sábado, abril 30, 2005

Investigação clínica 'mal tolerada' nos hospitais

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Este reconhecimento é tanto mais bem vindo quanto "não sentimos o apoio necessário por parte da instituição hospitalar para realizar este trabalho", confessou ao DN Fernando Domingos, um dos autores do estudo português, sublinhando que "a investigação clínica em Portugal é muito difícil porque os serviços não estão preparados para ela nem a entendem como uma mais-valia". Por isso, diz o médico , "a investigação clínica está a desaparecer em Portugal".

A questão foi, aliás, levantada na cerimónia de entrega dos prémios que ontem decorreu na Sala de Actos da Faculdade de Ciências Médicas pelo médico e professor João Martins Correia, que presidiu ao júri do prémio. Referindo o menor número de candidaturas em relação a anos anteriores, Martins Correia sublinhou que "sendo muito pouco valorizada na nossa estrutura hospitalar, a investigação clínica é, quando muito, tolerada". Para o especialista "é assim imperativo que esta investigação seja considerada um factor de qualidade, ao contrário do agora sucede".

O presidente da República, que presidiu à cerimónia, apelou a uma maior coordenação de políticas e meios para "um maior investimento na promoção da saúde, com orientações estratégicas claras e métodos conhecidos de avaliação e de prestação de contas". Para Jorge Sampaio, "temos pela frente [na saúde] o grande desafio de conferir maior dinamismo, inteligência e coordenação às diversas intervenções para melhorar a saúde dos cidadãos". Nesse sentido, disse, "é necessário coordenar de forma mais efectiva os meios de que já dispomos (...), fazendo com que os serviços saiam das instituições e vão ao encontro das dificuldades e das pessoas que sofrem".

E porque os prémios distinguem excelência na investigação científica, Jorge Sampaio acabou por sublinhar a "necessidade de fixar os nossos investigadores, de pôr as universidades a mexer e de relacionar cientistas e empresas, o que passa por remover barreiras e dar cabo de invejas".

Luís Portela, presidente da fundação, sublinhou por seu lado o papel da sua instituição na promoção da pesquisa na saúde e fez votos para que Portugal "possa, na actual legislatura, dar um salto qualitativo na área da inovação".

Discriminação de trabalhadores seropositivos pode ser denunciada via net

RTP 29.04.05

As suspeitas de discriminação de seropositivos no local de trabalho vão poder ser denunciadas através de uma morada electrónica criada pela Comissão Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS), em parceria com representantes dos patrões e dos trabalhadores.

O instrumento, hoje anunciado, foi criado no âmbito da Plataforma Laboral Contra a Sida, um projecto que visa a elaboração e implementação de "políticas de empresa e linhas de orientação sobre o Vírus da Imunodeficiência Adquirida (VIH) para o local de trabalho, visando a sua prevenção e o combate ao estigma e discriminação da pessoas infectadas".

Através de uma morada electrónica (plataforma@cnlcs.min- saude.pt), podem ser enviadas dúvidas e ser expostas "situações que indiciem a existência de discriminação derivada do estatuto serológico para o VIH, seja ele real ou presumido".

Estas questões poderão ainda ser encaminhadas para a CNLCS, entidade coordenadora da Plataforma Laboral Contra a Sida que conta com parceiros representantes das entidades empregadoras e também dos trabalhadores.

A CNLCS recorda, no primeiro livro da Plataforma, hoje apresentado e que pretende ser um instrumento de consulta, que 86,5 por cento dos casos de Sida notificados ao Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis, até 31 de Dezembro passado, são trabalhadores, com idades entre os 15 e os 49 anos.
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João Cordeiro contra-ataca



Pois é, como não conseguiu ter os anti-retrovirais nas suas farmácias vinga-se desta maneira...

CM 29.04.05

Farmácias hospitalares sem controlo

As farmácias hospitalares funcionam sem controlo. A despesa com os medicamentos disparou, nos últimos dez anos – de 10 para 25 por cento – não há controlo sobre o consumo de remédios e estes estão acessíveis a qualquer pessoa dentro do hospital. Para agravar esta realidade há falta de farmacêuticos nas unidades de saúde.

Este quadro negro do funcionamento da farmácia hospitalar foi ontem traçado por João Cordeiro, presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF). “As farmácias hospitalares funcionam nas caves, onde qualquer pessoa pode passar e pegar nos medicamentos. Além disso, não se sabe o que se consome e as despesas aumentaram brutalmente”, criticou João Cordeiro. A saída recente de “60 a 70 farmacêuticos”, que foram para as farmácias convencionais, veio agravar ainda mais, segundo o responsável, o funcionamento destes serviços.

João Cordeiro falava à margem da apresentação da campanha de alerta para os riscos que representam na condução alguns medicamentos, em especial quando associados com o álcool, que potencia os seus efeitos.Esta campanha, que decorre de 1 a 5 de Maio, associada à Presidência Aberta sobre a prevenção rodoviária, inclui a distribuição gratuita nas farmácias de alcoolímetros, aparelhos que medem o nível de álcool no sangue.

'NÃO HÁ COMPARAÇÃO'
As críticas do presidente da ANF são refutadas pelo responsável da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Manuel Delgado, por considerar que não é comparável o funcionamento da farmácia hospitalar e de rua. Contudo, ao CM reconhece dificuldades que passam “por falta de espaço e de todas as condições desejáveis”. A localização na cave é “normal porque está perto do ‘stock’ dos medicamentos”, contrapõe.

O “crescimento acelerado e crescente” dos custos dos medicamentos deve-se, nas suas palavras, ao cancro e à sida, terapias muito caras. “O consumo dos medicamentos é feito, desde há alguns anos, através da entrega de doses individuais aos doentes”, retorquiu Manuel Delgado. Pedro Nunes, bastonário dos médicos afirmou “desconhecer estas condições” das farmácias hospitalares. O Ministério da Saúde está “atento e reconhece as dificuldades do sector”, enquanto o bastonário dos Farmacêuticos, Aranda da Silva, afirma-se “preocupado com a falta de instalações e recursos nas farmácias hospitalares”.

quinta-feira, abril 28, 2005

Seropositivos brasileiros terão acesso gratuito a oito procedimentos contra lipodistrofia

O Ministério da Saúde incluirá na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) oito novos procedimentos indicados para portadores do vírus HIV que sofrem com a lipodistrofia.

Os seropositovos que tomam os medicamentos anti-retrovirais, usados no tratamento da doença, são as únicas vítimas da síndrome, que provoca acúmulo ou perda de gordura em áreas específicas do corpo.

