domingo, abril 08, 2007

País gasta 15 vezes mais com terapêutica do que prevenção



Agora diz-se que 18.600 pessoas recebem terapêutica ARV em Portugal. Na região Lisboa-Vale do Tejo, uma em cada 200 pessoas estaria a tomar anti-retrovíricos...

DD 13.03.07

O ministro da Saúde defendeu hoje uma maior aposta na prevenção da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida (VIH) e lembrou que Portugal gasta quinze vezes mais com a terapêutica do que com a prevenção.

António Correia de Campos falava à Lusa no final da conferência europeia sobre Sida, promovida pela presidência alemã da União Europeia e a decorrer desde segunda-feira em Bremen.
Para o ministro, a conferência foi «muito positiva», principalmente pelo convite que foi formulado à indústria farmacêutica para «facilitar o acesso ao tratamento de uma forma sustentada».

António Correia de Campos destaca esta conclusão do encontro, uma vez que existem países que não conseguem pagar a elevada factura da despesa com medicamentos para o tratamento do VIH/SIDA. A necessidade de um acordo com a indústria farmacêutica foi pormenorizada por António Correia de Campos, que lembrou as enormes diferenças que existem entre alguns países com os gastos com a terapêutica.

A Rússia, a África do Sul e o Brasil gastam 500 euros anuais com cada doente que recebe terapêutica contra o VIH, enquanto outros países chegam a gastar 10 mil.

O Estado português sustenta, actualmente, todos os custos com os tratamentos para a doença, embora o ministro defenda um maior investimento na prevenção. «Gastamos quinze vezes mais com a terapêutica do que com a prevenção», disse o ministro, especificando que, anualmente, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) gasta 13 milhões de euros com a prevenção, organização e apoio a organizações não governamentais envolvidas na área e 150 milhões com a terapêutica.

Correia de Campos frisou a importância desta porta que ficou aberta em Bremen para a negociação «país a país com a indústria farmacêutica».

O ministro destacou igualmente destes dois dias de debate o apelo à sociedade civil para que esta assuma um papel mais determinante na definição de estratégias de prevenção e combate da doença.
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