sexta-feira, abril 22, 2005
Seropositivos com fraca instrução
DN 20.04.05
Uma grande parte dos infectados com HIV em Portugal têm níveis de escolaridade muito baixos 5% não têm qualquer instrução, 30% apenas a escola primária e 6% frequentaram a escola profissional. "A estas pessoas não chegam mensagens escritas, panfletos nem outdoors. O nível de iliteracia exige campanhas específicas", alertou ontem o virologista Ricardo Camacho, explicando a necessidade de serem criadas campanhas de prevenção que consigam chegar a grupos mais afectados pelo vírus.
(...)
"Já nos habituámos a viver com este cenário, nem os números elevados nos chocam, já se sabe que Portugal tem a maior taxa de infecção da Europa. Já não é notícia. E isto é péssimo", sublinhou Ricardo Camacho. Por isso, todos os exemplos são poucos para se perceber a dimensão da doença num país onde oficialmente estão identificados 26 mil pessoas com HIV/sida, mas as estimativas apontam para números reais entre os 50 e os 60 mil.
(...)
Uma parte dos diagnósticos são feitos numa fase já muito avançada. Em Portugal, 33% dos doentes têm os CD4 (glóbulos brancos) a níveis abaixo dos 200, uma percentagem que não ultrapassa os 20% no resto da Europa. Por isso, a detecção precoce é fundamental. Aliada à necessidade de campanhas de prevenção, os especialistas defendem que o rastreio da doença devia chegar "ao maior número possível de pessoas". Se para o médico Eugénio Teófilo essa detecção deve passar, em primeira instância, pelos centros de aconselhamento e diagnóstico (CAD), Ricardo Camacho considera que os testes deviam ser cada vez mais prática comum dos médicos de família, "até para pôr fim ao estigma do rastreio".
Do conjunto de doenças consideradas definidoras de sida, a tuberculose é a mais comum no País, atingindo 5% dos doentes em primeiras consultas.
Uma grande parte dos infectados com HIV em Portugal têm níveis de escolaridade muito baixos 5% não têm qualquer instrução, 30% apenas a escola primária e 6% frequentaram a escola profissional. "A estas pessoas não chegam mensagens escritas, panfletos nem outdoors. O nível de iliteracia exige campanhas específicas", alertou ontem o virologista Ricardo Camacho, explicando a necessidade de serem criadas campanhas de prevenção que consigam chegar a grupos mais afectados pelo vírus.
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"Já nos habituámos a viver com este cenário, nem os números elevados nos chocam, já se sabe que Portugal tem a maior taxa de infecção da Europa. Já não é notícia. E isto é péssimo", sublinhou Ricardo Camacho. Por isso, todos os exemplos são poucos para se perceber a dimensão da doença num país onde oficialmente estão identificados 26 mil pessoas com HIV/sida, mas as estimativas apontam para números reais entre os 50 e os 60 mil.
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Uma parte dos diagnósticos são feitos numa fase já muito avançada. Em Portugal, 33% dos doentes têm os CD4 (glóbulos brancos) a níveis abaixo dos 200, uma percentagem que não ultrapassa os 20% no resto da Europa. Por isso, a detecção precoce é fundamental. Aliada à necessidade de campanhas de prevenção, os especialistas defendem que o rastreio da doença devia chegar "ao maior número possível de pessoas". Se para o médico Eugénio Teófilo essa detecção deve passar, em primeira instância, pelos centros de aconselhamento e diagnóstico (CAD), Ricardo Camacho considera que os testes deviam ser cada vez mais prática comum dos médicos de família, "até para pôr fim ao estigma do rastreio".
Do conjunto de doenças consideradas definidoras de sida, a tuberculose é a mais comum no País, atingindo 5% dos doentes em primeiras consultas.