sexta-feira, junho 10, 2005
ANF: Preços baixos "penalizam"
A guerra dos lucros instalou-se de vez na farmalândia...
O presidente da Associação Nacional das Farmácias, João Cordeiro, acusou ontem o Governo de penalizar mais o sector e os armazenistas do que a indústria farmacêutica e reafirmou que a associação pode enveredar pela produção de medicamentos para evitar prejuízos.
Em conferência de imprensa, João Cordeiro acusou a proposta anunciada pelo Ministério da Saúde de reduzir em 6% o preço dos medicamentos de ser "desequilibrada" e explicou que, se a intenção do Executivo fosse realmente baixar o custo dos fármacos, esta redução deveria ser feita sobre o preço com que o medicamento é vendido ao público e não sobre o lucro dos laboratórios e margens dos distribuidores.
O responsável sublinhou que, se o sector for demasiado prejudicado com as decisões do Governo, a possibilidade de começar a produzir medicamentos é uma hipótese. "A forma como foi anunciada a medida dá a ideia de equilíbrio, mas para isso era necessário que a contribuição da indústria para a formação do preço do medicamento fosse igual à da distribuição", o que não acontece, explicou o presidente da ANF.
Em Portugal, o preço final dos fármacos é constituído em 70% pela margem dos laboratórios, 8% pela dos armazenistas e cerca de 20% pela das farmácias. Enquanto a redução de 3% para a indústria incide sobre o preço à saída de fábrica, a das farmácias e armazenistas incide sobre as suas margens, o que acaba assim por corresponder a uma redução real de 10% e 12,5%.
(...)
O presidente da Associação Nacional das Farmácias, João Cordeiro, acusou ontem o Governo de penalizar mais o sector e os armazenistas do que a indústria farmacêutica e reafirmou que a associação pode enveredar pela produção de medicamentos para evitar prejuízos.
Em conferência de imprensa, João Cordeiro acusou a proposta anunciada pelo Ministério da Saúde de reduzir em 6% o preço dos medicamentos de ser "desequilibrada" e explicou que, se a intenção do Executivo fosse realmente baixar o custo dos fármacos, esta redução deveria ser feita sobre o preço com que o medicamento é vendido ao público e não sobre o lucro dos laboratórios e margens dos distribuidores.
O responsável sublinhou que, se o sector for demasiado prejudicado com as decisões do Governo, a possibilidade de começar a produzir medicamentos é uma hipótese. "A forma como foi anunciada a medida dá a ideia de equilíbrio, mas para isso era necessário que a contribuição da indústria para a formação do preço do medicamento fosse igual à da distribuição", o que não acontece, explicou o presidente da ANF.
Em Portugal, o preço final dos fármacos é constituído em 70% pela margem dos laboratórios, 8% pela dos armazenistas e cerca de 20% pela das farmácias. Enquanto a redução de 3% para a indústria incide sobre o preço à saída de fábrica, a das farmácias e armazenistas incide sobre as suas margens, o que acaba assim por corresponder a uma redução real de 10% e 12,5%.
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