitais e centros de saúde de Norte a Sul do País.
Ao longo das 70 páginas do relatório a que o CM teve acesso são inúmeros e chocantes os exemplos das deficiências encontradas: maternidades que não controlam as entradas e saídas dos visitantes de recém-nascidos; Clínicas privadas de diálise a funcionar sem licenciamento; Descontrolo nas infecções hospitalares. Isto para citar apenas alguns exemplos.
No documento constam também hospitais com graves problemas de falta de condições higieno-sanitárias, administrações hospitalares que não controlam o pagamento e cumprimento das horas extras dos médicos, centros de saúde que não controlam os pagamentos e despesas das taxas moderadoras. Os inspectores de saúde não deixam margem para dúvidas nas conclusões apresentadas no Relatório de Actividades de 2004.
(...)
Quanto às condições higieno-sanitárias e de assepsia (esterilização) chega-se à constatação que “apenas cinco instituições têm um programa de controlo eficaz”. Enquanto em 22 maternidades se detectaram “lacunas ou insuficiências na avaliação destas condições, noutras seis unidades foram apontadas importantes carências” de higiene.
Fonte do gabinete do ministro da Saúde, Correia de Campos, reconhece que o “problema das infecções hospitalares é gravíssimo”, devendo ser mudado o comportamento dos médicos – não usar gravata e lavar as mãos sempre que muda de doente – e colocar mais lavatórios nas unidades”.
No relatório há ainda referência a “cinco hospitais com deficiências nos serviços de diálise”. O CM sabe que se trata de um hospital SA e quatro públicos, localizando-se um deles no Norte, três na área de Lisboa e Vale do Tejo e o quinto no Alentejo. Um cenário ainda mais grave quando se avalia as clínicas: 30 das 77 unidades privadas de diálise – 18 das quais no Norte – não têm licença.
DOENTES ESTÃO MUITO PREOCUPADOS
Muito preocupado com a situação das unidades de diálise está o representante dos doentes hemodializados. Carlos Silva, presidente da Associação Portuguesa dos Insuficientes Renais (APIR) aponta ao CM algumas falhas. “Temos conhecimentos que alguns centros têm falta de técnicos em número suficiente para poderem fazer um acompanhamento especializado aos doentes e por isso são os auxiliares que desempenham tarefas de enfermagem, além que não cumprem o manual das boas práticas.” Denunciadas estas queixas, Carlos Silva adianta que “para economizarem despesas, alguns centros misturam os doentes durante os tratamentos aos fins-de-semana, esquecendo o necessário isolamento dos doentes com hepatite”. Contudo, o responsável da APIR reconhece que “tem havido evolução na qualidade técnica dos tratamentos”.
"A ORDEM NÃO RECEBEU QUEIXAS"
O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, afirmou não ter conhecimento da existência de deficiências nas unidades de diálise hospitalares e da falta de licenciamento das clínicas privadas, no entanto, ao CM manifestou-se preocupado com essa situação. “A Ordem não recebeu queixas, mas é lamentável um tão elevado número de unidades privadas a funcionar sem licenciamento”, considerou Pedro Nunes. A explicação que dá para a falta de licenciamento é a de que “os critérios serem tão exigentes que fazem com que a lei não seja passível de ser cumprida”. Lembrou ainda que o monopólio das unidades privadas está nas mãos de duas multinacionais.
(...)
DESPESAS NO ALGARVE
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve não escapou às acções de fiscalização e os inspectores da Saúde detectaram “deficiências no acompanhamento da execução de projectos, designadamente na verificação da conformidade dos pedidos de pagamento e da regularidade das despesas que o suportam”.
MAIS RECLAMAÇÕES
Há um aumento ligeiro de reclamações relativas à assistência médica nos hospitais, sendo mais significativas as queixas relacionadas com os centros de saúde. O principal motivo tem a ver com a deficiente comunicação e informação entre o utente e os profissionais de saúde.
(...)
Só 10 mil sabem que têm hepatite C
DN 09.09.05
Dos 150 mil portadores de hepatite C que se estima existirem em Portugal, apenas 10 mil sabem que têm o vírus, encontrando-se os restantes em risco de infectar outras pessoas, alertou o presidente da Associação SOS Hepatites, Val Neto. A divulgação desta doença é um dos objectivos da Associação SOS hepatites que ontem inaugurou a sua sede, em Lisboa, num espaço em que a proximidade física será privilegiada, adiantou o responsável.
Por isso, uma vez por mês vários doentes reúnem-se para partilhar as suas experiências. Sob o olhar atento de médicos, psicólogos e de outros membros da associação que directa ou indirectamente sofrem com a doença. "As pessoas querem falar com quem já passou ou está a passar pelo mesmo e, para isso, é muito importante existir um espaço onde possam ir", adiantou o responsável.