Governo brasileiro negocia com laboratórios preço e prazo para produção de medicamento

As discussões sobre a licença voluntária dos anti-retrovirais mais caros usados no coquetel brasileiro serão retomadas. Entre hoje e amanhã, integrantes do Ministério da Saúde devem se reunir com representantes de laboratórios Gilead Science e com Merck Sharp e Dhome. Semana que vem, o governo espera marcar um encontro com representante do laboratório Abbott. À frente das negociações, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, afirma que a pauta dos encontros será enxuta: preço para concessão da licença e prazo para produção de medicamento. 'Serão reuniões separadas. Um dia com cada laboratório', disse.

Barbosa considera aceitável o prazo de um ano entre concessão da licença e a efetiva produção de remédios pela rede brasileira. 'Não há razão para que o período seja maior', afirmou. Na licença voluntária, a indústria abre mão da patente, mediante o pagamento de uma quantia acertada entre as partes e desde que alguns critérios técnicos para garantir a qualidade do produto sejam tomados.

Há pouco mais de um mês, o ministro da Saúde, Humberto Costa, enviou uma carta para três indústrias, questionando o interesse da concessão da licença voluntária de remédios antiaids. Mas as respostas foram pouco convincentes. Uma das empresas, a Abbott, recusou a oferta. Merck e Gilead sugeriram novo entendimento, o que foi aceito pelo ministério.

Caso a negociação não caminhe, o governo estuda recorrer à licença compulsória. 'Deste processo, com alguma licença vamos sair: ou voluntária ou compulsória. Ela é indispensável para que o programa seja auto-sustentável', disse.
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Atrasos com nova combinação da Gilead e BMS

Gilead Sciences on Tuesday said an experimental pill combining its HIV treatment Truvada with Bristol-Myers Squibb Co's popular Sustiva treatment will be scrapped, but that a second version of the pill will be developed and could be submitted to US regulators for approval by year's end.

Gilead, a biotechnology company based in Foster City, California, already sells Truvada - a once-daily product which is itself a combination of the company's HIV treatments Emtriva (emtricitabine) and Viread (tenofovir disoproxil fumarate). Gilead and Bristol-Myers agreed last year to to develop a once-daily pill containing their respective medicines.

But Gilead said the first formulation of the new product created bloodstream levels of Sustiva (efavirenz) that were lower than those typically seen with the recommended 600 milligram dose of Sustiva used alone. Gilead said if the second formulation of the new product produces satisfactory bloodstream levels of its drugs and Sustiva, the companies could seek US approval for it by the end of the year.
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Moçambique: vinte trabalhadores seropositivos despedidos

Vinte trabalhadores infectados com o vírus da SIDA foram despedidos este ano na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, denunciou hoje a Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM). A denúncia partiu do secretário provincial de Sofala da OTM, José Mazive, durante o anúncio das comemorações do 1º de Maio, dia Internacional do Trabalhador, que este ano a organização realiza sob o lema "Todos pelo combate do HIV/Sida".

As expulsões ocorreram "algumas vezes de uma forma directa, sobretudo, após as empresas submeterem os seus trabalhadores ao teste de SIDA", afirmou Mazive, em declarações reproduzidas pelo Diário de Moçambique, da Beira.

O dirigente sindical, que recusou nomear as empresas envolvidas, manifestou igualmente a sua preocupação pela "sistemática violação da lei laboral relativa à assistência médica e medicamentosa dos trabalhadores".
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quarta-feira, abril 27, 2005

Edição portuguesa do The Pfizer Journal chega a Portugal

Meios&Publicidade 27.04.05

A edição portuguesa do The Pfizer Journal, a primeira feita na Europa, começou a ser distribuída pelos profissionais do sector da saúde e também vai chegar a investigadores, economistas, jornalistas e algumas autoridades e associações nacionais.

A revista tem a coordenação de Fátima Bragança, da Pfizer, é gratuita e tem uma tiragem de 10 mil exemplares. Esta primeira edição portuguesa tem como tema A Corrente do Progresso – Demonstrar o Valor da Inovação Farmacêutica [leia-se Protecção das Patentes e dos Preços Exorbitantes] e da Investigação e Desenvolvimento e conta com a colaboração dos médicos Ricardo Seabra Gomes e Heloísa Santos e do economista Miguel Gouveia.

terça-feira, abril 26, 2005

Angola: criado Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA



Luanda, 25/04 - Um Decreto do Conselho de Ministros, promulgado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, a 03 de Março último, cria o Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA.
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Como órgão técnico executor das políticas traçadas pelo Ministério da Saúde, no domínio da luta contra as Infecções de Transmissão Sexual (ITS), compete ao Instituto, entre outras atribuições, propôr normas de actuação clínica, laboratorial, investigação biomédica, pedagógica e laboral. Reserva-se-lhe ainda definir e coordenar as acções de formação, informação, educação, comunicação, aconselhamento, tratamento e seguimento dos vectores de contágio e disseminação da pandemia, além de colaborar com os organismos internacionais que actuam nesta área.

Receitas controladas

Os médicos portugueses vão passar a ter acesso periódico a uma lista dos medicamentos que receitam, no âmbito de um projecto da Comissão para o Uso Racional do Medicamento (CURM), disse à Agência Lusa o seu responsável.

A medida só deverá avançar a partir do próximo ano, porque depende de equipamento informático a desenvolver pelo Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde, e Armando Brito de Sá defende-a, em entrevista à Lusa, como um "mecanismo pedagógico" e não uma "vigilância do tipo policial".
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segunda-feira, abril 25, 2005

A lavagem do esperma permite ter filhos sãos aos pais seropositivos

"El sida ha dejado de ser una condena a muerte inevitable para convertirse en una enfermedad crónica, con muchos años de expectativa de vida para el paciente", apunta el jefe del servicio de Ginecología y Obstetricia del Complexo Hospitalario Juan Canalejo de A Coruña, José Luis Gómez Parga. Como responsable de la unidad de Reproducción Asistida, el doctor Gómez Parga ayuda desde hace años en su deseo de procrear y criar hijos libres del virus de inmunodeficiencia humana a parejas tocadas por el VIH."

No sé cuándo se puede decir que empezamos. Llevamos haciéndolo desde el principio, siempre adaptándonos a las normas que iban saliendo y que ahora están estabilizadas desde hace no mucho tiempo", explica Gómez Parga. "En lo que respecta a conseguir el embarazo en mujeres con un valor de VIH positivo, se hizo de todo, se llegó a hacer hasta microinyección", añade el especialista.

Cuando es el hombre el portador del virus, la técnica del doble lavado permite reducir hasta niveles satisfactorios la carga viral en el semen. En este caso, los especialistas médicos deben actuar sobre tres partes de la muestra: los espermatozoides, los leucocitos y el líquido seminal, que son los componentes en los que el virus se manifiesta.

