quinta-feira, julho 14, 2005

Número de toxicodependentes com sida não corresponde à realidade

Surpreendidos?

Há toxicodependentes com sida e hepatites não diagnosticadas

O coordenador nacional da luta contra a droga defendeu hoje que os números de toxicodependentes portugueses com doenças como a sida ou hepatites não correspondem à realidade porque há "franjas importantes" de consumidores que escapam ao diagnóstico.

Em declarações aos jornalistas após uma audiência com os deputados da comissão parlamentar de Saúde, o presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), João Goulão, disse ter "fortes motivos para suspeitar que há uma população toxicodependente que não está diagnosticada" pelo que duvida que os números disponíveis em relação aos casos de infecção por VIH/sida e hepatites junto desta população "sejam os mesmos da realidade portuguesa".

É "bem provável que os números de Sida e hepatites voltem a subir", defendeu João Goulão perante os deputados, explicando depois aos jornalistas que existem "franjas muito importantes" de toxicodependentes que "não têm contacto com os serviços de saúde". Há que "arranjar meios para chegar até eles", disse João Goulão, sublinhando que acredita que o IDT, apesar dos constrangimentos financeiros e de recursos humanos, pode fazer este trabalho ainda durante este ano. Perante o previsto recrudescimento do número de casos de doenças infecto-contagiosas em toxicodependentes, João Goulão advertiu que não vai aceitar o argumento de que "é por estratégias erradas que isto está a acontecer".

"Seria um sinal de que se estava a retirar debaixo da gaveta uma realidade escondida, de pessoas que não se dirigem aos centros de tratamento", contrapôs. Portugal é o segundo país da União Europeia em matéria de infecção pelo VIH/sida entre os consumidores de drogas injectáveis, estando também no topo da tabela em relação aos casos de hepatites. Mesmo assim, os números mais recentes - nacionais e europeus - , têm apontado para uma estabilização, com ligeira descida, do número de casos diagnosticados destas doenças.

Comments:
Tens razão Majo, ainda há que mudar muitas mentalidades em Portugal. A classe médica poderia mostrar mais isenção e abertura de espírito do que a população em geral mas infelizmente...
 
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