terça-feira, maio 24, 2005

O Sexo e o Papa



O novo líder da Igreja Católica irá se defrontar com questões polêmicas no seu pontificado, mas a tendência é que o conservadorismo se amplie

Dos muitos assuntos espinhosos que terão de ser tratados pelo papa Bento XVI, talvez o maior deles é a bioética. O novo pontífice estará diante de um clamor, de dentro e de fora da Igreja, por um afrouxamento das posições sobre o controle de fertilidade, uso de camisinhas contra o HIV e pesquisa com células-tronco.

No entanto, Bento XVI, o cardeal alemão Joseph Ratzinger, tem a reputação de ser um forte defensor da doutrina conservadora da Igreja Católica. “Há um hiato de hipocrisia significante dentro da Igreja”, comentou Arthur Caplan, professor do Centro de Bioética da Universidade da Pensilvânia.

O ex-papa João Paulo II é acusado por seus mais fortes críticos de encorajar o nascimento de bebês não desejados, de interromper pesquisa de curas para doenças, de fomentar expansão da Aids, ao banir preservativos e estigmatizar a homossexualidade como pecado.

Em outubro de 2003, o cardeal Alfonso Lopez Trujillo, presidente do Conselho Pontifício para a Família, publicou um artigo em que dizia que o vírus da Aids poderia passar pelo látex dos preservativos. Pode haver “milhões de preservativos que vazam,” disse Trujillo, acrescentando que, aqueles que usam camisinha, estão jogando “roleta russa”.

Cientistas protestaram e afirmaram que as declarações não têm qualquer evidência, mas Trujillo nunca voltou atrás em seu artigo, nem foi oficialmente desautorizado pelo Vaticano.
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