quarta-feira, março 08, 2006

Maioria de direita chumba criação de sala de injecção assistida

Não se percebe o voto contra do vereador PSD, Dr. Amaral Lopes, Director da Abraço.
Relembramos que a Abraço subscreveu a carta das ONGs no 1 de Dezembro de 2005 acerca das salas de injecção assistida.
Esquecido?!

Lusa 23.02.06

A maioria de direita na Câmara de Lisboa rejeitou quarta-feira à noite a criação de uma sala de injecção assistida, proposta pelo vereador José Sá Fernandes (Bloco de Esquerda) e que teve os votos favoráveis do PS.

A proposta de Sá Fernandes, apresentada na reunião pública de quarta-feira do executivo camarário, sugeria que o plano de combate à toxicodependência da autarquia lisboeta incluísse a "possibilidade" da instalação de uma sala de injecção assistida "como experiência-piloto" na renegociação do protocolo, prevista para Março, a estabelecer entre o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), o município e a Segurança Social.

Apenas o proponente e os cinco vereadores do PS votaram favoravelmente a proposta, que mereceu os votos contra dos nove vereadores da coligação de direita (PSD-CDS/PP) e a abstenção dos dois eleitos pela CDU.

Sá Fernandes sustentou que "Lisboa não pode adiar mais" esta questão, afirmando que a deliberação pretendia apenas "abrir a possibilidade" de vir a adoptar esta medida na capital.
"Não é para instalarmos uma sala de injecção assistida amanhã num sítio qualquer", frisou, adiantando que a medida "não seria uma coisa isolada", mas articulada com medidas de prevenção da toxicodependência.

Também o PS, que tinha esta proposta no seu programa eleitoral, defendeu a necessidade de "testar uma possibilidade de solução". "Como se pode ainda hoje ter tantas dúvidas em relação a uma necessidade que já foi pensada?", perguntou a vereadora socialista Natalina Moura.

Da parte do executivo, o vereador responsável pela Acção Social, Sérgio Lipari Pinto, sublinhou que "nada está fechado" e remeteu uma posição sobre este assunto para um congresso sobre toxicodependência a realizar pela Câmara Municipal em Junho ou Julho. "Queremos um diagnóstico técnico e sério para podermos chegar a uma decisão política. Deixe-me trabalhar até Junho, se faz favor", apelou Lipari Pinto, dirigindo-se ao vereador bloquista, acrescentando que "há questões que estão por responder".

A vereadora do CDS-PP, Maria José Nogueira Pinto, disse estar "em profunda discordância" em relação à proposta de Sá Fernandes. "Quando se gera uma oferta, tem de se pensar como é que se vai prestar a resposta, e nem está provado que este tipo de estrutura seja uma resposta. O vereador Sá Fernandes vem propor que se crie uma sala de injecção assistida como se se construísse uma praça ou um espaço verde. Não pode ser", argumentou.

O presidente da autarquia, António Carmona Rodrigues, afirmou ter "dúvidas sobre o efeito a esperar" desta medida e disse não se sentir "à vontade para apoiar uma experiência destas", apesar de admitir mudar a sua posição.

A vereadora da CDU Rita Magrinho referiu que "uma solução isolada não resolve o problema", defendendo a importância da prevenção primária, nomeadamente através da promoção do desporto entre os mais novos, e frisou que "as soluções integradas devem envolver todas as entidades", incluindo o Governo.
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