quarta-feira, novembro 22, 2006
Indiferença faz crescer infecção por HIV na Europa Ocidental
DN 22.11.06
O relatório de 2006 da Onusida vem reforçar o diagnóstico dos últimos anos: nos países da Europa Ocidental, a ideia de que a infecção por HIV deixou de constituir um perigo mortal, graças à disponibilidade de tratamento, associada ao abrandamento das campanhas de prevenção, está a dar resultados alarmantes. Em Portugal, por exemplo, o diagnóstico de HIV em homens que têm sexo com homens aumentou 68% entre 2001 e 2006. Na Holanda, a percentagem é ainda mais alta - 75%, enquanto na Suíça é de 71% e na Bélgica de 40%.
Estes números são tanto mais significativos quanto o grupo dos homens que têm sexo com homens foi uns do que, nos países ocidentais, demonstrou desde o início da epidemia uma maior consciência dos riscos da infecção. Em Portugal, de acordo com a epidemiologista Teresa Paixão, que colige os dados portugueses relativos a HIV, nota-se um aumento da notificação de HIV em "jovens homossexuais com menos de 23 anos". Também há um aumento nas raparigas muito jovens, entre os 16 e os 18 anos. Mas a especialista frisa que o crescimento mais significativo nas notificações se refere às mulheres, sobretudo a partir dos 50 anos: "São portadoras assintomáticas cuja infecção se descobre agora, muitas vezes em exames de rotina."
(...)
O relatório de 2006 da Onusida vem reforçar o diagnóstico dos últimos anos: nos países da Europa Ocidental, a ideia de que a infecção por HIV deixou de constituir um perigo mortal, graças à disponibilidade de tratamento, associada ao abrandamento das campanhas de prevenção, está a dar resultados alarmantes. Em Portugal, por exemplo, o diagnóstico de HIV em homens que têm sexo com homens aumentou 68% entre 2001 e 2006. Na Holanda, a percentagem é ainda mais alta - 75%, enquanto na Suíça é de 71% e na Bélgica de 40%.
Estes números são tanto mais significativos quanto o grupo dos homens que têm sexo com homens foi uns do que, nos países ocidentais, demonstrou desde o início da epidemia uma maior consciência dos riscos da infecção. Em Portugal, de acordo com a epidemiologista Teresa Paixão, que colige os dados portugueses relativos a HIV, nota-se um aumento da notificação de HIV em "jovens homossexuais com menos de 23 anos". Também há um aumento nas raparigas muito jovens, entre os 16 e os 18 anos. Mas a especialista frisa que o crescimento mais significativo nas notificações se refere às mulheres, sobretudo a partir dos 50 anos: "São portadoras assintomáticas cuja infecção se descobre agora, muitas vezes em exames de rotina."
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