Para "pelear" contra la infección, se procede en laboratorio a depurar los espermatozoides de líquido seminal y leucocitos, procurando al mismo tiempo que los propios espermatozoides no tengan partículas de virus.
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ONUSIDA pessimista sobre vacina

Genebra - O director do Programa das Nações Unidas contra a SIDA (ONUSIDA), Peter Piot, mostrou-se céptico sobre a possibilidade de se descobrir em breve uma vacina contra a doença. Actualmente só dois produtos, desenvolvidos em laboratórios de Tailândia e EUA, são testados em seres humanos, revelou ele.

Piot lamentou que os cientistas não tenham registrado avanços que indiquem que a descoberta da vacina está perto e, mais pessimista ainda, admitiu que "não há garantias" de que haverá uma vacina. "Não sabemos por onde ir, não sabemos que tipo de anticorpos devemos estimular."
O director lembrou que em 1984 anunciou-se a descoberta do vírus da SIDA e então se afirmou que uma vacina estaria disponível no prazo de cinco anos. "Passaram-se 21 e continuamos no meio do nada", lamentou.
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sábado, abril 23, 2005

Lisboa recebe encontro europeu de migrantes

Migrantes de toda a Europa reúnem-se em Lisboa, de 29 de Setembro a 02 de Outubro, para analisarem a problemática do VIH/SIDA, durante o 8º Encontro Europeu de Migrantes, foi hoje anunciado.

A iniciativa, a decorrer na Universidade Lusófona, é uma organização conjunta da Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA (CNLCS) e da rede europeia SIDA & Mobilidade na Europa.

Criada para proporcionar um maior e melhor conhecimento das populações imigrantes, ao nível das suas necessidades sociais e de saúde, a rede europeia foi implementada em Portugal em 1997.

O 8º Encontro Europeu de Migrantes, destinado a representantes de Organizações Não-Governamentais (ONG) de migrantes com actuação na área do VIH/SIDA e da Saúde, pretende apresentar experiências e técnicas naquela área, segundo a CNLCS.
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sexta-feira, abril 22, 2005

Índia país com mais seropositivos

Global Fund To Fight AIDS, Tuberculosis and Malaria Executive Director Richard Feachem on Tuesday said that HIV/AIDS is quickly spreading in India and that the country is doing little to stop it, BBC News reports.

"The epidemic is growing very rapidly. It is out of control," he said, adding, "There is nothing happening in India today that is big or serious enough to prevent it." Feachem said people in India need to "wake up" and take the problem "seriously" or "millions" of people will die, according to BBC News.

He also estimated that India now has more HIV-positive residents than South Africa, which, according to official statistics, has the highest number of HIV-positive residents. UNAIDS figures released in July 2004 showed that about 5.3 million HIV-positive people live in South Africa, with a possible range of between 4.5 million and 6.2 million. The data showed that between 2.5 million and 8.5 million HIV-positive people live in India, although a government estimate places the number at 5.1 million. India's range is larger because there is a lack of reliable data about HIV prevalence in the country, according to BBC News.

The epidemic in India is "compounded by widespread ignorance" and stigma surrounding HIV/AIDS, according to Feachem, BBC News reports. He also criticized the high cost of antiretroviral drugs in the country. "It is easier to get Indian generic drugs in Africa than it is to get them in India," he said, adding, "That is a scandal and has to be changed" (BBC News, 4/19).
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Nova fase do blog Hepatite C

Blog Hepatite C 21.04.05

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Foi no dia 08 de Julho de 2004 que publiquei o primeiro artigo no blog Hepatite C. Na verdade foi uma pequena série de artigos. Curiosamente o primeiro deles dizia : "A Hepatite C pode ter cura". Outro deles, o que justificava o nascimento do blog, referia a inexistência de uma Associação de Apoio aos Doentes com Hepatite C.
Hoje foi registada em notário a criação da SOS Hepatites, de cuja Comissão Instaladora eu faço parte.
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A fragilidade dos argumentos da CNLcS

Blog Hepatite C 21.04.05

Muitos de nós receberam as respostas enviadas pela Comissão Nacional de Luta contra a SIDA, no que diz respeito à justa pretensão que manifestamos para que se realize o rastreio das hepatites conjuntamente com o anunciado a algumas vezes adiado rastreio da SIDA. Vou publicá-la aqui, para quem não teve oportunidade de enviar o e-mail e fazer um pequeno comentário sobre a mesma: (...)

Seropositivos com fraca instrução

DN 20.04.05

Uma grande parte dos infectados com HIV em Portugal têm níveis de escolaridade muito baixos 5% não têm qualquer instrução, 30% apenas a escola primária e 6% frequentaram a escola profissional. "A estas pessoas não chegam mensagens escritas, panfletos nem outdoors. O nível de iliteracia exige campanhas específicas", alertou ontem o virologista Ricardo Camacho, explicando a necessidade de serem criadas campanhas de prevenção que consigam chegar a grupos mais afectados pelo vírus.
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"Já nos habituámos a viver com este cenário, nem os números elevados nos chocam, já se sabe que Portugal tem a maior taxa de infecção da Europa. Já não é notícia. E isto é péssimo", sublinhou Ricardo Camacho. Por isso, todos os exemplos são poucos para se perceber a dimensão da doença num país onde oficialmente estão identificados 26 mil pessoas com HIV/sida, mas as estimativas apontam para números reais entre os 50 e os 60 mil.
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Uma parte dos diagnósticos são feitos numa fase já muito avançada. Em Portugal, 33% dos doentes têm os CD4 (glóbulos brancos) a níveis abaixo dos 200, uma percentagem que não ultrapassa os 20% no resto da Europa. Por isso, a detecção precoce é fundamental. Aliada à necessidade de campanhas de prevenção, os especialistas defendem que o rastreio da doença devia chegar "ao maior número possível de pessoas". Se para o médico Eugénio Teófilo essa detecção deve passar, em primeira instância, pelos centros de aconselhamento e diagnóstico (CAD), Ricardo Camacho considera que os testes deviam ser cada vez mais prática comum dos médicos de família, "até para pôr fim ao estigma do rastreio".

Do conjunto de doenças consideradas definidoras de sida, a tuberculose é a mais comum no País, atingindo 5% dos doentes em primeiras consultas.

TB: novo fármaco lançado até 2010

DN 22.04.05

Um novo medicamento para tratar a tuberculose, sem novas terapêuticas há 30 anos, poderá ser desenvolvido até 2010, afirmou um responsável da organização de apoio à investigação Global Alliance for TB Drug Development. A esperança foi manifestada num encontro sobre o desenvolvimento de tratamentos para as doenças tropicais promovido pela farmacêutica GlaxoSmithKline em Madrid.

Portugal "exporta" VIH através de imigrantes africanos e do Leste europeu

Lusa 19.04.05

Portugal está a "exportar" o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) através de imigrantes infectados que contaminam as parceiras com sub-tipos que só existem em território português quando visitam o país de origem, revelou hoje um virologista.