O presidente da Associação SOS hepatites está preocupado com o facto de a Organização Mundial de Saúde estimar a existência de 150 mil portadores de hepatite C em Portugal, mas apenas 10 mil saberem que estão doentes. De acordo com um estudo do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, Portugal é um dos países europeus com uma das mais elevadas taxas de contaminação deste vírus, que atinge 60 a 80% dos toxicodependentes.
A hepatite C é uma inflamação do fígado provocada por um vírus, que pode levar a casos de falência hepática, cirrose e cancro. O vírus transmite-se por via sanguínea e, embora raramente, por via sexual. A associação recomenda o rastreio a ex-combatentes do Ultramar, a quem tenha alguma vez partilhado seringas ou feito transfusões de sangue antes de 1992.
Dos 150 mil portadores de hepatite C que se estima existirem em Portugal, apenas 10 mil sabem que têm o vírus, encontrando-se os restantes em risco de infectar outras pessoas, alertou o presidente da Associação SOS Hepatites, Val Neto. A divulgação desta doença é um dos objectivos da Associação SOS hepatites que ontem inaugurou a sua sede, em Lisboa, num espaço em que a proximidade física será privilegiada, adiantou o responsável.
Por isso, uma vez por mês vários doentes reúnem-se para partilhar as suas experiências. Sob o olhar atento de médicos, psicólogos e de outros membros da associação que directa ou indirectamente sofrem com a doença. "As pessoas querem falar com quem já passou ou está a passar pelo mesmo e, para isso, é muito importante existir um espaço onde possam ir", adiantou o responsável.
O presidente da Associação SOS hepatites está preocupado com o facto de a Organização Mundial de Saúde estimar a existência de 150 mil portadores de hepatite C em Portugal, mas apenas 10 mil saberem que estão doentes. De acordo com um estudo do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, Portugal é um dos países europeus com uma das mais elevadas taxas de contaminação deste vírus, que atinge 60 a 80% dos toxicodependentes.
A hepatite C é uma inflamação do fígado provocada por um vírus, que pode levar a casos de falência hepática, cirrose e cancro. O vírus transmite-se por via sanguínea e, embora raramente, por via sexual. A associação recomenda o rastreio a ex-combatentes do Ultramar, a quem tenha alguma vez partilhado seringas ou feito transfusões de sangue antes de 1992.
Arafat morreu envenenado ou com sida
Lusa 09.09.05
O antigo dirigente palestiniano Yasser Arafat morreu de envenenamento, SIDA ou de infecção, afirmou hoje um dos autores do livro que revela o conteúdo do relatório médico secreto do hospital francês onde Arafat morreu a 11 de Novembro. Contudo, segundo o New York Times, que cita as conclusões de um relatório médico francês, é "fortemente improvável que um envenenamento ou SIDA tenham estado na origem da morte de Arafat".
(...)
quinta-feira, setembro 08, 2005
Delegados sem controlo
CM 08.09.05
Pelo menos 52 hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não fazem marcações das visitas dos Delegados de Informação Médica (DIM) no ‘site’ do Infarmed. Ou seja, a lei que regulamenta esta actividade não está a ser cumprida.
Mas não é tudo, a mesma notícia do “Jornal de Negócios” que dava ontem conta destes números, prova que esta é apenas a ‘ponta do icebergue’ de um relatório preliminar da Inspecção-Geral de Saúde junto de 87 hospitais.
O inquérito teve origem em queixas apresentadas por doentes – junto dos gabinetes de utente dos serviços de saúde – que se sentirem lesados. É que, apesar de terem consultas marcadas, os pacientes foram permanentemente ultrapassados pelos DIM, que são mais rapidamente atendidos pelos médicos.
VISITAS A MAIS, SEM HORÁRIO
O levantamento da IGS revela ainda que pelo menos 25 hospitais não regulamentaram as visitas dos DIM, enquanto 13 unidades de saúde ultrapassaram o limite das mesmas previstas na lei: seis por ano. Outros dados, como o facto de 25 hospitais não fixarem os horários de atendimento dos técnicos de informação DIM, constam também do inquérito, ainda não divulgado publicamente, cujo objectivo principal é levar os profissionais de informação médica a cumprir a lei em vigor.
Contactada pelo CM, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica preferiu não comentar, alegando desconhecer o conteúdo do inquérito. No entanto, fonte daquela instituição recordou que foi pedida à Procuradoria Geral da República uma avaliação da inconstitucionalidade do regulamento das visitas aos médicos. “Apesar de continuar em vigor, a Procuradoria pediu ao Tribunal Constitucional que declarasse o documento inconstitucional.”
As regras que definem o acesso dos delegados de informação médica aos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde foram publicadas em Diário da República de 07 de Fevereiro de 2004 e determinam um limite de seis visitas anuais, por laboratório, a cada hospital ou centro de saúde. Normas que algumas unidades de saúde estão ainda a adoptar, como é o caso do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio. Renato Pereira, assessor do conselho de administração, explicou ao CM que a legislação foi apenas transposta para a prática interna em Julho.
