quinta-feira, dezembro 29, 2005

Despesas no ambulatório com medicamentos não aumentam em 2006

Acabaram-se as benesses do anterior ministro, Luís Filipe Pereira, actualmente de volta no Grupo José de Mello (CUF).

Lusa 07.12.05

O ministro da Saúde anunciou [hoje] que a despesa do Serviço Nacional de Saúde com medicamentos no regime ambulatório não aumentará em 2006 e crescerá 4 por cento a nível hospitalar, o que a industria farmacêutica considera "penalizador".

O anúncio de António Correia de Campos foi feito na conferência "Investimento e Competitividade da indústria farmacêutica", em Lisboa, durante a qual o ministro revelou que pretende concluir o acordo com a indústria farmacêutica até ao final do ano. Este protocolo, que vigorará até 2009, visa conter a despesa do SNS com os medicamentos e ainda não foi fechado.

Contudo, o ministro assegurou que o crescimento da despesa no ambulatório (medicamentos comparticipados pelo Estado e vendidos nas farmácias) será de zero por cento. Nos hospitais, e tendo em conta que são as instituições que utilizam fármacos mais caros por serem inovadores, o crescimento será de quatro por cento.

Presente na conferência, o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), Gomes Esteves, considerou que esta não é a melhor notícia para o seu sector, tendo em conta a recente baixa de preços dos medicamentos, na maioria suportados pela indústria farmacêutica. Gomes Esteves afirmou que um crescimento zero na despesa com os medicamentos é "penalizador" para a indústria, mas congratulou-se por poder saber com o que deve contar. "As medidas administrativas neste campo são sempre difíceis e parece-nos que um crescimento zero, depois de uma baixa de preços dos medicamentos, é penalizador" para a indústria farmacêutica, disse.

António Correia de Campos anunciou ainda que, através deste protocolo, pretende criar um fundo para a investigação da indústria farmacêutica nacional. Esse fundo, especificou, contará com as verbas que a indústria teria de devolver ao Estado, sempre que ultrapassar o patamar definido no protocolo para o crescimento da despesa com os medicamentos.

O último protocolo a vigorar foi assinado em Janeiro passado e previa um tecto de crescimento de 7,5 por cento. Com a mudança de governo, o acordo foi rescindido.

Actualmente, o Serviço Nacional de Saúde gasta 2,8 mil milhões de euros com medicamentos comparticipados.

Comments: Enviar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Enter your email address below to subscribe to Blog do GAT!


powered by Bloglet