quarta-feira, novembro 24, 2004
Portugal e Brasil entre os países com maior incidência de casos
"...Portugal e o Brasil são dois dos países que mais contribuíram para o crescimento da pandemia nos últimos dois anos." ?!?
Parece-me um pouco exagerado e sensacionalista. A situação é grave mas daí afirmar que os números absolutos portugueses têm um grande impacto na pandemia mundial...
Notícia do Público online 23.11.04:
AFP, Lusa
O relatório da agência das Nações Unidas contra a sida (ONUsida) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado hoje, revela que Portugal e o Brasil são dois dos países que mais contribuíram para o crescimento da pandemia nos últimos dois anos.
Segundo o documento "Um balanço sobre a epidemia de sida 2004", Portugal é um dos países da Europa ocidental com a taxa de diagnóstico de novas infecções por HIV mais elevada.
Cerca de 50 por cento dos diagnósticos de infecção por HIV em 2002 em Portugal resultaram da injecção de drogas, observando-se sempre uma prevalência da doença na ordem dos 20 por cento entre os consumidores de drogas injectáveis.
Na América Latina um terço dos 1,7 milhões de infectados vivem no Brasil, onde a epidemia se propagou por todas as regiões, de forma díspare. "Há epidemias graves em curso em países como o Brasil", que tiveram como causa inicial as relações homossexuais não protegidas, seguidas do consumo de drogas injectáveis, aponta o documento. Actualmente, a transmissão heterossexual é a principal causa de propagação do vírus no Brasil e as mulheres são cada vez mais atingidas.
Um novo estudo mostra que o estatuto sócio-económico inferior tem uma forte correlação com a prevalência mais elevada da doença, nomeadamente entre as prostitutas de Santos ou São Paulo.
Em todo o mundo sete por cento das pessoas que se prostituem são seropositivas e a maior parte das mulheres infectadas tem rendimentos baixos e pouca instrução.
O papel das drogas injectáveis no Brasil não deve ser subestimado, segundo o relatório, uma vez que em certas regiões os consumidores representam pelo menos metade dos casos da doença.
Timor-Leste é apresentado como um dos países com menor prevalência da doença na Ásia, mantendo "níveis fracos" mesmo entre as populações que correm grandes riscos de exposição ao vírus. Apesar deste facto a ONUsida alerta para a possibilidade "muito séria" de ocorrerem "aumentos espectaculares" da incidência naquele país.
Em Angola, a guerra "serviu para atrasar a propagação de HIV", fazendo com que os civis não pudessem circular livremente pelo país.
Nas consultas pré-natais de Luanda, a prevalência de HIV é de três por cento, mas há números menos animadores entre as prostitutas, por exemplo, onde 33 por cento são seropositivas e onde se demonstra a capacidade do vírus para se instalar nos níveis de risco. "Com o regresso à vida normal, tudo leva a crer que possa ocorrer uma aceleração da propagação do vírus", alerta o documento.
A taxa de prevalência da sida em Moçambique já ultrapassou os 14,9 por cento entre a população adulta, com mais de 1,4 milhões de pessoas infectadas, anunciou em Julho o Governo moçambicano.
Parece-me um pouco exagerado e sensacionalista. A situação é grave mas daí afirmar que os números absolutos portugueses têm um grande impacto na pandemia mundial...
Notícia do Público online 23.11.04:
AFP, Lusa
O relatório da agência das Nações Unidas contra a sida (ONUsida) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado hoje, revela que Portugal e o Brasil são dois dos países que mais contribuíram para o crescimento da pandemia nos últimos dois anos.
Segundo o documento "Um balanço sobre a epidemia de sida 2004", Portugal é um dos países da Europa ocidental com a taxa de diagnóstico de novas infecções por HIV mais elevada.
Cerca de 50 por cento dos diagnósticos de infecção por HIV em 2002 em Portugal resultaram da injecção de drogas, observando-se sempre uma prevalência da doença na ordem dos 20 por cento entre os consumidores de drogas injectáveis.
Na América Latina um terço dos 1,7 milhões de infectados vivem no Brasil, onde a epidemia se propagou por todas as regiões, de forma díspare. "Há epidemias graves em curso em países como o Brasil", que tiveram como causa inicial as relações homossexuais não protegidas, seguidas do consumo de drogas injectáveis, aponta o documento. Actualmente, a transmissão heterossexual é a principal causa de propagação do vírus no Brasil e as mulheres são cada vez mais atingidas.
Um novo estudo mostra que o estatuto sócio-económico inferior tem uma forte correlação com a prevalência mais elevada da doença, nomeadamente entre as prostitutas de Santos ou São Paulo.
Em todo o mundo sete por cento das pessoas que se prostituem são seropositivas e a maior parte das mulheres infectadas tem rendimentos baixos e pouca instrução.
O papel das drogas injectáveis no Brasil não deve ser subestimado, segundo o relatório, uma vez que em certas regiões os consumidores representam pelo menos metade dos casos da doença.
Timor-Leste é apresentado como um dos países com menor prevalência da doença na Ásia, mantendo "níveis fracos" mesmo entre as populações que correm grandes riscos de exposição ao vírus. Apesar deste facto a ONUsida alerta para a possibilidade "muito séria" de ocorrerem "aumentos espectaculares" da incidência naquele país.
Em Angola, a guerra "serviu para atrasar a propagação de HIV", fazendo com que os civis não pudessem circular livremente pelo país.
Nas consultas pré-natais de Luanda, a prevalência de HIV é de três por cento, mas há números menos animadores entre as prostitutas, por exemplo, onde 33 por cento são seropositivas e onde se demonstra a capacidade do vírus para se instalar nos níveis de risco. "Com o regresso à vida normal, tudo leva a crer que possa ocorrer uma aceleração da propagação do vírus", alerta o documento.
A taxa de prevalência da sida em Moçambique já ultrapassou os 14,9 por cento entre a população adulta, com mais de 1,4 milhões de pessoas infectadas, anunciou em Julho o Governo moçambicano.