Álvaro Carvalho, presidente do Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta em Almada, confirma que actualmente há menos DIM naquela unidade, o que, acrescenta, se deve ao conjunto de normas “que foram implementadas com todo o rigor”.
A LEGISLAÇÃO
CERTIFICAÇÃO
Pela além de limitar as visitas dos delegados de informação médica – seis por ano é o máximo permitido –, por laboratório, a cada hospital ou centro de saúde, a lei em vigor desde o ano passado determina ainda a certificação pelo Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed).
VISITAS
Não é também permitida a visita diária a mais de dois delegados de informação médica por serviço hospitalar, sendo a sua deslocação sujeita a marcação prévia junto da instituição de saúde.
LOCAL DO ENCONTRO
Por dia, cada delegado de informação médica tem apenas autorização para visitar dez médicos, sempre fora do horário destinado a atender os utentes e num local previamente definido para estas visitas. A lei estipula que o encontro não se pode realizar em serviços de urgência, nos de atendimento permanente, internamento e nas zonas de consultas em período de funcionamento.
Reportagem na TVI sobre Tipranavir
Milagre de Ourique. Domingos Sequeira, óleo sobre tela, 1793.
Já publicámos aqui muito sobre o escândalo do acesso ao tipranavir em Portugal.
A farmacêutica Boehringer-Ingelheim foi o primeiro obstáculo, querendo cobrar 26 euros, por dia, por doente, pelo tipranavir (TPV) antes da entrada no mercado português e a aprovação pelo INFARMED.
Depois de muitas negociações com o GAT, em Abril, a Boehringer aceitou ceder gratuitamente o tipranavir aos hospitais portugueses, até ao fim deste ano.
Entretanto o TPV já foi aprovado pela FDA nos E.U.A. e alguns hospitais portugueses começaram aceitar a oferta da Boehringer mas, incrivelmente, a maioria dos hospitais do nosso país estava-se nas tintas dos seus doentes e simplesmente recusou fazer as encomendas.
O caso mais flagrante foi o do Hospital Santa Maria, o hospital com mais seropositivos do país, onde o Conselho da Administração decidiu, contra as recomendações da equipa médica para distribuir o medicamento salva-vidas e , sem dúvida, por medo das repercussões futuras no orçamento do hospital, rejeitar linearmente a oferta da Boehringer.
Graças à coragem de um paciente do HSM, que não teve medo ir à imprensa para denunciar este caso (ver a reportagem amanhã no jornal da noite da TVI), hoje, o HSM fez saber que, finalmente, vai encomendar o medicamento.
Será preciso denunciarmos caso a caso (por exemplo o hospital de Coimbra do ex-coordenador da Comissão Nacional, Prof. Meliço-Silvestre) para assegurarmos o acesso efectivo e em tempo útil ao Tipranavir por todos quantos dele necessitam?!
TVI 08.09.05
Doentes estão há nove meses sem medicamento
O fármaco representa uma esperança para os doentes mais graves, nos quais já não actua nenhum medicamento antigo.
Há dezenas de doentes com sida há nove meses à espera de um novo medicamento para controlar a doença, que alguns hospitais portugueses estão a utilizar, mas outros não. O pior é que o fármaco representa uma esperança para os doentes mais graves, nos quais já não actua devidamente nenhum medicamento antigo.
Nuno Mendes sofre de Sida e de Hepatite C e as duas doenças estão descontroladas, porque o seu organismo já quase não reage aos medicamentos existentes. Há nove meses, recebeu uma chamada da sua médica, a dizer-lhe que, finalmente, apareceu um medicamento que poderá prolongar-lhe a vida e evitar o pior, mas nesse dia Nuno Mendes entrou num segundo pesadelo.
Nuno Mendes não é caso único. No Hospital de Santa Maria há cerca de dez doentes graves a quem os médicos receitaram o novo fármaco, mas ele nunca foi encomendado. E passa-se o mesmo noutros hospitais do país. O medicamento em causa já foi autorizado nos Estados Unidos, mas ainda aguarda aprovação definitiva na Europa. Só que, no caso dos doentes mais graves, desde que os médicos os receitem, os novos medicamentos podem ser utilizados antes, para evitar que cheguem tarde demais.
O laboratório produtor, de início, queria cobrar cerca de 30 euros diários por doente, preço previsível do tratamento quando o fármaco estiver autorizado. Mas, desde Abril que o fabricante se dispôs a ceder o fármaco gratuitamente, até ao fim do ano, altura em que se espera já haja uma aprovação definitiva. Mesmo assim, o hospital não fez qualquer encomenda e pelo meio mudou de administração. Quando a TVI procurou os novos responsáveis para saber porquê, recebeu a notícia de que o medicamento vai finalmente ser encomendado.
quarta-feira, setembro 07, 2005
Portugal gasta 6,6 por cento do Produto Interno Bruto na saúde
Público 07.09.05
O Estado português destina 6,6 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) para a área da saúde, revela o relatório sobre desenvolvimento humano elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). De acordo com o mesmo documento, os Estados Unidos são o país que mais gasta com a saúde, enquanto o Congo se encontra no fim da lista.