A informação foi avançada por Ricardo Camacho, virologista do Hospital Egas Moniz e autor do estudo SPREAD ("Strategy to Control SPREAD of HIV Drug Resistance") que visa avaliar a transmissão de variantes do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) 1 resistentes aos medicamentos. Ricardo Camacho falava durante uma sessão de trabalho sobre o VIH, que decorreu no Oceanário de Lisboa.

Segundo as conclusões da primeira fase deste estudo, a maioria dos portugueses infectados com o VIH contraiu a infecção em Portugal. Por seu lado, os imigrantes também são infectados em Portugal e, em muitos casos, levam o vírus para os países de onde são oriundos, onde infectam as parceiras, que descobrem que estão seropositivas durante o parto.

Segundo as conclusões do "Spread", um estudo que inclui 17 países da União Europeia, mais a Jugoslávia, e que em Portugal investigou 180 doentes com o VIH que são seguidos em 22 hospitais, 65 por cento dos portugueses foram infectados em Portugal.

A investigação, que se realizou em 2003, concluiu que 40 por cento dos imigrantes estudados - oriundos de países africanos e do Leste europeu - contraiu a infecção em Portugal.
Uma das provas dessa infecção em território português é o sub- tipo do VIH com que estes imigrantes foram infectados, que só existe em Portugal. No entanto, esse sub-tipo está a ser "exportado" de Portugal para os países de origem dos imigrantes através dos contactos sexuais destes quando visitam a família.

Segundo Ricardo Camacho, a maior parte das infecções por VIH em Portugal (42 por cento) têm o sub-tipo B e 29 por cento o sub-tipo G, este último a crescer em Portugal. O virologista está preocupado com nove por cento dos sub-tipos identificados nos doentes estudados no âmbito do SPREAD, que correspondem a doentes infectados e que, entretanto, foram reinfectados com outras variantes do VIH, resultando num "vírus mosaico" e, por isso, mais difícil de combater.

A resistência aos medicamentos é um dos maiores desafios dos especialistas, estimando-se que 26 por cento dos doentes sob tratamento médico em Portugal apresente resistência a estes fármacos.

Outro dado igualmente preocupante e identificado no estudo destes doentes é o estado avançado da infecção que apresentam quando são diagnosticados. "Em Portugal os doentes são diagnosticados mais tarde do que nos outros países europeus, o que significa que estiveram infectados mais tempo e com maiores hipóteses de transmitir a doença", explicou Ricardo Camacho.

O VIH é cada vez menos um vírus de gente nova, conforme frisou o especialista.
A idade média dos seropositivos ao VIH é 35 anos e o vírus atinge cada vez mais mulheres. No início da infecção (anos 80), existia 90 por cento de homens infectados para 10 por cento de mulheres, mas actualmente o VIH atinge 69 por cento dos homens e 31 por cento das mulheres.

Em relação à via de transmissão, os heterossexuais estão em maioria (55 por cento), seguidos dos homossexuais (18 por cento), dos utilizadores de drogas endovenosas (20 por cento) e das transfusões (um por cento).

Rede europeia quer acesso de todos os imigrantes a tratamento até 2006

A rede europeia SIDA & Mobilidade na Europa pretende promover, até 2006, o tratamento de todos os imigrantes em Portugal infectados com SIDA, incluindo os ilegais, foi hoje anunciado num seminário, em Lisboa.

"Para o período 2004/06, um dos nossos objectivos é promover o acesso à prevenção e aos tratamentos para pessoas com estatuto de residencial incerto, onde se incluem os ilegais", disse Carla Martingo, da Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA, um dos parceiros portugueses da rede europeia.

Durante o seminário "Multiculturalidade - Que desafios para os prestadores de cuidados?", a responsável indicou ainda que os parceiros portugueses da rede SIDA & Mobilidade na Europa pretendem também fazer uma "caracterização da população imigrante no que concerne ao VIH/SIDA".
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Eleição de Ratzinger é um retrocesso no combate mundial à sida



A escolha do cardeal alemão Joseph Ratzinger, de 78 anos, como sucessor do Papa João Paulo II é um retrocesso na história dos direitos sexuais e combate da Aids, dizem ativistas brasileiros. O novo Papa, que adotará o nome de Bento 16, tem pontos de vista conservadores sobre temas como o controle da natalidade (isto inclui uso do preservativo e pílula anticoncepcional), diálogo entre as religiões, casamento gay e feminismo.

“O sentimento é de luto”, lamenta a representante da organização não governamental (ONG) Católicas pelo Direito de Decidir, Regina Soares Jurkwicz. Segundo ela, os cardeais que elegeram Ratizinger não ouviram uma grande parte da igreja, que defende o diálogo e a discussão a respeito de questões modernas. “Tínhamos a esperança de revisão na postura dogmática do último Papa”, comenta.
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Eleição de Ratzinger decepciona arcebispo Desmond Tutu
JOHANESBURGO (Reuters) - O arcebispo anglicano da África do Sul Desmond Tutu demonstrou decepção na quarta-feira com a escolha de Joseph Ratzinger para papa, chamando-o de "conservador rígido" fora de sintonia com o seu tempo.
Tutu, que esperava um papa africano, disse à rádio sul-africana SABC que o fato de Ratzinger ser europeu é menos importante do que suas opiniões conservadoras.
"Esperávamos alguém mais aberto às questões mais recentes do mundo, à toda a questão das mulheres no clero e uma posição mais razoável em relação aos preservativos e a Aids", disse Tutu.

Governo substitui todos os presidentes das Administrações Regionais



O ministro da Saúde vai substituir os presidentes das cinco Administrações Regionais de Saúde, devendo os novos dirigentes assumir funções a partir de 1 de Maio, confirmou Correia de Campos à Antena 1.
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quarta-feira, abril 20, 2005

Diagnóstico tardio facilita contágio

CM 20.04.05

Cerca de um terço dos portugueses infectados com o vírus da sida são diagnosticados em fases tardias da doença, o que torna mais difícil o seu tratamento, ao mesmo tempo que permite o aumento do contágio.

Dados da primeira fase do estudo SPREAD – Strategy to Control Spread of HIV Drug Resistance –, financiado pela União Europeia, que conta com a participação de 17 países, entre estes Portugal.

Ao todo, foram estudados 180 doentes, um trabalho que permitiu confirmar o panorama negro da doença entre nós. “Portugal tem mais doentes infectados que todos os países escandinavos juntos”, refere Ricardo Camacho, virologista do Hospital de Egas Moniz e um dos responsáveis pelo estudo.

Há 26 mil casos de sida registados, mas as estimativas dos casos reais no nosso País apontam para os 50 mil.” Razões de sobra para, na opinião deste especialista, repensar as campanhas de sensibilização. “O estudo revelou uma grande percentagem de doentes com baixo nível de escolaridade – 30 por cento com instrução primária e 5 por cento não tem qualquer instrução.” A estas pessoas juntam-se os imigrantes e as com mais de 50 anos que pensam que a doença só afecta jovens. As campanhas deviam atingir estes grupos, no entanto, “isso não acontece entre nós”, denuncia o clínico.

