quinta-feira, setembro 14, 2006
Portugal tem 48 freguesias com alto risco de tuberculose
A multiresistente diminuí na última década?? que grande mentiroso!
DN 13.09.06
Portugal tem actualmente 48 freguesias de alto risco devido à elevada incidência de tuberculose. Apesar de, em seis anos, este número ter sofrido uma redução significativa - menos 24 freguesias que em 2000 - a situação continua a merecer a preocupação das autoridades, que preconizam "uma continuada intervenção específica" no combate àquela doença infecciosa.
Os dados e a recomendação constam de um memorando da Direcção-Geral de Saúde (DGS) sobre tuberculose, que foi ontem entregue ao enviado especial do secretário- -geral das Nações Unidas para o Combate à Tuberculose, Jorge Sampaio, num encontro que este manteve, em Lisboa, com especialistas e representantes da ONU e da DGS.
As freguesias de alto risco estão sobretudo localizadas nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, como disse à Lusa Fonseca Antunes, coordenador do Programa Nacional de Luta Contra a Tuberculose, apelando aos serviços de saúde para que intensifiquem o combate à doença.
Acima da média europeia
Apesar de Portugal ter uma incidência de tuberculose superior à média europeia, que é de 12,8 por cem mil habitantes, o número de novos casos tem vindo a diminuir. "A taxa de incidência actual significa que o risco de contrair tuberculose em Portugal reduziu para metade nos últimos 17 anos", lê-se no memorando. Em 2005, por cada cem mil habitantes registaram-se 31 novos casos de tuberculose, contra os 34,2 em 2004. No quadro europeu, a taxa de incidência em Portugal só é suplantada pela dos três países do Báltico: Lituânia (73), Letónia (69) e Estónia (45).
Já a taxa de detecção de novos casos, refere o documento da DGS, teve um aumento progressivo de 87%, enquanto que os casos de tuberculose com multirresistência diminuíram "muito significativamente na última década".
"A história da luta contra a tuberculose não é de grande sucesso mas têm existido melhorias", reconheceu durante o encontro Francisco George, director-geral da Saúde, não sem antes afiançar: "Temos ideias, projectos, estratégias e estamos a caminhar em conjunto para tentar recuperar os atrasos nesta luta."
Já antes, Jorge Sampaio tinha apelado para a necessidade de "uma vigilância acrescida" na prevenção e combate à tuberculose, uma doença que mata, a nível mundial, cerca de 1,7 milhões de pessoas por ano e em relação à qual não é desenvolvido qualquer novo medicamento há 35 anos. "Temos de nos manter vigilantes para que as curvas que vão num determinado sentido não voltem a subir", frisou o ex-chefe do Estado português.
Os especialistas apontaram como fundamental a "precocidade do diagnóstico", pelo que pediram às pessoas que recorram a um médico sempre que "tenham tosse por mais de três semanas".
* Com Lusa
DN 13.09.06
Portugal tem actualmente 48 freguesias de alto risco devido à elevada incidência de tuberculose. Apesar de, em seis anos, este número ter sofrido uma redução significativa - menos 24 freguesias que em 2000 - a situação continua a merecer a preocupação das autoridades, que preconizam "uma continuada intervenção específica" no combate àquela doença infecciosa.
Os dados e a recomendação constam de um memorando da Direcção-Geral de Saúde (DGS) sobre tuberculose, que foi ontem entregue ao enviado especial do secretário- -geral das Nações Unidas para o Combate à Tuberculose, Jorge Sampaio, num encontro que este manteve, em Lisboa, com especialistas e representantes da ONU e da DGS.
As freguesias de alto risco estão sobretudo localizadas nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, como disse à Lusa Fonseca Antunes, coordenador do Programa Nacional de Luta Contra a Tuberculose, apelando aos serviços de saúde para que intensifiquem o combate à doença.
Acima da média europeia
Apesar de Portugal ter uma incidência de tuberculose superior à média europeia, que é de 12,8 por cem mil habitantes, o número de novos casos tem vindo a diminuir. "A taxa de incidência actual significa que o risco de contrair tuberculose em Portugal reduziu para metade nos últimos 17 anos", lê-se no memorando. Em 2005, por cada cem mil habitantes registaram-se 31 novos casos de tuberculose, contra os 34,2 em 2004. No quadro europeu, a taxa de incidência em Portugal só é suplantada pela dos três países do Báltico: Lituânia (73), Letónia (69) e Estónia (45).
Já a taxa de detecção de novos casos, refere o documento da DGS, teve um aumento progressivo de 87%, enquanto que os casos de tuberculose com multirresistência diminuíram "muito significativamente na última década".
"A história da luta contra a tuberculose não é de grande sucesso mas têm existido melhorias", reconheceu durante o encontro Francisco George, director-geral da Saúde, não sem antes afiançar: "Temos ideias, projectos, estratégias e estamos a caminhar em conjunto para tentar recuperar os atrasos nesta luta."
Já antes, Jorge Sampaio tinha apelado para a necessidade de "uma vigilância acrescida" na prevenção e combate à tuberculose, uma doença que mata, a nível mundial, cerca de 1,7 milhões de pessoas por ano e em relação à qual não é desenvolvido qualquer novo medicamento há 35 anos. "Temos de nos manter vigilantes para que as curvas que vão num determinado sentido não voltem a subir", frisou o ex-chefe do Estado português.
Os especialistas apontaram como fundamental a "precocidade do diagnóstico", pelo que pediram às pessoas que recorram a um médico sempre que "tenham tosse por mais de três semanas".
* Com Lusa