sexta-feira, novembro 02, 2007
Doentes percorrem até 447Km para internamento hospitalar
A procura de hospitais longínquos do local de residência por parte de pessoas infectadas pelo VIH pode ser um dado a ter em conta na avaliação do estigma e discriminação aliado à doença em Portugal.
Os resultados de uma análise descritiva e geográfica dos internamentos hospitalares por infecções pelo vírus da imunodeficiência humana ocorridos no período entre 2000 e 2006, encomendado pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, registam um fluxo mínimo entre o local de residência do doente e o hospital é de 14,2 Km mas esta distância pode ir até aos 447,1Km.
Os dados desta análise têm como objectivo servir de fundamentação técnica à Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida nos processos de decisão sobre as políticas públicas de combate à doença.
Dos 30.744 registos de internamento entre 2000 e 2006, 75,6% são do sexo masculino e 24,2% do sexo feminino.
A percentagem de doentes que recebe serviço domiciliário é muito pequena em todos os anos analisados, situando-se abaixo dos 1%.
Os internamentos de doentes com infecção por VIH nos grupos etários mais jovens têm vindo a diminuir, enquanto os tratamentos nos grupos etários mais velhos (em especial no grupo dos 40-49 anos) estão a aumentar.
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