Delegados médicos


Legislação farmacêutica compilada e publicada

Publicação elaborada pelo GJC deste Instituto (INFARMED), procede à integração do conjunto dos diplomas mais relevantes aplicáveis ao sector farmacêutico e das respectivas alterações ao longo dos anos. Esta publicação é actualizada trimestralmente.

Listagem dos últimos diplomas publicados.

terça-feira, abril 19, 2005

Stocrin contra-indicado para mulheres grávidas

Important Change in SUSTIVA (efavirenz) Package Insert —Change from Pregnancy Category C to D

Dear Health Care Provider,
Bristol-Myers Squibb Company would like to make clinicians who are caring for HIV-1-infected patients aware of important new information in the SUSTIVA Package Insert regarding pregnancy. The pregnancy category for SUSTIVA has been changed from Category C (Risk of Fetal Harm Cannot Be Ruled Out) to Category D (Positive Evidence of Fetal Risk). This change is a result of four retrospective reports of neural tube defects in infants born to women with first trimester exposure to SUSTIVA including three cases of meningomyelocele and one Dandy Walker Syndrome. As SUSTIVA may cause fetal harm when administered during the first trimester to a pregnant woman, pregnancy should be avoided in women receiving SUSTIVA.
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As benesses da indústria farmacêutica

The power of drug companies to buy influence over every key group in healthcare-doctors, charities, patient groups, journalists, politicians-has clearly shocked a UK parliamentary committee (p 855). It should shock us all. Can we console ourselves that companies' lavish spending on research and marketing, which far outstrips spending on independent research and drug information, leads to truly innovative treatments? No, says the committee's report. Can we rely on regulatory bodies to keep the industry in check? No, again.

quinta-feira, abril 14, 2005

João Goulão vai presidir Instituto da Droga

JN online 14.04.05

O ministro da Saúde, António Correia de Campos, convidou João Goulão para presidir ao Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), segundo fonte oficial citada pela Agência Lusa.
O médico que esteve à frente do Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência (SPTT) já terá aceite o convite para liderar o organismo responsável pela definição das políticas de luta contra a droga e combate à toxicodependência.
João Goulão ocupa actualmente as funções de coordenador para a área da saúde da Casa Pia de Lisboa.

quarta-feira, abril 13, 2005

Sanofi não pede patente para medicamento contra malária

Sanofi to Sell Cheap Malaria Drug

French Company Decides Against Patent Protection; Reducing Number of Deaths

WALL STREET JOURNAL
April 8, 2005; Page B3

Sanofi-Aventis SA plans to launch an inexpensive and easy-to-use malaria drug that could help reduce the number of deaths caused by the disease, especially in Africa.

The French drug maker said it intends to sell the drug on a no-profit basis and won't seek patent protection for it. These steps could encourage manufacturers to produce copycat versions of the drug and make the drug more easily available in poorer countries. The new antimalarial is being developed by Sanofi and its partner, Drugs for Neglected Diseases Initiative, a non profit umbrella group whose members include several health-related organizations. It will be launched next year.

Critics long have complained that pharmaceutical companies don't do enough to make patented drugs affordable to poor countries that are overwhelmed by AIDS and other killer diseases. Sanofi's decision to sell the new drug at cost was a direct response to that criticism, said Philippe Baetz, a Sanofi executive overseeing the effort to improve access to drugs in developing countries.
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Fundação Clinton fornece tratamento a 10 mil crianças infectadas com SIDA

O antigo presidente norte- americano Bill Clinton anunciou hoje que a sua fundação irá fornecer até ao final do ano tratamentos anti-retrovirais a 10 mil crianças infectadas com o vírus da SIDA de 10 países em desenvolvimento.
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ONU junta estações de televisão para combater SIDA

Quo vadis SIC e TVI??

As Nações Unidas convidaram a RTP para integrar um programa de combate à SIDA, hoje formalmente apresentado em França às principais estações de televisão do mundo, disse à Lusa o director de programação da RTP.

A iniciativa - lançada em Janeiro do ano passado em Nova Iorque pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, com o nome de Global Media Aids Initiative - consiste em preparar e transmitir programas criativos de televisão que alertem para o problema crescente do vírus da SIDA.

"O objectivo é, sobretudo, combater a SIDA no terceiro mundo e a televisão, como meio de comunicação de massas, pode ter um papel importante", explicou Nuno Santos, acrescentando que "o combate pode ser feito de várias maneiras".
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Brasil testa 32 mil num ano

Será o maior rastreio de hepatites (A, B, C e D) efectuado até agora no mundo. Desenhado por amostragem e incidindo em todas as capitais do país, funciona casa a casa, como o inquérito previsto para o HIV/sida em Portugal, e testará 32 mil pessoas que, como no rastreio desenhado por cá, respondem sobre comportamentos e conhecimento dos riscos.

Este "inquérito serológico", como lhe chama o ministério da Saúde brasileiro (MSB), é efectuado com recolha de sangue para análise posterior (os analisados recebem o resultado, com garantia de sigilo, ao fim de 30 dias). O que, para além da dimensão do país, explica a morosidade do processo iniciado em Outubro de 2004, deverá terminar "a meio do segundo semestre de 2005", segundo Expedito Luna, director de vigilância epidemiológica do MSB. Os resultados só deverão ser publicados no final do ano. Luna "aposta" numa prevalência de 1,5% (a que se prevê existir em Portugal), mas as piores estimativas apontam para 4,5 milhões de infectados com o HCV (o que equivale a 2,5% da população de 182 milhões). Apesar de a infecção ser de notificação obrigatória desde 1999, só cem mil infectados foram diagnosticados e, desses, só 7,5 mil estão em tratamento.
(...)

Hepatite C pode 'entrar' em rastreio de HIV/sida

Um belíssimo exemplo de pressão legítima por activistas com a ajuda da comunicação social.

O encarregado de missão da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, António Meliço-Silvestre, assumiu ao DN que vai propôr ao ministro da Saúde que o rastreio nacional do HIV/sida inclua também testes à hepatite C. O rastreio, preparado sob a tutela do governo anterior, e cuja preparação custou até agora 250 mil euros, deveria ter arrancado em Março, mas aguarda o aval do ministro da Saúde, Correia de Campos. Que, de acordo com o seu gabinete, ainda não apreciou o assunto.

