segunda-feira, novembro 21, 2005

SIDA alastra e ultrapassa o número das 40 milhões de pessoas seropositivas


Já chegou a época à volta do 1 de Dezembro com uma nova série de notícias deprimentes sobre o estado da sida no mundo...

Lusa 21.11.05

A epidemia global de SIDA continua a alastrar, com mais de 40 milhões de infectados, mas o investimento nos esforços de prevenção começa finalmente a resultar, constata um relatório da ONU hoje divulgada. Todavia, a escala desses esforços está ainda muito aquém do necessário para conter a epidemia.

A SIDA já matou mais de 25 milhões de pessoas desde que foi assinalada pela primeira vez em 1981, o que a converte numa das epidemias mais destrutivas de sempre.

Estima-se que 3,1 milhões de pessoas tenham morrido com a doença no ano passado e outras 4,9 milhões tenham sido infectadas com o vírus, de acordo com o relatório actualizado deste ano sobre a epidemia de SIDA, hoje publicado pelas Nações Unidas.

Todavia, há pela primeira vez indicações seguras de que os esforços acrescidos dos últimos cinco anos para combater a doença começaram a ter efeitos na diminuição de novas infecções, segundo afirmou o responsável pelo programa ONUSIDA, Peter Piot.

Antes, já tinham surgido melhorias em países como o Senegal, Uganda e Tailândia, mas eram raras as excepções. "Agora, temos o Quénia, vários países das Caraíbas, o Zimbabué com uma redução", disse Piot, segundo o qual este último país é o primeiro da África austral a registar melhorias.

Há uma nova energia, acrescentou, e muita dela resulta da recente disponibilidade de tratamentos contra a SIDA nos países em desenvolvimento. Em 2005, um pouco mais de 8 mil milhões de dólares (6,85 mil milhões de euros) foram gastos no combate ao HIV nos países em desenvolvimento. Isso é mais do que os 6 mil milhões de dólares do ano anterior, mas está ainda aquém do necessário para controlar o problema, salientou. [Infelizmente a ONUSIDA não diz quantas pessoas já estão a receber os tratamentos anti-retrovirais agora]

A ONUSIDA estima que serão gastos 9 mil milhões de dólares no próximo ano, mas considerava necessários 15 mil milhões. Enquanto isto, a epidemia continua a intensificar-se na África austral e está a crescer no leste da Europa e no centro e leste da Ásia. Há cinco anos, uma em cada 10 novas infecções surgia na Ásia. Hoje em dia, é uma em quatro ou uma em cinco, segundo o relatório. A China, a Papua Nova Guiné e o Vietname estão a registar aumentos significativos, ao mesmo tempo que há sinais alarmantes no Paquistão e a Indonésia está à beira de uma epidemia grave. Em toda a Ásia, refere o documento, a epidemia está a crescer graças ao efeito combinado do uso de drogas injectáveis e da prostituição, e só um número reduzido de países está a desenvolver esforços suficientemente sérios para introduzir programas que incidam nesses comportamentos de risco.

A nível mundial, menos de uma em cinco pessoas em risco de serem infectadas com o HIV tem acesso a programas básicos de prevenção, enquanto apenas uma em dez já infectadas fez análises e sabe que o está.

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