quarta-feira, abril 12, 2006
Estudo alerta baixo índice notificações de reacções adversas medicamentos
Lusa 11.04.06
Uma especialista da Faculdade de Medicina do Porto alertou hoje os profissionais de saúde portugueses para os baixos índices de notificação de reacções adversas a medicamentos e defendeu a realização de acções de formação para alterar a situação.
Segundo um estudo elaborado por aquele estabelecimento de ensino, a taxa de notificação de reacções adversas a medicamentos em Portugal é de cerca de metade dos valores alcançados em países como Espanha ou Holanda e um quarto dos registados no Reino Unido e França.
Os resultados da investigação indicam que a indiferença é uma das principais razões por que muitos profissionais de saúde não notificam esse tipo de reacções.
De acordo com o estudo da FMUP, efectuado por Teresa Herdeiro entre 2002 e 2005, a indiferença (presunção de que a notificação não contribui para o conhecimento médico) e a falta de confiança (presunção de que só deve ser notificada uma reacção quando há certeza de uma relação causa-efeito) são as principais razões pelas quais os médicos não notificam as reacções adversas a medicamentos (RAM).
No mesmo estudo constatou-se, porém, que após acções de educação e sensibilização os profissionais de saúde demonstravam um empenho substancialmente maior na notificação das RAM.
Após um conjunto de acções de sensibilização junto de uma amostra de médicos e farmacêuticos seleccionados, constatou-se que a notificação espontânea aumentou 9,7 vezes na primeira categoria profissional e 5,9 vezes na segunda, o que leva Teresa Herdeiro a constatar que "as estratégias evolutivas podem contribuir para melhorar de forma relevante a vigilância das RAM".
Segundo o estudo, as reacções adversas a medicamentos são "um importante e persistente problema de saúde pública em termos de morbilidade, mortalidade e custos" e "a maioria das RAM graves é difícil de detectar nas fases de investigação clínica e pré-comercialização, pelo que a notificação destas reacções pelos profissionais se reveste de maior importância".
"Num momento de recentes retiradas de medicamentos do mercado, que conduziram a uma crise na monitorização da segurança dos medicamentos, é fundamental a participação activa dos profissionais de saúde, através da notificação espontânea das RAM", referem os autores do estudo.
Uma especialista da Faculdade de Medicina do Porto alertou hoje os profissionais de saúde portugueses para os baixos índices de notificação de reacções adversas a medicamentos e defendeu a realização de acções de formação para alterar a situação.
Segundo um estudo elaborado por aquele estabelecimento de ensino, a taxa de notificação de reacções adversas a medicamentos em Portugal é de cerca de metade dos valores alcançados em países como Espanha ou Holanda e um quarto dos registados no Reino Unido e França.
Os resultados da investigação indicam que a indiferença é uma das principais razões por que muitos profissionais de saúde não notificam esse tipo de reacções.
De acordo com o estudo da FMUP, efectuado por Teresa Herdeiro entre 2002 e 2005, a indiferença (presunção de que a notificação não contribui para o conhecimento médico) e a falta de confiança (presunção de que só deve ser notificada uma reacção quando há certeza de uma relação causa-efeito) são as principais razões pelas quais os médicos não notificam as reacções adversas a medicamentos (RAM).
No mesmo estudo constatou-se, porém, que após acções de educação e sensibilização os profissionais de saúde demonstravam um empenho substancialmente maior na notificação das RAM.
Após um conjunto de acções de sensibilização junto de uma amostra de médicos e farmacêuticos seleccionados, constatou-se que a notificação espontânea aumentou 9,7 vezes na primeira categoria profissional e 5,9 vezes na segunda, o que leva Teresa Herdeiro a constatar que "as estratégias evolutivas podem contribuir para melhorar de forma relevante a vigilância das RAM".
Segundo o estudo, as reacções adversas a medicamentos são "um importante e persistente problema de saúde pública em termos de morbilidade, mortalidade e custos" e "a maioria das RAM graves é difícil de detectar nas fases de investigação clínica e pré-comercialização, pelo que a notificação destas reacções pelos profissionais se reveste de maior importância".
"Num momento de recentes retiradas de medicamentos do mercado, que conduziram a uma crise na monitorização da segurança dos medicamentos, é fundamental a participação activa dos profissionais de saúde, através da notificação espontânea das RAM", referem os autores do estudo.