Um atraso que, para a associação SOS Hepatites, vem por bem este colectivo de apoio aos infectados, fundado no início do ano, decidiu lançar uma campanha pública, desde 6 de Abril, através do respectivo blogue (http://hepatitec.blogs.sapo.pt). Aí, num tipo de acção pioneira no País, incitam-se os internautas a exigir ao ministro da Saúde e à CNLCS a inclusão de testes às hepatites B e C no rastreio, afixando as respectivas moradas electrónicas. Está em causa, diz Val Neto, um dos fundadores da SOS, "rentabilizar o investimento e aproveitar a oportunidade de fazer um trabalho bem feito".
(...)

Empresas e seguradoras "podem exigir" teste de Sida?

DN 12.04.05

A exigência de um teste de sida a trabalhadores de determinadas áreas profissionais de risco "é compreensível", considerou ontem o penalista Costa Andrade, numa conferência subordinada ao tema "Direito Penal e Sida", na Universidade Portucalense, no Porto. O professor, com matéria publicada sobre o tema, disse também que os testes "justificam-se" na área das seguradoras, para que as companhias "possam graduar os riscos que correm".

No caso das empresas, Costa Andrade exemplificou com profissões como cirurgião, dentista e cozinheiro. São casos em que o risco de transmissão é elevado. "São poucas as profissões que comportam esse risco. E não é legítimo a uma empresa obrigar os funcionários a fazer o teste, se no exercício das funções não houver risco de transmissão. Isso viola princípios éticos fundamentais. Deve haver racionalidade para não se cair na 'fantasmagoria' da sida", observou. Mas o "problema é complicado. As empresas estão legitimadas pelo consentimento. As pessoas querem o emprego e sujeitam-se", admitiu, lembrando que não há legislação específica.

No que toca às seguradoras, Costa Andrade considera legítimo que se façam seguros de vida consoante os riscos e, como tal, se exija o teste de sida. "É uma questão de limites. Não podem é recusar o seguro por ser seropositivo nem apresentar prémios intoleráveis", defendeu, numa posição que se alinha com um parecer da Provedoria de Justiça.

Activistas europeus contra ensaios da Pfizer

A Pfizer já tinha decidido não avançar com ensaios clínicos fase IIb em Portugal.

LONDON (Reuters) - A clinical study into an experimental AIDS pill made by Pfizer Inc, the world's biggest drugmaker, should be halted because it offers patients no safety net, activists said Tuesday.

The European AIDS Treatment Group (EATG) said the design of the trial for Pfizer's so-called CCR5 inhibitor drug maraviroc, previously known as UK-427,857, was putting people with HIV at unnecessary risk of developing full-blown AIDS.

"The trial design should be changed or otherwise stopped," EATG Chairman Mauro Guarinieri said in a statement. "We demand all concerned regulatory authorities to assume their responsibility and act accordingly."

Concerns about the study design have already forced Pfizer to suspend plans to test the drug in France, Germany and Spain. But a company spokesman said its research had won the support of the majority of stakeholders and regulators around the world.

EATG criticism centers on the fact that previously untreated patients can enroll in the PhaseIIb/III study, regardless of their immune system health or the amount of virus they are carrying.

The group, an influential voice in European AIDS policy, said this was unethical, since it could mean people with severely compromised immune systems who were in vital need of a proven treatment would instead get an untested investigational drug.

Pfizer disagreed and said the study contained appropriate checks and balances to protect patient safety, while at the same time allowing researchers to work out the best future use of the medicine.

RACE TO MARKET
The U.S.-based company is in a race with other drugmakers to be first to market with a CCR5 inhibitor -- a new kind of pill that can block the AIDS virus before it enters human cells.
If successful, CCR5 inhibitors should have fewer toxic side effects than conventional treatments and offer hope to patients whose virus has developed resistance to existing antiretroviral medicines.

Industry analysts say Pfizer is a few months ahead of rivals with maraviroc, which was discovered at the group's research laboratories in Sandwich, southern England. But both GlaxoSmithKline Plc and Schering-Plow Corp are on its tail. Continued ...

segunda-feira, abril 11, 2005

Para uma política de drogas diferente

Do You Want an End to the War on Drugs?

Then please read this.
Last year December, the European Parliament approved the 'Catania report' . This report contains recommendations for a fundamental change of drug policy in the European Union. It is now up to EU authorities to integrate these recommendations in the new EU Drugs Action Plan (2005-2008).

On 21 April, the European Parliament in Brussels organises a Public Hearing on the new Plan, where the top of the EU drug control bureaucracy will be invited. At the Hearing, they will listen to voices of people who are directly involved in the drug issue but never admitted inside the rooms where decisions are taken. The Hearing means a support to the spirit of the Catania report.

When the EU will adopt its new Drugs Plan in June 2005, they will need to take the recommendations of this report into account. If they do this, it will mean a step with great symbolic value, both inside Europe and towards the rest of the world. The Catania report talks a different language, if it "contaminates" the EU Drugs Plan, many national debates can start on the issue of what this means for national practices.

A petition to support the EP report is now open for signature - we should have lots of signatures on 21 april 2005 - so we can present them directly to the EU Authorities during a Public Hearing in Brussels. Please sign the petition on http://action.encod.org/ and ask others to do the same. (the report is available on this site)

Plan a Citizen Action
People all over Europe are preparing individual or collective actions to show their protest against current drug policies on 21 April 2005. If you want to know more (and receive some low budget flyers to spread around in order to encourage people around you) please contact encod@glo.be.

O acesso ao Tipranavir em situações de falência terapêutica em Portugal


Após a realização dos estudos RESIST e ensaios clínicos pertinentes e enquanto decorre, a nível centralizado na União Europeia, o processo de aprovação pela EMEA e da respectiva autorização de comercialização, ou de introdução no mercado (AIM), do seu novo medicamento anti-retroviral, Tipranavir, a entidade produtora, Boehringer Ingelheim, tem disponibilizado esse mesmo medicamento nos Estados Membros através de programas de acesso alargado ao abrigo das diversas modalidades previstas nas legislações de cada Estado.

Em Portugal, perante o vazio legal e a indefinição do Estatuto do Medicamento nas condições de acesso alargado ou compassivo antes de obtida a respectiva AIM e contando com o desconhecimento, anuência ou complacência das entidades fiscalizadoras e reguladoras, que têm por objectivo estatutário e legal a promoção e defesa da saúde e dos direitos das pessoas, a Boehringer Ingelheim Portugal tem vindo a propor aos hospitais o citado medicamento através de Autorizações Especiais de Utilização (AEU) nominativas e contra o pagamento de 26 € diários por utilizador, desde Novembro de 2004.

Ciente das enormes dificuldades que esta modalidade estava a criar (nesta data existem apenas 3 doentes em Portugal com acesso a este medicamento através de AEUs) para todos quantos comprovadamente necessitam deste medicamento para terapêuticas de resgate (estimam-se aproximadamente numa centena), o GAT – Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA – Pedro Santos, iniciou, em 21 de Janeiro de 2005, com aquela empresa farmacêutica negociações tendentes a desbloquear esta situação.

