sexta-feira, julho 28, 2006
Só oito doenças representam 64% dos gastos dos hospitais
DN 22.07.06
Os medicamentos para o cancro e para o HIV/sida são os grandes responsáveis pela despesa dos hospitais com fármacos, custando 122 milhões de euros por ano, no caso da primeira e 72 milhões no caso da segunda, só em 11 hospitais. A confirmação é de um estudo do Ministério da Saúde, baseado numa amostra das unidades no País que são responsáveis pela maior despesa (57% do total). Estas patologias encabeçam a lista de oito que, todas juntas, representam a grande maioria dos gastos hospitalares - 64% (476 milhões de um total de 829 milhões).
De acordo com esta avaliação, que teve como objectivo perceber quais os medicamentos com maior impacto nas contas, existiam no ano passado 17 833 doentes com problemas oncológicos tratados nos hospitais que serviram de amostra. Os custos para combater o cancro têm subido a um ritmo de 8,4% ao mês. No caso do HIV/sida, o crescimento da despesa é de 6,2% para os 9946 doentes que foram tratados em 2005. Além destes, os pacientes transplantados integram também a lista dos mais caros ao Serviço Nacional de Saúde.
Se os resultados em relação ao cancro e ao HIV não são surpresa - a constante inovação tecnológica faz com que estes fármacos tenham um preço bastante elevado -, o mesmo não acontece com duas doenças raras que integram a lista das terapêuticas mais caras. Apenas 31 pessoas sofrem da doença de Gaucher. Mas tratar estes pacientes - que têm uma alteração genética que os impede de produzir uma enzima - custou 9,9 milhões de euros em 2005. O mesmo acontece para a doença de Fabry - outra patologia de natureza genética. Em 2005, apenas quatro pessoas estavam a ser tratadas, número que subiu para 13 em Maio deste ano, mas os tratamento ascendem aos 2,2 milhões de euros.
Quanto aos hospitais, o IPO de Lisboa e o do Porto são aqueles onde o consumo mais cresce de mês para mês, com aumentos na ordem de 15%, quando a variação média mensal do conjunto destas 11 unidades foi de 3,6%. A lista integra hospitais como o de Santa Maria (Lisboa), São João (Porto), Centro Hospitalar de Lisboa Central, de Lisboa Ocidental e Santo António (Porto). Apenas três dos 11 baixaram os consumos mensais: Hospitais da Universidade de Coimbra (menos 0,2%), Garcia de Orta, em Almada (1,7%) e Curry Cabral (5,6%).
Os medicamentos para o cancro e para o HIV/sida são os grandes responsáveis pela despesa dos hospitais com fármacos, custando 122 milhões de euros por ano, no caso da primeira e 72 milhões no caso da segunda, só em 11 hospitais. A confirmação é de um estudo do Ministério da Saúde, baseado numa amostra das unidades no País que são responsáveis pela maior despesa (57% do total). Estas patologias encabeçam a lista de oito que, todas juntas, representam a grande maioria dos gastos hospitalares - 64% (476 milhões de um total de 829 milhões).
De acordo com esta avaliação, que teve como objectivo perceber quais os medicamentos com maior impacto nas contas, existiam no ano passado 17 833 doentes com problemas oncológicos tratados nos hospitais que serviram de amostra. Os custos para combater o cancro têm subido a um ritmo de 8,4% ao mês. No caso do HIV/sida, o crescimento da despesa é de 6,2% para os 9946 doentes que foram tratados em 2005. Além destes, os pacientes transplantados integram também a lista dos mais caros ao Serviço Nacional de Saúde.
Se os resultados em relação ao cancro e ao HIV não são surpresa - a constante inovação tecnológica faz com que estes fármacos tenham um preço bastante elevado -, o mesmo não acontece com duas doenças raras que integram a lista das terapêuticas mais caras. Apenas 31 pessoas sofrem da doença de Gaucher. Mas tratar estes pacientes - que têm uma alteração genética que os impede de produzir uma enzima - custou 9,9 milhões de euros em 2005. O mesmo acontece para a doença de Fabry - outra patologia de natureza genética. Em 2005, apenas quatro pessoas estavam a ser tratadas, número que subiu para 13 em Maio deste ano, mas os tratamento ascendem aos 2,2 milhões de euros.
Quanto aos hospitais, o IPO de Lisboa e o do Porto são aqueles onde o consumo mais cresce de mês para mês, com aumentos na ordem de 15%, quando a variação média mensal do conjunto destas 11 unidades foi de 3,6%. A lista integra hospitais como o de Santa Maria (Lisboa), São João (Porto), Centro Hospitalar de Lisboa Central, de Lisboa Ocidental e Santo António (Porto). Apenas três dos 11 baixaram os consumos mensais: Hospitais da Universidade de Coimbra (menos 0,2%), Garcia de Orta, em Almada (1,7%) e Curry Cabral (5,6%).