sexta-feira, maio 06, 2005
Brasil rejeita exigência dos EUA para combate à sida
O Estado de S. Paulo 04.05.05
O Brasil tornou-se o primeiro país a reagir publicamente contra o programa de combate à aids do governo dos Estados Unidos, visto por muitos críticos como uma tentativa de impor ao mundo uma agenda de combate ao aborto e de promoção da abstinência sexual, informam o diário britânico The Guardian e agências internacionais.
O Brasil rejeitou uma ajuda americana de US$ 40 milhões para o combate à aids ao se negar a assinar uma declaração condenando a prostituição. Segundo o Guardian, a decisão brasileira foi aplaudida por ativistas do combate à doença.
O governo brasileiro e muitas organizações de combate à aids consideram que uma declaração do tipo viria a impor uma barreira séria ao oferecimento de assistência médica para profissionais do sexo. O Guardian lembra que a exigência do governo americano se segue à chamada "mordaça global" - um veto à distribuição de recursos públicos americanos a qualquer organização estrangeira ligada ao aborto.
Citado pela agência Reuters, o responsável pelo programa de combate à aids do Brasil, Pedro Chequer, disse que "princípios bíblicos são seu guia, não a ciência", referindo-se ao governo e à maioria republicana do Congresso americano. O Guardian cita Chequer afirmando que o Brasil tomou a decisão "para preservar sua autonomia... e princípios éticos e de direitos humanos".
O jornal britânico cita ainda a presidente da Coalizão Internacional pela Saúde da Mulher, Adrienne Germain, dizendo que "a importância da decisão do governo brasileiro não poderia ser maior".
O Brasil tornou-se o primeiro país a reagir publicamente contra o programa de combate à aids do governo dos Estados Unidos, visto por muitos críticos como uma tentativa de impor ao mundo uma agenda de combate ao aborto e de promoção da abstinência sexual, informam o diário britânico The Guardian e agências internacionais.
O Brasil rejeitou uma ajuda americana de US$ 40 milhões para o combate à aids ao se negar a assinar uma declaração condenando a prostituição. Segundo o Guardian, a decisão brasileira foi aplaudida por ativistas do combate à doença.
O governo brasileiro e muitas organizações de combate à aids consideram que uma declaração do tipo viria a impor uma barreira séria ao oferecimento de assistência médica para profissionais do sexo. O Guardian lembra que a exigência do governo americano se segue à chamada "mordaça global" - um veto à distribuição de recursos públicos americanos a qualquer organização estrangeira ligada ao aborto.
Citado pela agência Reuters, o responsável pelo programa de combate à aids do Brasil, Pedro Chequer, disse que "princípios bíblicos são seu guia, não a ciência", referindo-se ao governo e à maioria republicana do Congresso americano. O Guardian cita Chequer afirmando que o Brasil tomou a decisão "para preservar sua autonomia... e princípios éticos e de direitos humanos".
O jornal britânico cita ainda a presidente da Coalizão Internacional pela Saúde da Mulher, Adrienne Germain, dizendo que "a importância da decisão do governo brasileiro não poderia ser maior".