domingo, março 19, 2006

Moçambique dobrará número de pessoas sob medicação

Agência AIDS 18.03.06

Moçambique espera fornecer gratuitamente remédios anti-retrovirais, de combate à Aids, para cerca de 50 mil pessoas até o final de 2006, disse o ministro da Saúde do país na sexta-feira, 17. Esse contingente é quase duas vezes maior do que o número atual de moçambicanos que recebe os medicamentos. A Aids é um grande desafio para esse país, onde há 1,5 milhão de pessoas infectadas pelo HIV.

Moçambique foi elogiado por organismos internacionais e é tido como um modelo de reforma, em meio à qual sua economia cresceu uma média de 7 a 8 por cento ao longo da última década. O ministro da Saúde do país, Ivo Garrido, afirmou a repórteres que a falta de meios de transporte no vasto território moçambicano e a carência de profissionais da área e de hospitais tinham prejudicado a expansão do programa de anti-retrovirais. "Essas são questões que o governo vem enfrentando", acrescentou.

Moçambique deve escolher coordenadores regionais para os programas de combate à Aids em todas as suas 11 regiões. O país enfrenta também a malária e a tuberculose. Garrido afirmou à Reuters no ano passado prever que ao menos 6.000 técnicos da área de saúde sejam mortos pela Aids até 2010, afetando de forma grave os planos do governo para expandir os serviços de saúde.

Apenas 1 por cento das cerca de 70 crianças moçambicanas aptas a receber o tratamento com anti-retrovirais tinham acesso aos medicamentos, revelou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Cerca de 1,4 milhão dos 19 milhões de moçambicanos com idades entre 15 e 49 anos estavam infectadoss pelo HIV em 2004, segundo dados do Ministério da Saúde. A Aids matou 97 mil moçambicanos em 2004 e cerca de 20 mil desses eram crianças com menos de 5 anos de idade.

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