sexta-feira, junho 02, 2006
ONG moçambicana convoca imprensa para destacar a necessidade de ampliar o tratamento de sida no país
Clipping AIDS
23/05/06, às 15h41m (GMT -03;00)
ONG moçambicana convoca imprensa para destacar a necessidade de ampliar o tratamento de Aids no país
Estima-se que cerca de 1,4 milhão de moçambicanos vivem com HIV, sendo que 350 mil deles precisariam do coquetel anti-Aids urgente. Entretanto, apenas 15.500 têm acesso ao tratamento
Agência de Notícias da Aids
Redação - Agência de Informação de Moçambique
Na última semana, a Rede Moçambicana de Organizações Contra a Aids (MONASO) - uma coalizão da sociedade civil organizada - reuniu a imprensa, na capital Maputo, para chamar a atenção da necessidade de se criar mais condições para o livre acesso aos medicamentos anti-retrovirais. Em especial, nas áreas urbanas do país.
Estima-se que cerca de 1,4 milhão de moçambicanos vivem com HIV, sendo que 350 mil deles precisariam do coquetel anti-Aids urgente. Entretanto, apenas 15.500 têm acesso ao tratamento. O coordenador do Movimento de Acesso ao Tratamento em Moçambique (MATRAM), Cesar Mufanequico, afirmou que este número mostra que o país ainda está longe da meta estabelecida em 2001 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na ocasião, representantes de vários países assumiram o compromisso de garantir o tratamento universal até 2010.
Mufanequico ressaltou que esse atraso no combate da Aids deve-se principalmente à dificuldade do governo em descentralizar os serviços de atendimento aos portadores do HIV/AIDS, assim como a falta de estrutura nos hospitais e a pouca divulgação de informações sobre a doença. "O acesso ao tratamento é uma das maiores necessidades das pessoas afetadas pelo HIV/AIDS, mas a maioria delas não tem como pagar por isso”, ressaltou.
O ativista afirmou também que os serviços de testagem do vírus causador da Aids só estão disponíveis nas regiões centrais do país. “A testagem de detecção do HIV deveria estar espalhada por todo o país, pois somente a partir disso poderemos saber com mais precisão a quantidade de pessoas que necessitam do tratamento anti-Aids em Moçambique.”Até junho de 2005, este país africano tinha apenas 30 unidades de distribuição de anti-retrovirais. A MONASO convocou essa entrevista coletiva para divulgar as atividades da Semana Global de Defesa para um Acesso Universal do Tratamento da Aids até 2010.
Em Moçambique, os anti-retrovirais são distribuídos principalmente por organizações não governamentais nacionais e internacionais, entre elas, destaca-se a comunidade italiana “Sant´Egidio”. Por meio do programa denominado “Sonho”, este grupo atua desde 2002 dentro do serviço de saúde pública de Moçambique. Doze centros de distribuição gratuita de anti-retrovirais foram criados, o que corresponde ao atendimento integral de aproximadamente 4 mil soropositivos.
23/05/06, às 15h41m (GMT -03;00)
ONG moçambicana convoca imprensa para destacar a necessidade de ampliar o tratamento de Aids no país
Estima-se que cerca de 1,4 milhão de moçambicanos vivem com HIV, sendo que 350 mil deles precisariam do coquetel anti-Aids urgente. Entretanto, apenas 15.500 têm acesso ao tratamento
Agência de Notícias da Aids
Redação - Agência de Informação de Moçambique
Na última semana, a Rede Moçambicana de Organizações Contra a Aids (MONASO) - uma coalizão da sociedade civil organizada - reuniu a imprensa, na capital Maputo, para chamar a atenção da necessidade de se criar mais condições para o livre acesso aos medicamentos anti-retrovirais. Em especial, nas áreas urbanas do país.
Estima-se que cerca de 1,4 milhão de moçambicanos vivem com HIV, sendo que 350 mil deles precisariam do coquetel anti-Aids urgente. Entretanto, apenas 15.500 têm acesso ao tratamento. O coordenador do Movimento de Acesso ao Tratamento em Moçambique (MATRAM), Cesar Mufanequico, afirmou que este número mostra que o país ainda está longe da meta estabelecida em 2001 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na ocasião, representantes de vários países assumiram o compromisso de garantir o tratamento universal até 2010.
Mufanequico ressaltou que esse atraso no combate da Aids deve-se principalmente à dificuldade do governo em descentralizar os serviços de atendimento aos portadores do HIV/AIDS, assim como a falta de estrutura nos hospitais e a pouca divulgação de informações sobre a doença. "O acesso ao tratamento é uma das maiores necessidades das pessoas afetadas pelo HIV/AIDS, mas a maioria delas não tem como pagar por isso”, ressaltou.
O ativista afirmou também que os serviços de testagem do vírus causador da Aids só estão disponíveis nas regiões centrais do país. “A testagem de detecção do HIV deveria estar espalhada por todo o país, pois somente a partir disso poderemos saber com mais precisão a quantidade de pessoas que necessitam do tratamento anti-Aids em Moçambique.”Até junho de 2005, este país africano tinha apenas 30 unidades de distribuição de anti-retrovirais. A MONASO convocou essa entrevista coletiva para divulgar as atividades da Semana Global de Defesa para um Acesso Universal do Tratamento da Aids até 2010.
Em Moçambique, os anti-retrovirais são distribuídos principalmente por organizações não governamentais nacionais e internacionais, entre elas, destaca-se a comunidade italiana “Sant´Egidio”. Por meio do programa denominado “Sonho”, este grupo atua desde 2002 dentro do serviço de saúde pública de Moçambique. Doze centros de distribuição gratuita de anti-retrovirais foram criados, o que corresponde ao atendimento integral de aproximadamente 4 mil soropositivos.
