quarta-feira, janeiro 26, 2005
Só 12% dos doentes de sida recebem tratamento nos países pobres
LUSA 26.01.05
Só 12 por cento dos doentes de sida que vivem nos países em desenvolvimento recebem tratamento anti-retroviral, indica um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da ONUSIDA hoje divulgado.
Embora o número de doentes de países pobres em tratamento tenha subido de 440.000 para 700.000 em seis meses, 5,8 milhões carecem urgentemente de medicamentos para sobreviver. O relatório reconhece que estes números estão longe do objectivo de tratar três milhões de doentes até finais deste ano, mas congratula-se com os progressos alcançados no segundo semestre de 2004.
A OMS lançou em Junho do ano passado um ambicioso plano denominado "3 por 5", numa alusão ao objectivo de proporcionar tratamento a três dos mais de cinco milhões de doentes até finais de 2005.
Mas para alcançar a meta proposta daqui até Dezembro, há "enormes obstáculos" a transpor - considera a OMS e o programa das Nações Unidas contra a sida (ONUSIDA).
No programa "3 por 5" participam, alem da OMS e da ONUSIDA, o Fundo Global contra a Sida, a Tuberculose e a Malária, o Banco Mundial e os EUA, através de um plano da Casa Branca contra essa doença e outros organismos.
De acordo com o relatório, nos países da América Latina e nas Caraíbas foi possível tratar 65 por cento dos doentes de sida. Em contraste, só se conseguiu proporcionar essa terapia a 10 por cento dos doentes da Europa central e oriental, a 8 por cento da África subsaariana e a 7 por cento do norte de África e do Médio Oriente. Dois terços dos cerca de 39,4 milhões de portadores do vírus da sida vivem na África subsaariana, onde a doença causou 2,3 milhões de mortes em 2004, segundo os últimos dados da ONUSIDA.
O relatório refere que quando o plano foi traçado, em meados do ano passado, calculou-se que seria necessário investir em 2005 entre 3,1 e 3,8 mil milhões de dólares, segundo o custo real dos anti-retrovirais. Embora o custo dos fármacos representasse 43 por cento do plano, uma redução dos preços dos tratamentos e dos sistemas de distribuição poderá reduzir os gastos, refere o documento. Até agora foi possível angariar 1,5 mil milhões de dólares, faltando "uns 2 mil milhões".
Finalmente, segundo estimativas sobre a incidência da sida nalguns países e projecções do número de mulheres infectadas que têm filhos, considera-se que no ano passado esta doença matou em todo o mundo meio milhão de crianças.
Só 12 por cento dos doentes de sida que vivem nos países em desenvolvimento recebem tratamento anti-retroviral, indica um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da ONUSIDA hoje divulgado.
Embora o número de doentes de países pobres em tratamento tenha subido de 440.000 para 700.000 em seis meses, 5,8 milhões carecem urgentemente de medicamentos para sobreviver. O relatório reconhece que estes números estão longe do objectivo de tratar três milhões de doentes até finais deste ano, mas congratula-se com os progressos alcançados no segundo semestre de 2004.
A OMS lançou em Junho do ano passado um ambicioso plano denominado "3 por 5", numa alusão ao objectivo de proporcionar tratamento a três dos mais de cinco milhões de doentes até finais de 2005.
Mas para alcançar a meta proposta daqui até Dezembro, há "enormes obstáculos" a transpor - considera a OMS e o programa das Nações Unidas contra a sida (ONUSIDA).
No programa "3 por 5" participam, alem da OMS e da ONUSIDA, o Fundo Global contra a Sida, a Tuberculose e a Malária, o Banco Mundial e os EUA, através de um plano da Casa Branca contra essa doença e outros organismos.
De acordo com o relatório, nos países da América Latina e nas Caraíbas foi possível tratar 65 por cento dos doentes de sida. Em contraste, só se conseguiu proporcionar essa terapia a 10 por cento dos doentes da Europa central e oriental, a 8 por cento da África subsaariana e a 7 por cento do norte de África e do Médio Oriente. Dois terços dos cerca de 39,4 milhões de portadores do vírus da sida vivem na África subsaariana, onde a doença causou 2,3 milhões de mortes em 2004, segundo os últimos dados da ONUSIDA.
O relatório refere que quando o plano foi traçado, em meados do ano passado, calculou-se que seria necessário investir em 2005 entre 3,1 e 3,8 mil milhões de dólares, segundo o custo real dos anti-retrovirais. Embora o custo dos fármacos representasse 43 por cento do plano, uma redução dos preços dos tratamentos e dos sistemas de distribuição poderá reduzir os gastos, refere o documento. Até agora foi possível angariar 1,5 mil milhões de dólares, faltando "uns 2 mil milhões".
Finalmente, segundo estimativas sobre a incidência da sida nalguns países e projecções do número de mulheres infectadas que têm filhos, considera-se que no ano passado esta doença matou em todo o mundo meio milhão de crianças.