segunda-feira, novembro 21, 2005
SIDA cresce na Europa devido a comportamentos de risco
Lusa 21.11.05
Mais de meio milhão de pessoas estão infectadas com o HIV na Europa ocidental, onde se registaram 20.000 novos casos em 2004, devido a um aumento dos comportamentos sexuais de risco, informou hoje a ONU.
Todavia, o número de mortes por SIDA na Europa ocidental diminuiu significativamente em finais dos anos 90, porque essa região e a América do Norte continuam a ser as únicas do mundo onde a maioria dos pacientes tem acesso a tratamentos anti-retrovirais.
Esta tendência manteve-se na Europa ocidental, onde os óbitos por SIDA diminuíram de 3.905 em 2000 para 2.252 em 2004, uma quebra de 42 por cento, em contraste com o leste do continente, onde a cobertura do tratamento anti-retroviral é limitada e o número de mortes triplicou desde 2000.
Estes dados constam do relatório actualizado hoje divulgado pelo programa da ONU contra a sida (ONUSIDA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS). "Mais de um milhão de pessoas vivem com o HIV na Europa ocidental e o número continua a aumentar, devido ao ressurgimento de comportamentos sexuais de risco em vários países", assinala o documento.
"Embora as relações sexuais entre homens e, na maioria dos países, o consumo de drogas intravenosas continuem a ser importantes vias de transmissão, cada vez mais pessoas são infectadas através do coito heterossexual", segundo o relatório.
Dos mais de 20.000 novos casos de 2005 na Europa ocidental (excluindo Itália, Noruega e Espanha, onde não havia dados disponíveis), mais de um terço são mulheres - refere o estudo, segundo o qual "a maior mudança foi o aparecimento do contacto heterossexual como causa predominante dessas novas infecções em alguns países". Parte importante desses novos diagnósticos surgiu em pessoas procedentes de países com epidemias graves, sobretudo da África subsaariana, precisa o texto.
Em Portugal, o relatório assinala uma notória diminuição de novos casos de HIV em consumidores de drogas por via endovenosa (1000 em 2004, contra 2.400 em 2000), que constituíram um pouco mais de um terço dos novos diagnósticos de infecção em 2004 (em comparação com quase metade em 2002).
Em Portugal e Espanha, outro país onde os consumidores de drogas por via intravenosa constituem uma forte percentagem dos infectados, as iniciativas de prevenção devem esforçar-se por limitar a transmissão do HIV destes consumidores aos seus parceiros sexuais, nota o relatório.
Perante os novos padrões de transmissão do vírus, os autores do relatório exortam a Europa a melhorar urgentemente os seus "programas de sexo seguro", e em especial os que têm como alvo as relações entre homens.
Na Europa central, são a Polónia e a Turquia os países que registam metade dos novos casos anuais e, neles, metade dos casos de 2004 surgiram devido a relações heterossexuais sem protecção. [a Igreja Católica continua a proibir campanhas de prevenção na Polonia...]
Quanto aos Estados Unidos, país em que a actividade sexual de risco entre homens representou 63 por cento dos novos infectados, o número anual de novos casos de HIV estabilizou em cerca de 40.000 desde 2000. Nos Estados Unidos, a prevalência do vírus é de 32 por cento entre os homens afro-americanos, 14 por cento entre os hispanos e 7 por cento entre os seus homólogos brancos.
Mais de meio milhão de pessoas estão infectadas com o HIV na Europa ocidental, onde se registaram 20.000 novos casos em 2004, devido a um aumento dos comportamentos sexuais de risco, informou hoje a ONU.
Todavia, o número de mortes por SIDA na Europa ocidental diminuiu significativamente em finais dos anos 90, porque essa região e a América do Norte continuam a ser as únicas do mundo onde a maioria dos pacientes tem acesso a tratamentos anti-retrovirais.
Esta tendência manteve-se na Europa ocidental, onde os óbitos por SIDA diminuíram de 3.905 em 2000 para 2.252 em 2004, uma quebra de 42 por cento, em contraste com o leste do continente, onde a cobertura do tratamento anti-retroviral é limitada e o número de mortes triplicou desde 2000.
Estes dados constam do relatório actualizado hoje divulgado pelo programa da ONU contra a sida (ONUSIDA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS). "Mais de um milhão de pessoas vivem com o HIV na Europa ocidental e o número continua a aumentar, devido ao ressurgimento de comportamentos sexuais de risco em vários países", assinala o documento.
"Embora as relações sexuais entre homens e, na maioria dos países, o consumo de drogas intravenosas continuem a ser importantes vias de transmissão, cada vez mais pessoas são infectadas através do coito heterossexual", segundo o relatório.
Dos mais de 20.000 novos casos de 2005 na Europa ocidental (excluindo Itália, Noruega e Espanha, onde não havia dados disponíveis), mais de um terço são mulheres - refere o estudo, segundo o qual "a maior mudança foi o aparecimento do contacto heterossexual como causa predominante dessas novas infecções em alguns países". Parte importante desses novos diagnósticos surgiu em pessoas procedentes de países com epidemias graves, sobretudo da África subsaariana, precisa o texto.
Em Portugal, o relatório assinala uma notória diminuição de novos casos de HIV em consumidores de drogas por via endovenosa (1000 em 2004, contra 2.400 em 2000), que constituíram um pouco mais de um terço dos novos diagnósticos de infecção em 2004 (em comparação com quase metade em 2002).
Em Portugal e Espanha, outro país onde os consumidores de drogas por via intravenosa constituem uma forte percentagem dos infectados, as iniciativas de prevenção devem esforçar-se por limitar a transmissão do HIV destes consumidores aos seus parceiros sexuais, nota o relatório.
Perante os novos padrões de transmissão do vírus, os autores do relatório exortam a Europa a melhorar urgentemente os seus "programas de sexo seguro", e em especial os que têm como alvo as relações entre homens.
Na Europa central, são a Polónia e a Turquia os países que registam metade dos novos casos anuais e, neles, metade dos casos de 2004 surgiram devido a relações heterossexuais sem protecção. [a Igreja Católica continua a proibir campanhas de prevenção na Polonia...]
Quanto aos Estados Unidos, país em que a actividade sexual de risco entre homens representou 63 por cento dos novos infectados, o número anual de novos casos de HIV estabilizou em cerca de 40.000 desde 2000. Nos Estados Unidos, a prevalência do vírus é de 32 por cento entre os homens afro-americanos, 14 por cento entre os hispanos e 7 por cento entre os seus homólogos brancos.