segunda-feira, novembro 29, 2004
Carência de pessoal ameaça programas de saúde
Notícia Público Online 26.11.04
Os esforços feitos para combater doenças como a malária, a sida, a tuberculose ou a poliomielite nos países em desenvolvimento estão a ser postos em causa devido a uma lacuna de quatro milhões de profissionais de saúde, escreve a revista médica "The Lancet".
Segundo um estudo que é hoje publicado, os programas de saúde estão a começar a ser financiados de acordo com as suas necessidades e o acesso a medicamentos, vacinas e tecnologias é hoje muito superior ao que tem sido até agora, mas não há quem os administre.
O relatório é o resultado de dois anos de investigação da "Joint Learning Initiative", um consórcio de mais de 100 entidades ligadas à saúde no Mundo inteiro. Documenta as carências de médicos, enfermeiras, parteiras e trabalhadores comunitários no mundo em desenvolvimento.
"Na linha da frente da sobrevivência humana, descobrimos trabalhadores sobrecarregados e em grande 'stress', em número muito reduzido, sem o apoio de que tanto precisam, a perder esta batalha", lê-se no relatório. Muitos dos sistemas de saúde mais fragilizados são aqueles que mais casos de sida têm de enfrentar. Em alguns países, esta epidemia está a matar profissionais de saúde a um ritmo muito superior à capacidade de os substituir. Aqueles que resistem, trabalham sem nenhumas condições.
Muitos dos profissionais de saúde estão a fugir para países mais ricos, em busca de melhores condições de vida e de um trabalho mais recompensador. O relatório relata, por exemplo, que há mais médicos do Malawi em Manchester (Inglaterra) do que no próprio país e que apenas 50 dos 600 médicos que tiraram o curso na Zâmbia após a independência ficaram nesta nação africana.
Especialistas calculam que os países necessitam de, pelo menos, um profissional de saúde para 400 pessoas, mas 75 nações, que representam 2,5 mil milhões de habitantes, não atingem este mínimo. É na África subsariana que a situação é mais grave, pois até há tratamentos contra a sida disponíveis, mas ninguém para os distribuir.
Para evitar que muitos sistemas de saúde colapsem, seria necessário, a curto prazo, um milhão de profissionais. Para se atingirem os "objectivos do milénio" sobre os cuidados mínimos de saúde, este número sobe para os quatro milhões.
Os esforços feitos para combater doenças como a malária, a sida, a tuberculose ou a poliomielite nos países em desenvolvimento estão a ser postos em causa devido a uma lacuna de quatro milhões de profissionais de saúde, escreve a revista médica "The Lancet".
Segundo um estudo que é hoje publicado, os programas de saúde estão a começar a ser financiados de acordo com as suas necessidades e o acesso a medicamentos, vacinas e tecnologias é hoje muito superior ao que tem sido até agora, mas não há quem os administre.
O relatório é o resultado de dois anos de investigação da "Joint Learning Initiative", um consórcio de mais de 100 entidades ligadas à saúde no Mundo inteiro. Documenta as carências de médicos, enfermeiras, parteiras e trabalhadores comunitários no mundo em desenvolvimento.
"Na linha da frente da sobrevivência humana, descobrimos trabalhadores sobrecarregados e em grande 'stress', em número muito reduzido, sem o apoio de que tanto precisam, a perder esta batalha", lê-se no relatório. Muitos dos sistemas de saúde mais fragilizados são aqueles que mais casos de sida têm de enfrentar. Em alguns países, esta epidemia está a matar profissionais de saúde a um ritmo muito superior à capacidade de os substituir. Aqueles que resistem, trabalham sem nenhumas condições.
Muitos dos profissionais de saúde estão a fugir para países mais ricos, em busca de melhores condições de vida e de um trabalho mais recompensador. O relatório relata, por exemplo, que há mais médicos do Malawi em Manchester (Inglaterra) do que no próprio país e que apenas 50 dos 600 médicos que tiraram o curso na Zâmbia após a independência ficaram nesta nação africana.
Especialistas calculam que os países necessitam de, pelo menos, um profissional de saúde para 400 pessoas, mas 75 nações, que representam 2,5 mil milhões de habitantes, não atingem este mínimo. É na África subsariana que a situação é mais grave, pois até há tratamentos contra a sida disponíveis, mas ninguém para os distribuir.
Para evitar que muitos sistemas de saúde colapsem, seria necessário, a curto prazo, um milhão de profissionais. Para se atingirem os "objectivos do milénio" sobre os cuidados mínimos de saúde, este número sobe para os quatro milhões.