(...)
No que respeita a doenças infecto-contagiosas, a Suazilândia apresenta a maior prevalência de HIV, com 38,8 por cento da população entre os 15 e os 49 anos infectada, em números de 2003. Os números mais altos neste item são registados no Botswana (37,3 por cento), Lesoto (28,9 por cento), Zimbabwe (24,6 por cento) e África do Sul (21,5 por cento).
Em Portugal o número atinge os 0,4 por cento, ao nível de países como a Suíça ou a França. Os números mais baixos de incidência do HIV registam-se em países como Finlândia, Japão, Eslovénia, Coreia do Sul ou Brunei, com menos de 0,1 por cento da população.
O Djibuti apresenta a maior incidência de tuberculose, com 988 casos por cada 100 mil habitantes, seguido pelo Quénia, com 821 casos, Timor-Leste, com 753 casos, e Camboja, com 742 casos. Em Portugal os números atingem 37 casos de tuberculose por cada 100 mil habitantes. A Islândia, com apenas três casos por 100 mil habitantes, tem a menor incidência da doença, perto da Suécia, Canadá ou Chipre, com apenas quatro casos.
(...)
O Estado português destina 6,6 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) para a área da saúde, revela o relatório sobre desenvolvimento humano elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). De acordo com o mesmo documento, os Estados Unidos são o país que mais gasta com a saúde, enquanto o Congo se encontra no fim da lista.
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No que respeita a doenças infecto-contagiosas, a Suazilândia apresenta a maior prevalência de HIV, com 38,8 por cento da população entre os 15 e os 49 anos infectada, em números de 2003. Os números mais altos neste item são registados no Botswana (37,3 por cento), Lesoto (28,9 por cento), Zimbabwe (24,6 por cento) e África do Sul (21,5 por cento).
Em Portugal o número atinge os 0,4 por cento, ao nível de países como a Suíça ou a França. Os números mais baixos de incidência do HIV registam-se em países como Finlândia, Japão, Eslovénia, Coreia do Sul ou Brunei, com menos de 0,1 por cento da população.
O Djibuti apresenta a maior incidência de tuberculose, com 988 casos por cada 100 mil habitantes, seguido pelo Quénia, com 821 casos, Timor-Leste, com 753 casos, e Camboja, com 742 casos. Em Portugal os números atingem 37 casos de tuberculose por cada 100 mil habitantes. A Islândia, com apenas três casos por 100 mil habitantes, tem a menor incidência da doença, perto da Suécia, Canadá ou Chipre, com apenas quatro casos.
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Cuba supera Portugal em indicadores de Saúde e Educação
DD 07.09.05
A república comunista de Cuba apresenta vantagem face a Portugal no que concerne a alguns indicadores nos respectivos sistemas Saúde e Educação, segundo dados do Relatório de Desenvolvimento Humano deste ano, divulgado esta quarta-feira pelo PNUD.
Os números do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento indicam que Portugal tem 324 médicos por cada 100 mil habitantes, enquanto o país dirigido por Fidel conta com 591 médicos para a mesma proporção de habitantes.
Na Educação, a república cujo regime político se caracteriza pela existência de partido único (PCC) aplica quase 19% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto Portugal investe apenas 5,8% do PIB, um valor que corresponde a 12,5% da despesa pública total, segundo números do final de 2002.
Os dois países, comparáveis em número de habitantes, apresentam ainda diferenças acentuadas no PIB, com este indicador a favor de Portugal, embora a esperança média de vida esteja ao mesmo nível, em redor dos 77 anos.
A república comunista de Cuba apresenta vantagem face a Portugal no que concerne a alguns indicadores nos respectivos sistemas Saúde e Educação, segundo dados do Relatório de Desenvolvimento Humano deste ano, divulgado esta quarta-feira pelo PNUD.
Os números do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento indicam que Portugal tem 324 médicos por cada 100 mil habitantes, enquanto o país dirigido por Fidel conta com 591 médicos para a mesma proporção de habitantes.
Na Educação, a república cujo regime político se caracteriza pela existência de partido único (PCC) aplica quase 19% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto Portugal investe apenas 5,8% do PIB, um valor que corresponde a 12,5% da despesa pública total, segundo números do final de 2002.
Os dois países, comparáveis em número de habitantes, apresentam ainda diferenças acentuadas no PIB, com este indicador a favor de Portugal, embora a esperança média de vida esteja ao mesmo nível, em redor dos 77 anos.
Governo sul-africano investiga regresso de "falsa cura" para a sida
Lusa 07.09.05
A ministra da Saúde sul-africana alertou hoje para o regresso do Virodene, uma falsa cura para a Sida inventada em meados dos anos 90 pela portuguesa Olga Visser e que nunca foi aprovada pelo organismo regulador dos medicamentos.
