domingo, abril 08, 2007

Taxa média de adesão à terapêutica do VIH é baixa?

87% é baixo?!?
Já viram as taxas de outras doenças?
E os tais "90% necessários" são muito discutíveis. Esta porcentagem vem de estudos da era das combinações terapêuticas menos potentes e não-potenciadas.
A CNSIDA podia parar de espalhar estas insinuações culpabilizantes...

CNSIDA 02.04.07

A taxa de adesão à terapêutica dos doentes com infecção VIH/sida não chega ao limiar que garante a eficácia da medicação em termos de resposta virológica.

Segundo a tese de mestrado da Dra. Maria Ângela Ventura, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, a taxa média de adesão é de 86,9% considerando-se o limiar de adesão nos 90%. O estudo avaliou a adesão terapêutica de 134 doentes das consultas de infecciologia do Hospital Joaquim Urbano entre 2002 e 2003.

Para a autora do estudo "a baixa adesão à terapêutica é crítica nestes doentes e a possibilidade da sua identificação obriga a que seja necessário repensar estratégias capazes de melhorar a adesão a longo prazo, contribuindo para a redução do desperdício".

O gasto médio anual por doente é de €7.590, pelo que se conclui que grande parte do gasto anual com esta medicação não teve qualquer resultado na saúde dos doentes.

["grande parte"? desperdício? sem qualquer resultado???
Esta conclusão é disparatada e discriminatória...]

O estudo adianta que 50,4% dos doentes terão sido infectados no decurso da utilização de drogas injectáveis e 49,6% terão sido infectados por via sexual.

Os baixos índices de adesão foram mais recorrentes nos mais jovens, nas mulheres e nos indivíduos oriundos das zonas urbanas. Nestes últimos predomina a transmissão por uso de drogas e nos doentes oriundos de zonas rurais a forma de transmissão da infecção deve-se ao contacto sexual desprotegido.

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