terça-feira, junho 14, 2005
E.U.A.: Número de pacientes com sida supera, pela primeira vez, um milhão
Lusa 13.06.05
O número de doentes norte- americanos com SIDA superou, pela primeira vez, um milhão, desde o início da epidemia em 1981, revelaram hoje os Centros para o Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Em Dezembro de 2003, o número de norte-americanos com aquela doença oscilava entre 1,039 milhões e 1,185 milhões, sendo quase metade homens negros. Um ano antes, a estimativa situava-se entre os 850 mil e os 950 mil.
Os responsáveis do CDC afirmam que o aumento de casos pode ter duas leituras, uma positiva e outra negativa. Isto porque, por um lado, os números indicam que se pode viver mais tempo com a doença e, por outro, apontam para que as políticas governamentais de prevenção não estão a dar os resultados desejados.
Os números foram revelados na Conferência Nacional sobre Prevenção da Sida - 2005, que está
a decorrer em Atlanta, até quarta- feira. Durante os trabalhos, foi já apresentado um estudo que revela que a doença afecta muito mais a população negra, especialmente os homens afro-americanos, depois os brancos e, por último, os hispânicos. Cerca de 47 por cento do total de pessoas seropositivas em finais de 2003 eram negros, 34 por cento eram brancos e 17 por cento hispânicos. No conjunto, 74 por cento eram homens e 26 por cento mulheres.
Por categorias de transmissão, os homens que têm relações sexuais com outros homens são os mais afectados já que representam 45 por cento do total, seguidos pelos casais de heterossexuais (27 por cento), depois pelos indivíduos que se injectam com drogas (22 por cento) e, por último, os homens que mantêm relações homossexuais e que, além disso, se injectam (5 por cento). No que se refere às mortes causadas pela doença, em 2003, foram 18.017, resultado que praticamente se mantém estável desde 1999, segundo os investigadores do CDC.
Os resultados do estudo sobre o impacto da SIDA salientam a necessidade de levar à prática toda a gama de estratégias de prevenção, disse o vice-presidente do CDC, Ronald Valdiserri.
Os esforços devem concentrar-se nas populações de maior risco e na implementação de serviços efectivos de análise, prevenção e educação para reduzir os comportamentos pouco responsáveis por parte daqueles que já estão infectados com o vírus.
Um facto animador é o de o número de adultos que pediram ao seu médico para fazer uma análise de SIDA ter duplicado, acrescentou a mesma fonte. Contudo, ainda são muitos os que têm a doença e não querem saber. Em 2003, entre 24 e 27 por cento dos doentes não tinham consciência de que tinham SIDA. Valdiserri salientou que é fundamental que os doentes saibam qual é a sua condição, não só pela sua própria saúde, como também pelos seus pares.
Desde que a SIDA surgiu, em 1981, uns 22,5 milhões de pessoas morreram com a doença por todo o Mundo, das quais meio milhão nos EUA.
O número de doentes norte- americanos com SIDA superou, pela primeira vez, um milhão, desde o início da epidemia em 1981, revelaram hoje os Centros para o Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Em Dezembro de 2003, o número de norte-americanos com aquela doença oscilava entre 1,039 milhões e 1,185 milhões, sendo quase metade homens negros. Um ano antes, a estimativa situava-se entre os 850 mil e os 950 mil.
Os responsáveis do CDC afirmam que o aumento de casos pode ter duas leituras, uma positiva e outra negativa. Isto porque, por um lado, os números indicam que se pode viver mais tempo com a doença e, por outro, apontam para que as políticas governamentais de prevenção não estão a dar os resultados desejados.
Os números foram revelados na Conferência Nacional sobre Prevenção da Sida - 2005, que está
a decorrer em Atlanta, até quarta- feira. Durante os trabalhos, foi já apresentado um estudo que revela que a doença afecta muito mais a população negra, especialmente os homens afro-americanos, depois os brancos e, por último, os hispânicos. Cerca de 47 por cento do total de pessoas seropositivas em finais de 2003 eram negros, 34 por cento eram brancos e 17 por cento hispânicos. No conjunto, 74 por cento eram homens e 26 por cento mulheres.
Por categorias de transmissão, os homens que têm relações sexuais com outros homens são os mais afectados já que representam 45 por cento do total, seguidos pelos casais de heterossexuais (27 por cento), depois pelos indivíduos que se injectam com drogas (22 por cento) e, por último, os homens que mantêm relações homossexuais e que, além disso, se injectam (5 por cento). No que se refere às mortes causadas pela doença, em 2003, foram 18.017, resultado que praticamente se mantém estável desde 1999, segundo os investigadores do CDC.
Os resultados do estudo sobre o impacto da SIDA salientam a necessidade de levar à prática toda a gama de estratégias de prevenção, disse o vice-presidente do CDC, Ronald Valdiserri.
Os esforços devem concentrar-se nas populações de maior risco e na implementação de serviços efectivos de análise, prevenção e educação para reduzir os comportamentos pouco responsáveis por parte daqueles que já estão infectados com o vírus.
Um facto animador é o de o número de adultos que pediram ao seu médico para fazer uma análise de SIDA ter duplicado, acrescentou a mesma fonte. Contudo, ainda são muitos os que têm a doença e não querem saber. Em 2003, entre 24 e 27 por cento dos doentes não tinham consciência de que tinham SIDA. Valdiserri salientou que é fundamental que os doentes saibam qual é a sua condição, não só pela sua própria saúde, como também pelos seus pares.
Desde que a SIDA surgiu, em 1981, uns 22,5 milhões de pessoas morreram com a doença por todo o Mundo, das quais meio milhão nos EUA.