Segundo Manto Tshabalala-Msimang, o Virodene - que é na sua base um solvente industrial com alegados efeitos tóxicos - está à venda na Internet, num site "oficial" que oferece aos interessados a possibilidade de o comprar ou de adquirir os direitos de venda nos países em que residem.
A ministra foi alertada para esta nova "estratégia comercial" dos criadores do Virodene pela oposição oficial, a Aliança Democrática, que descobriu o site do Virodene. A porta-voz da Aliança Democrática para a Saúde, Dianne Kholer Bernard, disse à estação de televisão oficial SABC que o Virodene está a ser comercializado na Internet e pediu a intervenção do governo sul- africano.
A ministra da Saúde garantiu ter já ordenado ao Conselho de Controlo do Medicamento (MCC) que investigue as acções dos responsáveis pelo site, uma vez que o MCC rejeitou mais do que um pedido para o registo do Virodene em 1997, por considerar que o solvente dimetilformamide (DMF) presente na composição, pode ter efeitos tóxicos nos utilizadores, mesmo a nível industrial onde é utilizado.
Os testes conduzidos naquele período pelos inventores do Virodene, designadamente a técnica de laboratório Olga Visser, não satisfizeram as autoridades de saúde por não terem obedecido às regras e parâmetros que regulam o processo de legalização de novos medicamentos. Na altura, a oposição acusou alguns membros do Governo, nomeadamente o então vice-presidente Thabo Mbeki (actual chefe de Estado) de estar ligado à equipa que criou o Virodene, e também o partido no poder, o Congresso Nacional Africano (ANC), de ter investido financeiramente no projecto da suposta "cura da Sida". As alegações foram negadas pelo ANC e pelo próprio Mbeki.
Apesar de várias tentativas, a agência Lusa não conseguiu contactar Olga Visser em relação a esta nova tentativa de comercialização do Virodene.
De acordo com dados oficiais, existem entre 6,29 e 6,57 milhões de pessoas infectadas com o HIV na África do Sul.
A ministra da Saúde sul-africana alertou hoje para o regresso do Virodene, uma falsa cura para a Sida inventada em meados dos anos 90 pela portuguesa Olga Visser e que nunca foi aprovada pelo organismo regulador dos medicamentos.
Segundo Manto Tshabalala-Msimang, o Virodene - que é na sua base um solvente industrial com alegados efeitos tóxicos - está à venda na Internet, num site "oficial" que oferece aos interessados a possibilidade de o comprar ou de adquirir os direitos de venda nos países em que residem.
A ministra foi alertada para esta nova "estratégia comercial" dos criadores do Virodene pela oposição oficial, a Aliança Democrática, que descobriu o site do Virodene. A porta-voz da Aliança Democrática para a Saúde, Dianne Kholer Bernard, disse à estação de televisão oficial SABC que o Virodene está a ser comercializado na Internet e pediu a intervenção do governo sul- africano.
A ministra da Saúde garantiu ter já ordenado ao Conselho de Controlo do Medicamento (MCC) que investigue as acções dos responsáveis pelo site, uma vez que o MCC rejeitou mais do que um pedido para o registo do Virodene em 1997, por considerar que o solvente dimetilformamide (DMF) presente na composição, pode ter efeitos tóxicos nos utilizadores, mesmo a nível industrial onde é utilizado.
Os testes conduzidos naquele período pelos inventores do Virodene, designadamente a técnica de laboratório Olga Visser, não satisfizeram as autoridades de saúde por não terem obedecido às regras e parâmetros que regulam o processo de legalização de novos medicamentos. Na altura, a oposição acusou alguns membros do Governo, nomeadamente o então vice-presidente Thabo Mbeki (actual chefe de Estado) de estar ligado à equipa que criou o Virodene, e também o partido no poder, o Congresso Nacional Africano (ANC), de ter investido financeiramente no projecto da suposta "cura da Sida". As alegações foram negadas pelo ANC e pelo próprio Mbeki.
Apesar de várias tentativas, a agência Lusa não conseguiu contactar Olga Visser em relação a esta nova tentativa de comercialização do Virodene.
De acordo com dados oficiais, existem entre 6,29 e 6,57 milhões de pessoas infectadas com o HIV na África do Sul.
terça-feira, setembro 06, 2005
Novo regime de comparticipações
Felizmente, os antiretrovirais ficaram nas farmácias hospitalares...
DN 06.09.05
(...)
Em meados deste mês entrará também em vigor o novo regime de comparticipações de medicamentos. Segundo o secretário de Estado da Saúde, o Estado vai continuar a comparticipar na totalidade os remédios de utentes que integrem os actuais regimes especiais (como é, por exemplo, o caso dos hemofílicos).
Os fármacos mantém-se também gratuitos para os pensionistas com rendimentos ao nível do salário mínimo e ainda para diabéticos ou doentes oncológicos (fármacos imunomodeladores e antineoplásicos).
