segunda-feira, maio 01, 2006
Maputo acolhe reunião sobre iniciativa polémica dos EUA contra SIDA
Lusa 24.04.06
Representantes de 20 países começaram a analisar hoje, em Maputo, a Iniciativa de Emergência do Presidente norte-americano contra a Sida (PEPFAR), um programa polémico por incidir na fidelidade e abstinência, em detrimento do uso do preservativo.
O PEPFAR foi lançado em 2003 por George W. Bush e coloca uma verba de cerca de 12 mil milhões de euros à disposição de países pobres afectados pela Sida, incluindo Moçambique.
O programa impõe, no entanto, como condição da ajuda que esta seja prioritariamente utilizada na promoção da abstinência e fidelidade e só, secundariamente, na promoção do preservativo, como decorre do próprio nome dado pelos norte-americanos à estratégia - "abordagem ABC" (Abstinence, Be faithful, use Condom).
Na semana passada, o mais conhecido jornal de medicina do mundo, o britânico The Lancet, criticou aquela estratégia, acusando-a de incapacidade para evitar a morte de crianças por HIV/SIDA.
Segundo o jornal, a "abordagem ABC" condiciona a distribuição de fundos, dos quais um terço é destinado a promoções para a abstinência e fidelidade, provocando o corte financeiro de campanhas como a da prevenção da transmissão da doença de mãe para filho.
Como exemplo, The Lancet aponta mesmo o caso de Moçambique, onde o programa de prevenção de transmissão vertical (de mãe para filho) carece de mais fundos do que os disponibilizados.
No âmbito da iniciativa do Presidente Bush contra a Sida, Moçambique vai receber este ano 76 milhões de euros, o que representa um aumento de cerca de 28 milhões de euros em relação ao apoio prestado no ano passado.
Moçambique é um dos países mais afectados pelo HIV/SIDA no mundo, com uma taxa de incidência de 16,2 por cento dos cerca de 19 milhões de habitantes.
Representantes de 20 países começaram a analisar hoje, em Maputo, a Iniciativa de Emergência do Presidente norte-americano contra a Sida (PEPFAR), um programa polémico por incidir na fidelidade e abstinência, em detrimento do uso do preservativo.
O PEPFAR foi lançado em 2003 por George W. Bush e coloca uma verba de cerca de 12 mil milhões de euros à disposição de países pobres afectados pela Sida, incluindo Moçambique.
O programa impõe, no entanto, como condição da ajuda que esta seja prioritariamente utilizada na promoção da abstinência e fidelidade e só, secundariamente, na promoção do preservativo, como decorre do próprio nome dado pelos norte-americanos à estratégia - "abordagem ABC" (Abstinence, Be faithful, use Condom).
Na semana passada, o mais conhecido jornal de medicina do mundo, o britânico The Lancet, criticou aquela estratégia, acusando-a de incapacidade para evitar a morte de crianças por HIV/SIDA.
Segundo o jornal, a "abordagem ABC" condiciona a distribuição de fundos, dos quais um terço é destinado a promoções para a abstinência e fidelidade, provocando o corte financeiro de campanhas como a da prevenção da transmissão da doença de mãe para filho.
Como exemplo, The Lancet aponta mesmo o caso de Moçambique, onde o programa de prevenção de transmissão vertical (de mãe para filho) carece de mais fundos do que os disponibilizados.
No âmbito da iniciativa do Presidente Bush contra a Sida, Moçambique vai receber este ano 76 milhões de euros, o que representa um aumento de cerca de 28 milhões de euros em relação ao apoio prestado no ano passado.
Moçambique é um dos países mais afectados pelo HIV/SIDA no mundo, com uma taxa de incidência de 16,2 por cento dos cerca de 19 milhões de habitantes.