quarta-feira, maio 25, 2005

CAT de Torres Vedras quer consulta de VIH no hospital

O Centro de Atendimento a Toxicodependentes de Torres Vedras vai propor ao hospital local que crie uma consulta para apoiar doentes infectados com VIH, uma proposta a que a unidade de saúde já se mostrou aberta.

O responsável do Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT), Alfredo Frade, disse à Agência Lusa que considera a ausência de uma consulta de VIH "uma lacuna grave" e, nesse sentido, vai entrar em negociações com o Centro Hospitalar de Torres Vedras para a criação desse serviço.

"Os doentes são mandados para Lisboa, a 40 quilómetros de distância, e o hospital acaba por ter de assumir as despesas com as ambulâncias" que transportam os utentes para a capital, assinalou Alfredo Frade.

Reconhecendo que a consulta irá "representar um acréscimo no orçamento do hospital, que terá de comprar mais medicamentos e fazer análises regulares", o responsável lembrou que "há também um ganho", já que o centro hospitalar deixa de pagar o transporte para Lisboa.

"Muitos destes doentes acabam por andar dispersos e os que não são vistos numa consulta de especialidade são vistos depois nas urgências e na medicina interna e o próprio hospital acaba por não ter possibilidades de definir uma estratégia para esta área", acrescentou.

Contactado pela Lusa, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar, Campos Pinheiro, disse que o hospital "está aberto" a criar a consulta, reconhecendo que "muitas vezes as pessoas dizem que é muito longe terem que se deslocar para Lisboa e acabam por não se tratar".

O CAT de Torres Vedras abrange, além deste concelho, a Arruda dos Vinhos, o Cadaval, a Lourinhã, Mafra e o Sobral de Monte Agraço. Criado no ano 2000, o CAT já atendeu 800 pessoas, tendo em funcionamento consultas individuais e em grupo; apoio a famílias; terapia familiar e apoio a filhos de toxicodependentes (incluindo consultas de psicologia infantil).
Inclui também o acompanhamento psicoterapêutico a adolescentes e a cônjuges de toxicodependentes; equipas materno-infantil, de terapias de substituição e de prevenção primária e consultas médicas. O CAT tem ainda a funcionar fora do edifício principal uma consulta para adolescentes e um serviço onde é distribuída metadona a toxicodependentes que não se querem tratar.

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