terça-feira, julho 05, 2005

Ministro da Saúde considera naturais as demissões

Lusa 05.07.05

O ministro da Saúde considerou hoje "normais" as demissões, conhecidas segunda-feira, do presidente da Entidade Reguladora da Saúde e do conselho de administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), em declarações à rádio TSF.

"São factos normais. As pessoas não se enquadram nas situações existentes, têm todo o direito de pedir a sua exoneração", disse o ministro Correia de Campos à TSF, durante a madrugada de hoje. O conselho de administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra, liderada por Nascimento Costa, demitiu-se em bloco, tendo a carta de exoneração chegado ao ministério da Saúde na segunda-feira.

A notícia da demissão do conselho de administração dos HUC surgiu poucas horas depois da saída do presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), Rui Nunes, na tarde de segunda-feira, por "falta de apoio institucional", incluindo do Presidente da República.

Em conferência de imprensa, Rui Nunes declarou temer pelo futuro da ERS, uma entidade que, defende, "devia ter para a Saúde um papel idêntico ao que o Banco de Portugal tem para a Economia".

Sobre esta demissão, o ministro disse, também em declarações hoje à TSF, que não quer dialogar com o ex-presidente da ERS "através da comunicação social".
"O meu gabinete esteve sempre aberto para dialogar com ele (ex- presidente da ERS). Há talvez um mês que não há registo de um pedido para falar comigo", declarou.

Ainda sobre a ERS, o ministro da Saúde referiu que esta estrutura "tem futuro" e que o Governo pretende que ela "regule as relações entre o sector privado e o sector público", adiantando que gostaria de ter uma "ERS forte". Na segunda-feira, Correia de Campos defendeu uma ERS "com outro formato que não entre em redundância com outros serviços".

Na altura da sua demissão, Rui Nunes afirmou que "mais grave do que a falta de recursos financeiros e meios humanos é a falta de apoio institucional, pois a ERS não se pode impor junto das entidades reguladas quando inclusivamente é criticada por ministros em vez de ser apoiada".

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