terça-feira, dezembro 21, 2004
Administração de heroína é um «êxito»
DN 18.12.04
Terminou em 25 de Novembro o primeiro ensaio clínico de administração de heroína a toxicodependentes em território espanhol. De acordo com o principal responsável pela experiência, Joan Carles March, ficou demonstrado que «a heroína é uma boa alternativa para aqueles que fracassam nos programas de metadona».
O ensaio, promovido pela Junta da Andaluzia com a autorização do Ministério da Saúde, decorreu durante nove meses no hospital Virgen de las Nieves, em Granada, e incluiu 62 dependentes de heroína que já haviam fracassado em pelo menos dois programas convencionais de metadona. Metade receberam heroína e os outros, funcionando como 'grupo de controlo', metadona. Destes últimos, 10 abandonaram o programa, contra apenas 4 do primeiro grupo.
Segundo March, todos os restantes 44 melhoraram em termos de «saúde e inclusão social», mas esse sucesso foi mais notório nos que receberam heroína, «o que significa que a substância tem importância». Estes resultados, explica, não devem levar a concluir que a metadona não funciona, mas que «os programas actuais de substituição com esta substância podem ser melhorados com um tratamento que inclua suficiente atenção legal, psicológica e socioeconómica».
A experiência, que tem desde Abril uma réplica na Catalunha, segue o exemplo das encetadas na Holanda e na Suíça e é apoiada pela maioria dos espanhóis (59%), de acordo com uma sondagem de 2003. Também a cannabis, com cuja legalização concordam 37% dos espanhóis, será a partir de Fevereiro objecto de uma experiência clínica na Catalunha, onde seis hospitais e 150 farmácias a dispensarão, para fins terapêuticos, a doentes de sida, cancro e esclerose múltipla.
Terminou em 25 de Novembro o primeiro ensaio clínico de administração de heroína a toxicodependentes em território espanhol. De acordo com o principal responsável pela experiência, Joan Carles March, ficou demonstrado que «a heroína é uma boa alternativa para aqueles que fracassam nos programas de metadona».
O ensaio, promovido pela Junta da Andaluzia com a autorização do Ministério da Saúde, decorreu durante nove meses no hospital Virgen de las Nieves, em Granada, e incluiu 62 dependentes de heroína que já haviam fracassado em pelo menos dois programas convencionais de metadona. Metade receberam heroína e os outros, funcionando como 'grupo de controlo', metadona. Destes últimos, 10 abandonaram o programa, contra apenas 4 do primeiro grupo.
Segundo March, todos os restantes 44 melhoraram em termos de «saúde e inclusão social», mas esse sucesso foi mais notório nos que receberam heroína, «o que significa que a substância tem importância». Estes resultados, explica, não devem levar a concluir que a metadona não funciona, mas que «os programas actuais de substituição com esta substância podem ser melhorados com um tratamento que inclua suficiente atenção legal, psicológica e socioeconómica».
A experiência, que tem desde Abril uma réplica na Catalunha, segue o exemplo das encetadas na Holanda e na Suíça e é apoiada pela maioria dos espanhóis (59%), de acordo com uma sondagem de 2003. Também a cannabis, com cuja legalização concordam 37% dos espanhóis, será a partir de Fevereiro objecto de uma experiência clínica na Catalunha, onde seis hospitais e 150 farmácias a dispensarão, para fins terapêuticos, a doentes de sida, cancro e esclerose múltipla.