Os restantes remédios que eram até agora comparticipados na totalidade passam a ser apenas a 95%. A excepção é para os doentes que comprovarem ao Estado ter baixos rendimentos - estes têm a possibilidade de serem posteriormente reembolsados nesse diferencial de 5%.
(...)
DN 06.09.05
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Em meados deste mês entrará também em vigor o novo regime de comparticipações de medicamentos. Segundo o secretário de Estado da Saúde, o Estado vai continuar a comparticipar na totalidade os remédios de utentes que integrem os actuais regimes especiais (como é, por exemplo, o caso dos hemofílicos).
Os fármacos mantém-se também gratuitos para os pensionistas com rendimentos ao nível do salário mínimo e ainda para diabéticos ou doentes oncológicos (fármacos imunomodeladores e antineoplásicos).
Os restantes remédios que eram até agora comparticipados na totalidade passam a ser apenas a 95%. A excepção é para os doentes que comprovarem ao Estado ter baixos rendimentos - estes têm a possibilidade de serem posteriormente reembolsados nesse diferencial de 5%.
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Campanha contra sida apoiada pela ONU em Angola
Lusa 05.09.05
O representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em Angola, Mário Ferrari, considerou hoje que o país tem uma "oportunidade única" para combater a SIDA, mas defendeu mais medidas para atingir esse objectivo.
"Angola pode considerar-se feliz por ainda ter uma oportunidade única de interromper o alastramento da epidemia. Para isso, poderia e deveria expandir a cobertura do tratamento anti-retroviral, os centros de testagem voluntária e as acções de prevenção da transmissão vertical de mãe para filho", afirmou.
Mário Ferrari, que falava na abertura da Campanha de Sensibilização sobre SIDA nas Escolas, defendeu ainda a necessidade de se promover o "envolvimento dos jovens como actores de mudança para apoiar a luta contra a discriminação das pessoas que vivem com o HIV, promovendo uma melhor compreensão e abertura em relação à epidemia".
(...)
Angola possui a mais baixa taxa de prevalência da SIDA entre os países da África Austral, mas vários responsáveis do sistema das Nações Unidas têm vindo a alertar para a necessidade de adoptar medidas que permitam aproveitar esta situação para combater o alastramento da doença.
O representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em Angola, Mário Ferrari, considerou hoje que o país tem uma "oportunidade única" para combater a SIDA, mas defendeu mais medidas para atingir esse objectivo.
"Angola pode considerar-se feliz por ainda ter uma oportunidade única de interromper o alastramento da epidemia. Para isso, poderia e deveria expandir a cobertura do tratamento anti-retroviral, os centros de testagem voluntária e as acções de prevenção da transmissão vertical de mãe para filho", afirmou.
Mário Ferrari, que falava na abertura da Campanha de Sensibilização sobre SIDA nas Escolas, defendeu ainda a necessidade de se promover o "envolvimento dos jovens como actores de mudança para apoiar a luta contra a discriminação das pessoas que vivem com o HIV, promovendo uma melhor compreensão e abertura em relação à epidemia".
(...)
Angola possui a mais baixa taxa de prevalência da SIDA entre os países da África Austral, mas vários responsáveis do sistema das Nações Unidas têm vindo a alertar para a necessidade de adoptar medidas que permitam aproveitar esta situação para combater o alastramento da doença.
O que é o Linfogranuloma venéreo?
ILGA-Portugal
O Linfogranuloma venéreo (LGV) é uma infecção sexualmente transmitida, causada por Chlamydia trachomatis, serotipo L, que raramente ocorria nos países industrializados. Contudo, no último ano, houve um grande aumento do número de casos de LGV, primeiro na Holanda e depois noutros países da Europa e nos Estados Unidos.
Quais são os sintomas?
Os sintomas clássicos de LGV são uma ferida no pénis ou na vagina, não dolorosa, que aparece cerca de 3 dias a 6 semanas depois do contacto sexual com um indivíduo infectado. No entanto, algumas pessoas podem não ter esta ferida ou ela pode passar despercebida. Cerca de 2 a 6 semanas depois, os gânglios linfáticos inguinais aumentam de volume e tornam-se dolorosos, geralmente de um só lado, podendo sofrer rotura e deitar um líquido purulento. As mulheres podem ter dor no abdomen ou nas costas, e tanto nos homens como nas mulheres o LGV pode originar inflamação das articulações e hepatite. Anos depois, se esta doença não fôr tratada, pode ocasionar febre, dor, comichão e diarreia sanguinolenta.
Os doentes com LGV, que ultimamente têm aparecido nos países industrializados, apresentam uma infecção do recto, que pode caracterizar-se por corrimento analcom muco ou pus, hemorragia rectal, obstipação, gânglios inguinais/femurais aumentados de volume, ferida ou papula genital/rectal e/ou dor no anus.
Como se transmite?
