sexta-feira, março 10, 2006
Cem mil portugueses "fundamentais" recebem anti-viral em pandemia
Contrariamente ao que se passa em França, os seropositivos portugueses não estarão na lista prioritária (dos mais vulneráveis).
Lusa 10.03.06
Cem mil portugueses estão classificados como "fundamentais para o país", dado os cargos que ocupam, e por isso irão receber anti-virais em caso de pandemia provocada pelo vírus da gripe das aves, anunciou a sub-directora geral da Saúde.
Graça Freitas falava numa sessão sobre os cenários pandémicos da gripe, durante a qual anunciou que a Direcção-Geral da Saúde realizou um levantamento sobre os trabalhadores que são considerados prioritários para o país.
Trata-se de profissionais de saúde, responsáveis que trabalham em sectores como o fornecimento de electricidade, água, gás ou alimentos e ainda outros como as forças de segurança, especificou Graça Freitas.
Estes portugueses constam de um esquema profilático prolongado que consiste na toma durante seis semanas do anti-viral considerado mais eficaz para combater a gripe humana provocada pelo vírus H5N1 (oseltamivir).
Este medicamento ainda não está em Portugal, pois está incluído na reserva estratégica que assegurará a administração de oseltamivir a 25 por cento da população (mais os cem mil portugueses prioritários) e que deverá chegar ao país no segundo semestre deste ano.
Actualmente Portugal tem uma reserva de 11 mil tratamentos completos de osltamivir.
De acordo com Graça Freitas, Portugal está ainda a avaliar propostas de empresas farmacêuticas que estão a investigar a vacina contra o H5N1.
Tal como a maioria dos outros países, Portugal pode efectuar uma reserva para assegurar que assim que o vírus sofra uma mutação que permita a transmissão entre humanos e que seja descoberta a respectiva vacina, se torne possível a sua aquisição.
Graça Freitas disse ainda que as recomendações técnicas apontam para a vacinação universal em Portugal, assegurando que todas as pessoas a viver em Portugal poderão ser vacinadas.