quinta-feira, julho 21, 2005
7/7, G8, etc...
Os verdadeiros culpados
Luís Carvalho
Os atentados de Londres revelam a barbárie mais reles e desprezível. O mesmo se tinha passado em Madrid, em Nova Iorque e em Washington. Se perguntar-mos a um europeu o que pensa sobre o terrorismo ele vai imediatamente recordar as Torres Gémeas, Atocha e Londres. Mas, curiosamente, poucos ou nenhum, recordarão os brutais massacres terroristas de que a população iraquiana tem sido vítima diariamente, desde há mais de um ano. De lá surgem notícias de atentados que vitimam dezenas de pessoas e que a comunicação social trata, cada vez mais, como mero pormenor, um qualquer efeito colateral, algo que tinha e tem de acontecer.
Os atentados de Londres, esses, foram exaustivamente noticiados e comentados, os culpados foram localizados, foram feitas detenções, milhões de libras estão encaminhadas para que se faça a tão desejada “justiça”. No Iraque um atentado é certamente tratado como uma burocracia do dia-a-dia.
E é esta diferença que faz toda a diferença. Para os Europeus, e em especial para os políticos europeus, um atentado em Londres, Paris ou Roma é diferente de um atentado em Kerbala, Bagdad, Baçorá, Mossul ou Najaf.
Empolado pela comunicação social o facto é que no dia seguinte aos atentados os europeus estavam com medo do terrorismo. O tal terrorismo que causou nos últimos dois anos 250 mortos na Europa. Perante tal empolamento os europeus esquecem-se que morrem milhares, todos os dias, nas estradas e de doenças como o SIDA e o cancro. Apesar do medo que se instalou (e que foi instalado e instigado) a verdade é que as probabilidades de um europeu morrer de uma septicemia ou de um fútil erro médico são bem maiores do que a de morrer num atentado terrorista.
Por outro lado há quem se preocupe com o facto de os terroristas serem jovens nados e criados na Grã-Bretanha. Mas ninguém se questiona pelo facto de o material explosivo ter tido origem militar e ser muito provavelmente produzido por um país do G-8. Estes 8 países são, afinal, os produtores de 80% do armamento mundial. E, verdade se diga, são estes países e algumas das suas empresas, os maiores beneficiários do clima de terror e de medo instalado pelos atentados de Madrid e de Londres e daqueles que ciclicamente se seguirão. A deriva securitária que se sucede a tais acontecimentos faz subir em flecha os lucros de muitas empresas para quem a paz mundial é um pesadelo que preferem ignorar. E que não se coibirão de combater.
Os culpados dos atentados de Londres e de Madrid, ao contrário do que julga o cidadão comum, estão longe de ser aqueles jovens de nomes esquisitos que vemos escarrapachados nos jornais de todo o mundo.
Luís Carvalho
Os atentados de Londres revelam a barbárie mais reles e desprezível. O mesmo se tinha passado em Madrid, em Nova Iorque e em Washington. Se perguntar-mos a um europeu o que pensa sobre o terrorismo ele vai imediatamente recordar as Torres Gémeas, Atocha e Londres. Mas, curiosamente, poucos ou nenhum, recordarão os brutais massacres terroristas de que a população iraquiana tem sido vítima diariamente, desde há mais de um ano. De lá surgem notícias de atentados que vitimam dezenas de pessoas e que a comunicação social trata, cada vez mais, como mero pormenor, um qualquer efeito colateral, algo que tinha e tem de acontecer.
Os atentados de Londres, esses, foram exaustivamente noticiados e comentados, os culpados foram localizados, foram feitas detenções, milhões de libras estão encaminhadas para que se faça a tão desejada “justiça”. No Iraque um atentado é certamente tratado como uma burocracia do dia-a-dia.
E é esta diferença que faz toda a diferença. Para os Europeus, e em especial para os políticos europeus, um atentado em Londres, Paris ou Roma é diferente de um atentado em Kerbala, Bagdad, Baçorá, Mossul ou Najaf.
Empolado pela comunicação social o facto é que no dia seguinte aos atentados os europeus estavam com medo do terrorismo. O tal terrorismo que causou nos últimos dois anos 250 mortos na Europa. Perante tal empolamento os europeus esquecem-se que morrem milhares, todos os dias, nas estradas e de doenças como o SIDA e o cancro. Apesar do medo que se instalou (e que foi instalado e instigado) a verdade é que as probabilidades de um europeu morrer de uma septicemia ou de um fútil erro médico são bem maiores do que a de morrer num atentado terrorista.
Por outro lado há quem se preocupe com o facto de os terroristas serem jovens nados e criados na Grã-Bretanha. Mas ninguém se questiona pelo facto de o material explosivo ter tido origem militar e ser muito provavelmente produzido por um país do G-8. Estes 8 países são, afinal, os produtores de 80% do armamento mundial. E, verdade se diga, são estes países e algumas das suas empresas, os maiores beneficiários do clima de terror e de medo instalado pelos atentados de Madrid e de Londres e daqueles que ciclicamente se seguirão. A deriva securitária que se sucede a tais acontecimentos faz subir em flecha os lucros de muitas empresas para quem a paz mundial é um pesadelo que preferem ignorar. E que não se coibirão de combater.
Os culpados dos atentados de Londres e de Madrid, ao contrário do que julga o cidadão comum, estão longe de ser aqueles jovens de nomes esquisitos que vemos escarrapachados nos jornais de todo o mundo.
Comments:
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Olá, se ainda ninguém percebeu, existe um interesse em criar o medo como forma de se aplicar mais uma ou duas leis que restringem a liberdade individual e/ou partir para uma guerrazinha pessoal. É histórico, é evidente, é comprovável. Quando se quer impor algo desagradável aos cidadãos, cria-se algo mais desagradável ainda.
Tenho pena dos que acreditam ainda na democracia ou julgam ter algum poder apenas porque votam e tenho pena daqueles que de tanto medo induzido, tanta ignorância e estupidificação massiva por parte dos governos sobre a população, já não querem saber de nada e deixam andar porque a TV passou a ser a Verdade delas. E é assim que vamos andando, ao sabor dos interesses ocultos que nos dão a Al Qaeda e o terrorismo para brincarmos um bocadinho aos bons e aos maus mas Bin Laden nem vê-lo e o Iraque Kaput sob essa falsa bandeira contra terrorista. Onde estás Bin Laden?? És um super homem? Ou recebes bem para estares quietinho e escondido servindo de bode expiatório a toda a m... que alguns governantes querem impor á população de seus países e de outros países.
Investiguem, analizem e RACIOCINEM se ainda conseguirem.
"Our Rights Suspended for 10 More Years "
by Rep. Ron Paul
http://antiwar.com/paul/
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Tenho pena dos que acreditam ainda na democracia ou julgam ter algum poder apenas porque votam e tenho pena daqueles que de tanto medo induzido, tanta ignorância e estupidificação massiva por parte dos governos sobre a população, já não querem saber de nada e deixam andar porque a TV passou a ser a Verdade delas. E é assim que vamos andando, ao sabor dos interesses ocultos que nos dão a Al Qaeda e o terrorismo para brincarmos um bocadinho aos bons e aos maus mas Bin Laden nem vê-lo e o Iraque Kaput sob essa falsa bandeira contra terrorista. Onde estás Bin Laden?? És um super homem? Ou recebes bem para estares quietinho e escondido servindo de bode expiatório a toda a m... que alguns governantes querem impor á população de seus países e de outros países.
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