quarta-feira, abril 20, 2005
Diagnóstico tardio facilita contágio
CM 20.04.05
Cerca de um terço dos portugueses infectados com o vírus da sida são diagnosticados em fases tardias da doença, o que torna mais difícil o seu tratamento, ao mesmo tempo que permite o aumento do contágio.
Dados da primeira fase do estudo SPREAD – Strategy to Control Spread of HIV Drug Resistance –, financiado pela União Europeia, que conta com a participação de 17 países, entre estes Portugal.
Ao todo, foram estudados 180 doentes, um trabalho que permitiu confirmar o panorama negro da doença entre nós. “Portugal tem mais doentes infectados que todos os países escandinavos juntos”, refere Ricardo Camacho, virologista do Hospital de Egas Moniz e um dos responsáveis pelo estudo.
“Há 26 mil casos de sida registados, mas as estimativas dos casos reais no nosso País apontam para os 50 mil.” Razões de sobra para, na opinião deste especialista, repensar as campanhas de sensibilização. “O estudo revelou uma grande percentagem de doentes com baixo nível de escolaridade – 30 por cento com instrução primária e 5 por cento não tem qualquer instrução.” A estas pessoas juntam-se os imigrantes e as com mais de 50 anos que pensam que a doença só afecta jovens. As campanhas deviam atingir estes grupos, no entanto, “isso não acontece entre nós”, denuncia o clínico.
Cerca de um terço dos portugueses infectados com o vírus da sida são diagnosticados em fases tardias da doença, o que torna mais difícil o seu tratamento, ao mesmo tempo que permite o aumento do contágio.
Dados da primeira fase do estudo SPREAD – Strategy to Control Spread of HIV Drug Resistance –, financiado pela União Europeia, que conta com a participação de 17 países, entre estes Portugal.
Ao todo, foram estudados 180 doentes, um trabalho que permitiu confirmar o panorama negro da doença entre nós. “Portugal tem mais doentes infectados que todos os países escandinavos juntos”, refere Ricardo Camacho, virologista do Hospital de Egas Moniz e um dos responsáveis pelo estudo.
“Há 26 mil casos de sida registados, mas as estimativas dos casos reais no nosso País apontam para os 50 mil.” Razões de sobra para, na opinião deste especialista, repensar as campanhas de sensibilização. “O estudo revelou uma grande percentagem de doentes com baixo nível de escolaridade – 30 por cento com instrução primária e 5 por cento não tem qualquer instrução.” A estas pessoas juntam-se os imigrantes e as com mais de 50 anos que pensam que a doença só afecta jovens. As campanhas deviam atingir estes grupos, no entanto, “isso não acontece entre nós”, denuncia o clínico.