quarta-feira, abril 05, 2006
Na África do Sul ex-vice-presidente nega ter sida
Lusa 04.04.06
O ex-vice-Presidente da África do Sul Jacob Zuma negou hoje perante o Supremo Tribunal de Joanesburgo, que o julga por violação, ser portador do vírus da SIDA.
Rejeitando a acusação de que é alvo, Zuma afirmou também ter conhecimentos suficientes sobre a SIDA para declarar que foi mínimo o risco que correu ao manter relações sexuais sem protecção com uma mulher seropositiva. A mulher, de 31 anos, que o acusou de a ter violado em 2 de Novembro do ano passado, é uma amiga de família, que nunca mentiu sobre a sua condição de seropositiva.
A mulher, que não pode ser identificada, acusou o ex-vice de Thabo Mbeki de a ter forçado a ter uma relação sexual com ele na sua própria casa, onde pernoitava na véspera de uma viagem.
Na versão do arguido, a queixosa foi ao seu quarto, pediu-lhe que a massajasse e, após a massagem, ter-se-ia deitado na cama já sem a tanga que envergara durante a massagem que ele lhe teria aplicado.
Zuma garante que o acto sexual foi perfeitamente consentido pela queixosa, que lhe teria dito posteriormente "sentir-se muito bem". No dia seguinte, a mulher, depois de confessar a suposta violação a amigas, dirigiu-se a uma esquadra de polícia e apresentou queixa contra Jacob Zuma.
Esta manhã, no exterior do Supremo, um grupo de mulheres apoiantes do vice-presidente do Congresso Nacional Africano queimou tangas em sinal de protesto pelo consideram uma "perversão" das mulheres.
"Uma tanga tira a dignidade a qualquer mulher, se um homem vê uma mulher de tanga tem o direito de a violar!", gritou para a comunicação social uma mulher que acabara de queimar uma tanga de cor vermelha em frente do tribunal. "Zuma nunca violaria" é a inscrição que pode ler-se num dos muitos cartazes empunhados pelo grupo de apoiantes do ex-vice-presidente que hoje se deslocaram ao Supremo de Joanesburgo.
Alguns destes apoiantes têm sistematicamente insultado a queixosa em cartazes e canções entoadas no exterior do tribunal desde que o julgamento começou, o que levou o próprio ANC a criticar o facto. Zuma foi afastado da vice-Presidência pelo chefe de Estado em Outubro do ano passado na sequência de um escândalo de corrupção.
O ex-vice-Presidente da África do Sul Jacob Zuma negou hoje perante o Supremo Tribunal de Joanesburgo, que o julga por violação, ser portador do vírus da SIDA.
Rejeitando a acusação de que é alvo, Zuma afirmou também ter conhecimentos suficientes sobre a SIDA para declarar que foi mínimo o risco que correu ao manter relações sexuais sem protecção com uma mulher seropositiva. A mulher, de 31 anos, que o acusou de a ter violado em 2 de Novembro do ano passado, é uma amiga de família, que nunca mentiu sobre a sua condição de seropositiva.
A mulher, que não pode ser identificada, acusou o ex-vice de Thabo Mbeki de a ter forçado a ter uma relação sexual com ele na sua própria casa, onde pernoitava na véspera de uma viagem.
Na versão do arguido, a queixosa foi ao seu quarto, pediu-lhe que a massajasse e, após a massagem, ter-se-ia deitado na cama já sem a tanga que envergara durante a massagem que ele lhe teria aplicado.
Zuma garante que o acto sexual foi perfeitamente consentido pela queixosa, que lhe teria dito posteriormente "sentir-se muito bem". No dia seguinte, a mulher, depois de confessar a suposta violação a amigas, dirigiu-se a uma esquadra de polícia e apresentou queixa contra Jacob Zuma.
Esta manhã, no exterior do Supremo, um grupo de mulheres apoiantes do vice-presidente do Congresso Nacional Africano queimou tangas em sinal de protesto pelo consideram uma "perversão" das mulheres.
"Uma tanga tira a dignidade a qualquer mulher, se um homem vê uma mulher de tanga tem o direito de a violar!", gritou para a comunicação social uma mulher que acabara de queimar uma tanga de cor vermelha em frente do tribunal. "Zuma nunca violaria" é a inscrição que pode ler-se num dos muitos cartazes empunhados pelo grupo de apoiantes do ex-vice-presidente que hoje se deslocaram ao Supremo de Joanesburgo.
Alguns destes apoiantes têm sistematicamente insultado a queixosa em cartazes e canções entoadas no exterior do tribunal desde que o julgamento começou, o que levou o próprio ANC a criticar o facto. Zuma foi afastado da vice-Presidência pelo chefe de Estado em Outubro do ano passado na sequência de um escândalo de corrupção.