sábado, janeiro 13, 2007
Maioria dos centros de diagnóstico da sida "não tem trabalho"
Público 10.01.07
"A maioria [dos centros de aconselhamento e diagnóstico do VIH/sida (CAD)] não tem trabalho, não faz nada. Estes não são procurados pelas pessoas", admitiu ontem aos deputados o coordenador nacional para o combate à infecção VIH/sida, Henrique Barros, na Assembleia da República, em Lisboa.
O exemplo tinha sido dado pelo deputado do Bloco de Esquerda João Semedo: quatro anos depois da criação de um CAD em Viana do Castelo, foi feito um total de 400 testes - nenhum deles deu positivo. "As pessoas não se deslocam [aos CAD]. Devia ser ao contrário, existirem unidades móveis, em vez de centralização", defendeu o deputado. Existem 18 destes centros de diagnóstico no país, um em cada capital de distrito.
Henrique Barros afirmou que a ideia inicial de criar locais onde é possível fazer testes com total anonimato foi boa, mas, "com a evolução da doença, [os centros] perderam importância como estratégia". Ao mesmo tempo, afirma que se cometeu o erro de pôr a funcionar muitas destas estruturas em centros de saúde, em que os doentes ficam expostos, e não é assegurado o anonimato efectivo quando se vê uma pessoa a entrar numa porta, o que traz riscos de "estigmatização", notou o responsável na comissão parlamentar de saúde, onde foi chamado para discutir o novo Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/sida 2007-2010, apresentado no mês passado.
"O que funciona bem são os CAD móveis" e vai ser esta a aposta da coordenação, sublinhou. A intenção é levar as equipas destas estruturas fixas a outros locais.
(...)
"A maioria [dos centros de aconselhamento e diagnóstico do VIH/sida (CAD)] não tem trabalho, não faz nada. Estes não são procurados pelas pessoas", admitiu ontem aos deputados o coordenador nacional para o combate à infecção VIH/sida, Henrique Barros, na Assembleia da República, em Lisboa.
O exemplo tinha sido dado pelo deputado do Bloco de Esquerda João Semedo: quatro anos depois da criação de um CAD em Viana do Castelo, foi feito um total de 400 testes - nenhum deles deu positivo. "As pessoas não se deslocam [aos CAD]. Devia ser ao contrário, existirem unidades móveis, em vez de centralização", defendeu o deputado. Existem 18 destes centros de diagnóstico no país, um em cada capital de distrito.
Henrique Barros afirmou que a ideia inicial de criar locais onde é possível fazer testes com total anonimato foi boa, mas, "com a evolução da doença, [os centros] perderam importância como estratégia". Ao mesmo tempo, afirma que se cometeu o erro de pôr a funcionar muitas destas estruturas em centros de saúde, em que os doentes ficam expostos, e não é assegurado o anonimato efectivo quando se vê uma pessoa a entrar numa porta, o que traz riscos de "estigmatização", notou o responsável na comissão parlamentar de saúde, onde foi chamado para discutir o novo Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/sida 2007-2010, apresentado no mês passado.
"O que funciona bem são os CAD móveis" e vai ser esta a aposta da coordenação, sublinhou. A intenção é levar as equipas destas estruturas fixas a outros locais.
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