Em nosso entender, medicamentos na situação do Tipranavir, sem autorização de introdução no mercado mas absolutamente necessários em terapêuticas de resgate, em situações clinicamente comprovadas, deveriam ser disponibilizados gratuitamente, à semelhança do que acontece em outros países europeus, nomeadamente em Espanha.

Com este princípio e objectivo negociámos com a Boehringer Ingelheim Portugal, tendo conseguido que esta empresa se comprometesse a financiar integralmente e até final de Dezembro de 2005, o total de tratamentos suficientes para tratar até 100 doentes.

No entanto, a Boehringer Ingelheim Portugal colocou-nos como condição para concretização desta proposta, que seja o GAT o responsável pelo pagamento da medicação aos hospitais utilizando para isso um fundo atribuído pela Boehringer Ingelheim Portugal, criado para este efeito. Deste modo, após os trâmites legais necessários, a empresa procederia à importação e distribuição do medicamento aos respectivos Hospitais.

Registamos com agrado que a BI Portugal tenha proposto uma solução em que a saúde das pessoas que necessitam deste medicamento é colocada antes de qualquer consideração económica e financeira.

Entendemos, no entanto, não ser da nossa competência e não poder ser da nossa responsabilidade o pagamento da medicação aos hospitais, mesmo utilizando um fundo especial para tal criado pela Boehringer Ingelheim Portugal.

Como organização não governamental fizemos o que entendemos nos competia e o que nos é possível. Compete agora ao Ministério, Administração, Órgãos Fiscalizadores e Reguladores, Administrações dos Hospitais, Directores de Serviços e aos Clínicos responsáveis assumir as suas responsabilidades.

Vimos assim informar todas as entidades e pessoas com responsabilidades na área da saúde para a necessidade de, aproveitando a disponibilidade já demonstrada pela da Boehringer Ingelheim Portugal em ceder, para todos os efeitos gratuitamente, as necessárias quantidades de Tipranavir, encontrarem, com urgência, as soluções legais e administrativas que assegurem o acesso efectivo e em tempo útil a este medicamento por parte de todos quantos dele necessitam.

a direcção do GAT,
Lisboa, 7 de Abril de 2005.

Análise descarta idéia de "supervírus" da sida

São Paulo - A variante do HIV-1 identificada num homem de Nova York em fevereiro e investigada pelo Centro de Pesquisa em Aids Aaron Diamond, da Universidade Rockfeller, foi considerada apenas como “excepcional”, descartando a idéia de um suposto “supervírus” da Aids, como foi imaginado inicialmente.

O caso tem tido grande repercussão devido à forma resistente e de ação rápida do vírus. Além de se mostrar resistente a várias classes de drogas antiretrovirais, a infecção causou no paciente uma progressão muito rápida para o estágio sintomático da Aids.
(...)

domingo, abril 10, 2005

40% das grávidas com VIH são imigrantes

Cerca de 40 por cento das grávidas infectadas com o VIH atendidas pela Maternidade Alfredo da Costa (MAC) em 2004 eram imigrantes, revelou ontem a médica Cristina Guerreiro, da MAC, num seminário sobre a saúde das mulheres imigrantes. «No ano passado, entre 30 e 40 por cento das mulheres infectadas com sida que foram atendidas na MAC eram imigrantes, sobretudo de países africanos», disse a representante da maternidade citada pela agência Lusa, sem precisar o número de mulheres atendidas.

Cristina Guerreiro indicou ainda que cerca de 10 por cento dos seis mil partos que a maternidade realiza por ano são de imigrantes. O seminário «Mulheres, Migrações e Saúde» terminou ontem em Lisboa e visou sensibilizar os técnicos de saúde para a assistência médica aos estrangeiros.
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Angola com oportunidade histórica para conter sida

Segundo a Abraço, tanto em Portugal como em Angola, só se o governo tornar a luta contra a sida numa prioridade é que a epidemia será controlada.

O mais recente relatório das agências das Nações Unidas em Angola afirma que a actual baixa taxa de prevalência de sida no país abre uma «oportunidade histórica» para conter a propagação do vírus na região, mas que tal só se poderá conseguir com medidas urgentes de prevenção. Apesar da nota positiva, a Abraço portuguesa lembra que os dados são «relativos» e que não implicam necessariamente que a situação de epidemia no país lusófono esteja controlada.
(...)

Angola: Empregadores devem admitir pessoal sem teste de VIH

Luanda, 31/03 - A inspectora geral do Ministério do Emprego e Segurança Social, Idaltina Mónica, advertiu hoje, em Luanda, para que nenhuma entidade empregadora efectue testes de VIH/Sida como condição primordial ao acesso ao emprego, por ser indiferente a prevalência ou incidência da pandemia.

Segundo Idaltina Mónica, que dissertava o tema "Legitimidade da exigência do Teste do VIH/Sida como Condição para Admissão no Emprego, Confidencialidade da Doença, Razões e Limites", a lei angolana advoga o acesso ao emprego a todas as pessoas com capacidade e aptidões profissionais e a igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de trabalho e não pela doença que possuí.
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A Pfizer deveria comprar a Merck?

In the face of a big disappointment, should Pfizer buy its long-time rival Merck?

Two days after the world's largest drug firm promised growth for its arthritis drugs Celebrex and Bextra, the U.S. Food and Drug Administration said that Celebrex should get a serious warning and that Bextra should be pulled from the market entirely. Both drugs have been dogged by an apparent link to heart attacks, but the ruling still came as a surprise to many physicians and drug industry watchers (see: "Doctors Back Bextra Ban").

That leaves Pfizer (nyse: PFE - news - people ), which just made rosy earnings projections for 2006 onward based on cost cuts and sales growth, in a tough position. One idea, advanced by Deutsche Bank analyst Barbara Ryan in a research note before the Bextra news broke, would be a hostile takeover of Merck (nyse: MRK - news - people ).

Guidelines americanas actualizadas

Adult Treatment Guidelines Updated

The "Guidelines for the Use of Antiretroviral Agents in HIV-1-Infected Adults and Adolescents" has been revised to include up-to-date drug information, including updated information on nevirapine hepatotoxicity risks, the interaction between rifampin and ritonavir-boosted saquinavir, new pregnancy data for efavirenz, and new contraindications and warnings for ritonavir and lopinavir/ritonavir use. Also included in the updated document is a new table, Table 30, providing information on the tipranavir expanded access program. All changes to the document are highlighted in yellow.

The updated guidelines document is available AIDSinfo Web site at: http://www.aidsinfo.nih.gov/guidelines/default_db2.asp?id=50. You can view, order hard copies of the guidelines, or request them by email at the web site.