- Contacto sexual (genital, oral, rectal) com indivíduo infectado. Um indivíduo pode permanece infeccioso, podendo infectar outros enquanto tiver lesões activas.
- Associado a sexo rectal não protegido.
- Associado a parceiros sexuais múltiplos ou parceiros sexuais novos.
- Maior prevalência em doentes HIV positivos
- Maior prevalência em doentes com hepatite C (nos países industrializados)
Como se faz o diagnóstico?
Se tiver estes sintomas ou se correu algum risco, como ter tido sexo anal não protegido, principalmente com parceiros sexuais novos ou múltiplos, deve procurar o seu médico ou o Centro de Rastreio de VIH e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis, no Centro de Saúde de Oeiras, onde existe pessoal especializado no diagnóstico e tratamento desta infecção. O Centro funciona às terças e quintas , das 14 às 18 horas e basta aparecer para ser observado.
Como se trata?
Como se trata de uma infecção, o tratamento com antibióticos é eficaz, quando diagnosticado cedo.
É necessário tratar os parceiros sexuais?
Todos os parceiros sexuais dos últimos 6 meses de um indivíduo com LGV devem procurar o médico para pesquisa de C. trachomatis, o agente de LGV e tratamento respectivo.
Como se previne o LGV?
O LGV previne-se com:
- Utilização de preservativo sempre que se tem uma relação sexual. (...)
- Lavagem cuidadosa dos orgãos genitais depois de cada relação.
- Evitar relações sexuais se pensa que pode ter LGV.
- Dizer a todos os contactos sexuais dos últimos 6 meses para procurarem o médico.
Se achar que tem algum destes sintomas ou se teve uma relação sexual anal sem preservativo nos últimos 6 meses contacte
- a Unidade de DST do Instituto de Higiene e Medicina Tropical Rua da Junqueira, nº 961349 - 008 Lisboa Tel 21 2652637
ou
- o Centro de Aconselhamento e Diagnóstico de VIH/IST Terças e Quintas Av Salvador Allende 2780 Oeiras Tel 21 4400100
- Locais onde existe pessoal de saúde especializado no diagnóstico e tratamento desta doença e de outras IST.
O Linfogranuloma venéreo (LGV) é uma infecção sexualmente transmitida, causada por Chlamydia trachomatis, serotipo L, que raramente ocorria nos países industrializados. Contudo, no último ano, houve um grande aumento do número de casos de LGV, primeiro na Holanda e depois noutros países da Europa e nos Estados Unidos.
Quais são os sintomas?
Os sintomas clássicos de LGV são uma ferida no pénis ou na vagina, não dolorosa, que aparece cerca de 3 dias a 6 semanas depois do contacto sexual com um indivíduo infectado. No entanto, algumas pessoas podem não ter esta ferida ou ela pode passar despercebida. Cerca de 2 a 6 semanas depois, os gânglios linfáticos inguinais aumentam de volume e tornam-se dolorosos, geralmente de um só lado, podendo sofrer rotura e deitar um líquido purulento. As mulheres podem ter dor no abdomen ou nas costas, e tanto nos homens como nas mulheres o LGV pode originar inflamação das articulações e hepatite. Anos depois, se esta doença não fôr tratada, pode ocasionar febre, dor, comichão e diarreia sanguinolenta.
Os doentes com LGV, que ultimamente têm aparecido nos países industrializados, apresentam uma infecção do recto, que pode caracterizar-se por corrimento analcom muco ou pus, hemorragia rectal, obstipação, gânglios inguinais/femurais aumentados de volume, ferida ou papula genital/rectal e/ou dor no anus.
Como se transmite?
- Contacto sexual (genital, oral, rectal) com indivíduo infectado. Um indivíduo pode permanece infeccioso, podendo infectar outros enquanto tiver lesões activas.
- Associado a sexo rectal não protegido.
- Associado a parceiros sexuais múltiplos ou parceiros sexuais novos.
- Maior prevalência em doentes HIV positivos
- Maior prevalência em doentes com hepatite C (nos países industrializados)
Como se faz o diagnóstico?
Se tiver estes sintomas ou se correu algum risco, como ter tido sexo anal não protegido, principalmente com parceiros sexuais novos ou múltiplos, deve procurar o seu médico ou o Centro de Rastreio de VIH e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis, no Centro de Saúde de Oeiras, onde existe pessoal especializado no diagnóstico e tratamento desta infecção. O Centro funciona às terças e quintas , das 14 às 18 horas e basta aparecer para ser observado.
Como se trata?
Como se trata de uma infecção, o tratamento com antibióticos é eficaz, quando diagnosticado cedo.
É necessário tratar os parceiros sexuais?
Todos os parceiros sexuais dos últimos 6 meses de um indivíduo com LGV devem procurar o médico para pesquisa de C. trachomatis, o agente de LGV e tratamento respectivo.
Como se previne o LGV?
O LGV previne-se com:
- Utilização de preservativo sempre que se tem uma relação sexual. (...)
