segunda-feira, julho 18, 2005
Despesa de medicamentos cresce 9% entre 2003-2004
No ano 2004, as vendas de medicamentos no Mercado Total, em ambulatório, em Portugal Continental, foram de 2 979 milhões de euros, registando um aumento de 9%, relativamente ao ano anterior – revela hoje um estudo elaborado conjuntamente pelo Observatório do Medicamento e Produtos de Saúde e pela Direcção de Economia do Medicamento e Produtos de Saúde do INFARMED.
De acordo com o estudo, designado “Análise do Crescimento da Despesa no Mercado Total de Medicamentos 2003-2004, os medicamentos genéricos representaram 7,9% do mercado total, tendo apresentado um crescimento de 52,3%, relativamente a 2003.
As novas substâncias comparticipadas, que representaram 4,3% do mercado total em 2004, cresceram 160,5%, tendo sido responsáveis por 31,86% do crescimento da despesa neste mercado. O restante mercado que representou 87,8% da despesa em 2004, cresceu apenas 3,4% relativamente ao ano anterior.
Existem alguns factores que parecem ter influenciado o aumento não só da utilização, mas também das despesas com medicamentos, dos quais se destaca os seguintes:
• Desvios de prescrição – tendência de passagem de prescrição para as substâncias activas mais recentes, que não têm medicamentos genéricos comercializados; estas substâncias são apoiadas num forte marketing farmacêutico e são normalmente mais dispendiosas;
• Aumento efectivo do volume de utilização – eventual reflexo do crescimento do número de consultas ou por uma maior sensibilização da população que necessita dessa terapia;
• Maior acessibilidade ao medicamento e aos cuidados de saúde.
O aumento da despesa e da utilização com medicamentos no ano de 2004 foi determinado essencialmente pelo crescimento da utilização de alguns sub-grupos terapêuticos, dos quais se destaca: os psicofármacos, anti-hipertensores, antidislipidémicos, antiagregantes plaquetários, modificadores da secreção gástrica e os medicamentos que actuam no osso e no metabolismo do cálcio.
(...)
Muitas destas novas substâncias são modificações ou combinações de fármacos já existentes e, apesar de não apresentarem uma considerável mais-valia terapêutica, têm associadas determinadas características que podem melhorar alguns aspectos do tratamento (doses mais baixas, administrações menos frequentes, menos efeitos adversos, etc.).
Em futuros estudos será importante analisar se a utilização das substâncias mais recentes e normalmente mais onerosas representam uma ganhos em saúde que justifiquem os encargos que acarretam para o Serviço Nacional de Saúde e para o utente.
De acordo com o estudo, designado “Análise do Crescimento da Despesa no Mercado Total de Medicamentos 2003-2004, os medicamentos genéricos representaram 7,9% do mercado total, tendo apresentado um crescimento de 52,3%, relativamente a 2003.
As novas substâncias comparticipadas, que representaram 4,3% do mercado total em 2004, cresceram 160,5%, tendo sido responsáveis por 31,86% do crescimento da despesa neste mercado. O restante mercado que representou 87,8% da despesa em 2004, cresceu apenas 3,4% relativamente ao ano anterior.
Existem alguns factores que parecem ter influenciado o aumento não só da utilização, mas também das despesas com medicamentos, dos quais se destaca os seguintes:
• Desvios de prescrição – tendência de passagem de prescrição para as substâncias activas mais recentes, que não têm medicamentos genéricos comercializados; estas substâncias são apoiadas num forte marketing farmacêutico e são normalmente mais dispendiosas;
• Aumento efectivo do volume de utilização – eventual reflexo do crescimento do número de consultas ou por uma maior sensibilização da população que necessita dessa terapia;
• Maior acessibilidade ao medicamento e aos cuidados de saúde.
O aumento da despesa e da utilização com medicamentos no ano de 2004 foi determinado essencialmente pelo crescimento da utilização de alguns sub-grupos terapêuticos, dos quais se destaca: os psicofármacos, anti-hipertensores, antidislipidémicos, antiagregantes plaquetários, modificadores da secreção gástrica e os medicamentos que actuam no osso e no metabolismo do cálcio.
(...)
Muitas destas novas substâncias são modificações ou combinações de fármacos já existentes e, apesar de não apresentarem uma considerável mais-valia terapêutica, têm associadas determinadas características que podem melhorar alguns aspectos do tratamento (doses mais baixas, administrações menos frequentes, menos efeitos adversos, etc.).
Em futuros estudos será importante analisar se a utilização das substâncias mais recentes e normalmente mais onerosas representam uma ganhos em saúde que justifiquem os encargos que acarretam para o Serviço Nacional de Saúde e para o utente.