sexta-feira, dezembro 23, 2005
Todos moçambicanos têm parente seropositivo ou morto pela SIDA
Lusa 21.12.05
O presidente moçambicano, Armando Guebuza, afirmou hoje que o impacto do HIV/SIDA em Moçambique é de tal ordem que "todas as famílias têm alguém que morreu de SIDA" ou está infectado por HIV, o vírus da doença.
Numa declaração a vários grupos sócio-profissionais sobre a situação da SIDA em Moçambique, Guebuza recordou que "há uns anos, os moçambicanos só ouviam que alguém morreu de SIDA, mas não sabiam de onde era essa pessoa, em que aldeia se encontrava".
"Mas hoje todas as famílias têm alguém que morreu de SIDA ou têm alguém doente de SIDA, já vemos muita gente com a doença", sublinhou Armando Guebuza. O chefe de Estado moçambicano afirmou ainda que o país já tem zonas, regiões e povoações em que "não há jovens e só se encontram velhos e crianças" por causa da pandemia.
Armando Guebuza pediu uma reflexão sobre o impacto das mensagens de prevenção da doença, sustentando que os números de infectados continuam a aumentar, apesar das inúmeras campanhas já realizadas. A discriminação resultante da doença e o seu estigma, sobretudo em relação aos órfãos, foram também referidos pelo presidente moçambicano que defendeu que referências como "órfãos de pais que morreram de SIDA" são também "uma forma de discriminação".
"Dizemos que esta criança é órfão de pai que morreu de HIV/SIDA e marcámos a criança, é uma criança diferente e até temos orfanatos de crianças vítimas da doença", insurgiu-se Armando Guebuza.
A última pesquisa governamental sobre o HIV/SIDA apontou um aumento de 13 para 16 por cento da incidência do HIV/SIDA entre os adultos moçambicanos.
O presidente moçambicano, Armando Guebuza, afirmou hoje que o impacto do HIV/SIDA em Moçambique é de tal ordem que "todas as famílias têm alguém que morreu de SIDA" ou está infectado por HIV, o vírus da doença.
Numa declaração a vários grupos sócio-profissionais sobre a situação da SIDA em Moçambique, Guebuza recordou que "há uns anos, os moçambicanos só ouviam que alguém morreu de SIDA, mas não sabiam de onde era essa pessoa, em que aldeia se encontrava".
"Mas hoje todas as famílias têm alguém que morreu de SIDA ou têm alguém doente de SIDA, já vemos muita gente com a doença", sublinhou Armando Guebuza. O chefe de Estado moçambicano afirmou ainda que o país já tem zonas, regiões e povoações em que "não há jovens e só se encontram velhos e crianças" por causa da pandemia.
Armando Guebuza pediu uma reflexão sobre o impacto das mensagens de prevenção da doença, sustentando que os números de infectados continuam a aumentar, apesar das inúmeras campanhas já realizadas. A discriminação resultante da doença e o seu estigma, sobretudo em relação aos órfãos, foram também referidos pelo presidente moçambicano que defendeu que referências como "órfãos de pais que morreram de SIDA" são também "uma forma de discriminação".
"Dizemos que esta criança é órfão de pai que morreu de HIV/SIDA e marcámos a criança, é uma criança diferente e até temos orfanatos de crianças vítimas da doença", insurgiu-se Armando Guebuza.
A última pesquisa governamental sobre o HIV/SIDA apontou um aumento de 13 para 16 por cento da incidência do HIV/SIDA entre os adultos moçambicanos.