- Lavagem cuidadosa dos orgãos genitais depois de cada relação.
- Evitar relações sexuais se pensa que pode ter LGV.
- Dizer a todos os contactos sexuais dos últimos 6 meses para procurarem o médico.
Se achar que tem algum destes sintomas ou se teve uma relação sexual anal sem preservativo nos últimos 6 meses contacte
- a Unidade de DST do Instituto de Higiene e Medicina Tropical Rua da Junqueira, nº 961349 - 008 Lisboa Tel 21 2652637
ou
- o Centro de Aconselhamento e Diagnóstico de VIH/IST Terças e Quintas Av Salvador Allende 2780 Oeiras Tel 21 4400100
- Locais onde existe pessoal de saúde especializado no diagnóstico e tratamento desta doença e de outras IST.
sábado, setembro 03, 2005
Kofi Annan em Londres para o financiamento da luta contra as pandemias
Lusa 02.09.05
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, estará em Londres segunda e terça-feira para presidir a uma conferência de doadores para o Fundo global de luta contra a sida, tuberculose e paludismo, indicou hoje uma porta-voz da ONU.
A conferência destina-se a reforçar este fundo para o período 2006-2007, disse.
Annan regressa a Nova Iorque terça-feira à noite. O secretário-geral da ONU está actualmente de férias na Suécia.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, estará em Londres segunda e terça-feira para presidir a uma conferência de doadores para o Fundo global de luta contra a sida, tuberculose e paludismo, indicou hoje uma porta-voz da ONU.
A conferência destina-se a reforçar este fundo para o período 2006-2007, disse.
Annan regressa a Nova Iorque terça-feira à noite. O secretário-geral da ONU está actualmente de férias na Suécia.
Empresas de Coimbra integram projecto de prevenção em meios laborais
Lusa 02.09.05
Três empresas de Coimbra aderiram hoje a um projecto de formação e sensibilização para prevenir a infecção pelo vírus da sida nos locais de trabalho.
O projecto "(In)Formação e Sensibilização do VIH/sida", promovido pela associação Integrar, prevê fornecer formação a mediadores de 15 empresas do distrito de Coimbra, três das quais aderiram hoje.
"O meio laboral, normalmente pouco associado ao vírus e à sua transmissão, é um local a necessitar de intervenção urgente, de forma preventiva ou, malogradamente, reactiva", refere uma nota da instituição.
Liliana Simões, coordenadora do projecto, disse que o número de pessoas infectadas ascende a 12.210 casos acumulados desde 1983, sendo 10.081 do sexo masculino.
Segundo os registos oficiais citados hoje por Liliana Simões, ocorreram 188 casos no distrito de Coimbra, no mesmo período, e morreram 110 doentes.
Estes dados foram revelados no início de uma conferência sobre prevenção em meios laborais, que decorre esta tarde na Casa Municipal da Cultura de Coimbra.
Aquele projecto, em debate na conferência, visa "construir redes de suporte para a prevenção da transmissão do vírus do VIH no meio laboral".
Participaram na abertura dos trabalhos a vice-presidente da associação Integrar, Ana Catarino, e o director executivo da Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACIC), Ferreira Ramos.
O projecto e a conferência, co-financiados pela Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, contam com a colaboração da ACIC e, numa primeira fase, das empresas Real Cerâmica, USID-Confecções e Santix, que assinaram hoje protocolos de cooperação com a Integrar.
Três empresas de Coimbra aderiram hoje a um projecto de formação e sensibilização para prevenir a infecção pelo vírus da sida nos locais de trabalho.
O projecto "(In)Formação e Sensibilização do VIH/sida", promovido pela associação Integrar, prevê fornecer formação a mediadores de 15 empresas do distrito de Coimbra, três das quais aderiram hoje.
"O meio laboral, normalmente pouco associado ao vírus e à sua transmissão, é um local a necessitar de intervenção urgente, de forma preventiva ou, malogradamente, reactiva", refere uma nota da instituição.
Liliana Simões, coordenadora do projecto, disse que o número de pessoas infectadas ascende a 12.210 casos acumulados desde 1983, sendo 10.081 do sexo masculino.
Segundo os registos oficiais citados hoje por Liliana Simões, ocorreram 188 casos no distrito de Coimbra, no mesmo período, e morreram 110 doentes.
Estes dados foram revelados no início de uma conferência sobre prevenção em meios laborais, que decorre esta tarde na Casa Municipal da Cultura de Coimbra.
Aquele projecto, em debate na conferência, visa "construir redes de suporte para a prevenção da transmissão do vírus do VIH no meio laboral".
Participaram na abertura dos trabalhos a vice-presidente da associação Integrar, Ana Catarino, e o director executivo da Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACIC), Ferreira Ramos.
O projecto e a conferência, co-financiados pela Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, contam com a colaboração da ACIC e, numa primeira fase, das empresas Real Cerâmica, USID-Confecções e Santix, que assinaram hoje protocolos de cooperação com a Integrar.