segunda-feira, janeiro 03, 2005
Novo composto em estudo
Desta vez, a professora acertou.
DN 03.01.05
Uma equipa de cientistas da Universidade de Hamburgo anunciou ontem ter criado um novo medicamento contra a sida que, embora não a cure, trava o seu desenvolvimento ao impedir o crescimento dos vírus. De acordo com o Instituto de Virologia daquela universidade alemã, os resultados da investigação, coordenada pela professora Ilona Hauber, serão publicados na edição de Janeiro da Journal of Clinical Investigation.
Os cientistas conseguiram inibir a acção de uma enzima humana (DHS, deoxyhypusin synthase) de que dependem os vírus da sida para se reproduzirem. Os medicamentos contra a sida que estão actualmente disponíveis no mercado atacam enzimas do próprio vírus, sendo este que foi agora desenvolvido na Alemanha o primeiro a actuar contra uma enzima humana. Com isso espera-se poder atacar os vírus da sida resistentes aos medicamentos já conhecidos. De acordo com dados do instituto alemão, existem actualmente em todo o mundo 40 milhões de pessoas infectadas com HIV/sida.
Contactada pelo DN, a antiga coordenadora da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, Odete Ferreira, aconselha alguma prudência na análise dos resultados referentes a novos medicamentos. «É preciso muita atenção para não se dar falsas esperanças, sem termos certezas de nada. Há que ser muito prudente ao dar este tipo de informação», disse. A especialista admite, no entanto, tratar-se de mais uma esperança, «o que é sempre bom». Mas «temos que aguardar os resultados das primeiras experiências para constatar se a acção sobre os humanos se revela mais eficaz do que a dos medicamentos já existentes».
DN 03.01.05
Uma equipa de cientistas da Universidade de Hamburgo anunciou ontem ter criado um novo medicamento contra a sida que, embora não a cure, trava o seu desenvolvimento ao impedir o crescimento dos vírus. De acordo com o Instituto de Virologia daquela universidade alemã, os resultados da investigação, coordenada pela professora Ilona Hauber, serão publicados na edição de Janeiro da Journal of Clinical Investigation.
Os cientistas conseguiram inibir a acção de uma enzima humana (DHS, deoxyhypusin synthase) de que dependem os vírus da sida para se reproduzirem. Os medicamentos contra a sida que estão actualmente disponíveis no mercado atacam enzimas do próprio vírus, sendo este que foi agora desenvolvido na Alemanha o primeiro a actuar contra uma enzima humana. Com isso espera-se poder atacar os vírus da sida resistentes aos medicamentos já conhecidos. De acordo com dados do instituto alemão, existem actualmente em todo o mundo 40 milhões de pessoas infectadas com HIV/sida.
Contactada pelo DN, a antiga coordenadora da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, Odete Ferreira, aconselha alguma prudência na análise dos resultados referentes a novos medicamentos. «É preciso muita atenção para não se dar falsas esperanças, sem termos certezas de nada. Há que ser muito prudente ao dar este tipo de informação», disse. A especialista admite, no entanto, tratar-se de mais uma esperança, «o que é sempre bom». Mas «temos que aguardar os resultados das primeiras experiências para constatar se a acção sobre os humanos se revela mais eficaz do que a dos medicamentos já existentes».