terça-feira, julho 18, 2006
Portugal investe na formação de técnicos de saúde angolanos
CNSIDA 17.07.06
As técnicas de assistência, o aconselhamento e o tratamento anti-retrovírico são alguns dos conhecimentos que médicos do Huambo (Angola) adquirem em Portugal, quando se inserem no programa de aprendizagem técnica de assistência a doentes com VIH/sida protocolado em 2004 pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical/ Universidade Nova de Lisboa e o Governo Provincial do Huambo.
O financiamento do programa fica a cargo da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, com o objectivo de promover melhores competências aos técnicos de saúde de uma região largamente fustigada pelo VIH - com prevalência de infecção 2,4% em 2004 - e onde apenas em Junho de 2006 começaram a ser ministrados medicamentos anti-retrovíricos. Até agora os resultados sintomáticos eram apenas acompanhados ou encaminhados para Luanda.
Ana Maria Francisco é médica e religiosa no Huambo, está em Portugal desde Maio e planeia regressar ao seu país já em Agosto. Durante o período de formação, a médica afirma ter aprendido muito na área do VIH, das infecções oportunistas e no que respeita à terapêutica dos anti-retrovíricos. "O que mais me encantou em Portugal foi o rigor com que é possível diagnosticar o vírus, a sua tipologia e carga vírica num curto espaço de tempo, através de tecnologias modernas", afirma.
No Huambo só se efectua actualmente o teste rápido, sem possibilidade de confirmação dos resultados positivos.
Contudo, apesar da alegria de poder voltar ao Huambo com mais capacidades técnicas para ajudar a enfrentar o problema do VIH, Ana Maria Francisco sente algum receio de chegar ao país e não ter meios para aplicar os conhecimentos adquiridos. "Penso poder melhorar o atendimento. É extremamente importante a presença de um psicólogo que dê suporte psico-afectivo. Levo as ferramentas essenciais para partilhar e transmitir conhecimentos aos meus colegas e integrar apoio psicológico nos serviços de saúde do Huambo".
A médica experimentou trabalho de campo no Hospital Egas Moniz e no Centro de Saúde da lapa, conciliando alguma investigação no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa.
Ana Maria Francisco lembra que é importante um envolvimento de todos os sectores da sociedade na resposta à infecção VIH/sida, e não só da parte dos técnicos de saúde, levando em mente a mensagem para os colegas do seu país de que é necessário um esforço na redução do estigma e discriminação para com os portadores de VIH.
As técnicas de assistência, o aconselhamento e o tratamento anti-retrovírico são alguns dos conhecimentos que médicos do Huambo (Angola) adquirem em Portugal, quando se inserem no programa de aprendizagem técnica de assistência a doentes com VIH/sida protocolado em 2004 pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical/ Universidade Nova de Lisboa e o Governo Provincial do Huambo.
O financiamento do programa fica a cargo da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, com o objectivo de promover melhores competências aos técnicos de saúde de uma região largamente fustigada pelo VIH - com prevalência de infecção 2,4% em 2004 - e onde apenas em Junho de 2006 começaram a ser ministrados medicamentos anti-retrovíricos. Até agora os resultados sintomáticos eram apenas acompanhados ou encaminhados para Luanda.
Ana Maria Francisco é médica e religiosa no Huambo, está em Portugal desde Maio e planeia regressar ao seu país já em Agosto. Durante o período de formação, a médica afirma ter aprendido muito na área do VIH, das infecções oportunistas e no que respeita à terapêutica dos anti-retrovíricos. "O que mais me encantou em Portugal foi o rigor com que é possível diagnosticar o vírus, a sua tipologia e carga vírica num curto espaço de tempo, através de tecnologias modernas", afirma.
No Huambo só se efectua actualmente o teste rápido, sem possibilidade de confirmação dos resultados positivos.
Contudo, apesar da alegria de poder voltar ao Huambo com mais capacidades técnicas para ajudar a enfrentar o problema do VIH, Ana Maria Francisco sente algum receio de chegar ao país e não ter meios para aplicar os conhecimentos adquiridos. "Penso poder melhorar o atendimento. É extremamente importante a presença de um psicólogo que dê suporte psico-afectivo. Levo as ferramentas essenciais para partilhar e transmitir conhecimentos aos meus colegas e integrar apoio psicológico nos serviços de saúde do Huambo".
A médica experimentou trabalho de campo no Hospital Egas Moniz e no Centro de Saúde da lapa, conciliando alguma investigação no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa.
Ana Maria Francisco lembra que é importante um envolvimento de todos os sectores da sociedade na resposta à infecção VIH/sida, e não só da parte dos técnicos de saúde, levando em mente a mensagem para os colegas do seu país de que é necessário um esforço na redução do estigma e discriminação para com os portadores de VIH.