The Lancet em favor dos genéricos

Ensuring the safety of HIV/AIDS generics

Welcome news on the international HIV/AIDS front arrived recently when the US Food
and Drug Administration (FDA) approved Aspen Pharmacare's triple-antiretroviral
regimen. Tentative FDA approval for this South African company qualifies its triple
combination therapy for purchase with funds allocated by the US President's
Emergency Plan for AIDS Relief (PEPFAR). But the continuing criticism of generic
drugs to treat HIV and the ongoing imbroglio around the use of single-dose
nevirapine for the prevention of mother-to-child transmission reminds us that
life-saving medicine remains politicised in a realm where politics has no place.
(...)

Quando se fala em casos de sucesso em Portugal, é de desconfiar


De formato foetu. Frankfurt, 1631. Giulio Casserio (ca. 1552-1616)


O caso de sucesso mais falado em Portugal no campo da saúde, tem a ver com a saúde materno infantil, nomeadamente na taxa de mortalidade infantil.
Ora mais uma vez os números podem ir pelo cano abaixo se se ler a notícia em baixo.
Isto é um panorama terceiro mundista, e um bom indicador da situação em relação ás ISTs.

Uma vergonha...

Entre 20 a 30 crianças nascem anualmente em Portugal com sífilis. Uma doença sexual que lhes é transmitida pela mãe durante a gravidez e que provoca consequências graves no bebé: lesões neurológicas irreversíveis, cegueira ou surdez. A situação é alarmante porque na Europa são raros os casos que atingem recém-nascidos e também por outra razão – mostra que a sífilis está a ressurgir no País.
(...)

Estudo demonstra que os cocktails de medicamentos para a SIDA previnem o cancro

A HAART pode não só suprimir o VIH e ajudar a prevenir infecções oportunistas como a pneumonia: os medicamentos podem também proteger os pacientes de alguns cancros relacionados com a infecção, afirmaram investigadores na terça-feira.

quarta-feira, abril 06, 2005

TMC-114 muito promissor como terapêutica de resgate

TMC-114 Sets a New Standard in Salvage Therapy Trials

The greatest need in HIV antiretroviral therapeutics now is for agents that can effectively block viral replication in patients who have experienced virologic failure on several drug combinations, and who now harbor multi-drug resistant virus. One drug in development that answers this need is tipranavir (TPV), an experimental protease inhibitor (PI) that has demonstrated activity in phase 3 trials (RESIST 1 and 2) against virus with broad PI resistance. An overview of the research presented on tipranavir at this conference is available here.

TMC-114 is another experimental PI with activity against virus that is resistant to the currently available PIs. In a session at CROI focused on new antiretroviral agents, researchers presented a planned 24-week, combined interim analysis of two phase 2 dose-finding trials on TMC-114. The results, presented by Richard Haubrich of the University of California-San Diego, were impressive.

Vamos exigir que as Hepatites B e C sejam inseridas no rastreio da SIDA !

Como foi noticiado no Blog Hepatite C, num artigo recente, a Comissão Nacional de Luta contra a SIDA não pretende incluir no rastreio que vai ser realizado para a detecção da SIDA, as Hepatites B e C.

terça-feira, abril 05, 2005

Para que é que serve a ciência?

Science and technology have been among the most important factors changing society. Most developments have taken place with little political discussion. The Lisbon Strategy states that, in the 'knowledge economy' research and scientific innovation will be the driving force behind 'wealth creation'. The Strategy intends that Europe in 2010 will be "the globally most competitive knowledge-based economy". Such an approach supports and judges research and innovation only in its ability to deliver moneymaking ventures, not whether it can make society a more sustainable and healthy place to live. The two are not mutually exclusive; but the question "what is science for?" arises when it is uncritically a profit-driven exercise.

As the major R&D investment by the EU, we can contrast the expected approach of Framework Programme 7 (FP7) with a different research agenda with different priorities, which explicitly aims for a creative, co-operative, healthy, environmentally-sustainable and peaceful society. This briefing outlines such an approach. Questioning the existing structures and priorities becomes more important with the expected doubling of EU research spending from FP6 (€17.5 billions) to nearly €40 billion over 5 years.

There is nothing in "science" that dictates thematic programmes or the priorities of research funders. Science can be steered in various ways to fulfil different functions: broadening our understanding of our world; or providing experts and data for public policy making independent from business / industry lobbies; or commodifying nature and knowledge etc. Those who refuse a proper debate on the goals and conditions of research are, in the current context, allowing the co-option of the research agenda by short-term economic interests. Opening a societal debate, far from restricting the freedom of scientific endeavours, will open new possibilities and options that are not restricted to the immediate search for profit.

We believe that the current proposals for developing FP7 place too much power in the hands of the industry lobby and not enough influence from the wider European public in whose name this money is being spent. Market forces are blind - society needs to define its own priorities and there is no other place to do it other than political institutions: participative, inclusive, deliberative democratic processes for research priority-setting are essential. We believe that a different research agenda is possible - one that has a different vision for society's future.
(...)

Para assinar a petição, clicar aqui.

FDA aprova novo medicamento contra hepatite B



The US Food and Drug Administration (FDA) announced yesterday that on March 29th it approved entecavir, marketed by Bristol-Myers Squibb (BMS) as Baraclude, for the treatment of chronic hepatitis B virus for individuals monoinfected with hepatitis B and individuals coinfected with both HIV and hepatitis B who have previously received 3TC (lamivudine, Epivir/Zeffix).
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ONU diz que Angola tem "oportunidade histórica" para conter vírus da SIDA

As Nações Unidas consideram que a baixa taxa de prevalência da SIDA em Angola é uma "oportunidade histórica" para conter a propagação do vírus neste país lusófono, o que exige medidas urgentes de prevenção.

"Esta taxa de prevalência deve ser entendida como uma oportunidade única para conter o vírus em Angola e, consequentemente, mandar uma mensagem de esperança aos países da África Austral seriamente afectados por esta pandemia", refere o mais recente relatório das agências das Nações Unidas em Angola.
(...)
"O tratamento anti-retroviral deve ser estendido a todas as províncias", refere o relatório, que, entre outras medidas, também defende a necessidade de ser reforçada a capacidade dos centros de aconselhamento e testagem voluntária.

"Angola enfrenta inúmeros desafios no pós-guerra, que incluem o combate contra a pobreza, a reconstrução de infra-estruturas económicas e sociais, a reintegração dos deslocados e a desmobilização de ex-combatentes, mas é fundamental assegurar uma resposta efectiva na luta contra a SIDA", consideram as agências da ONU em Angola, para as quais "os altos níveis de empenhamento existentes ao nível do governo são encorajadores".

A situação é, no entanto, diferente ao nível das províncias, onde ainda só foram instalados seis comités provinciais de luta contra a SIDA e "nenhum deles está verdadeiramente operacional".

segunda-feira, abril 04, 2005

Angola: necessidade de mais hospitais para tratamento da SIDA

A directora clínica do Hospital Esperança, Marília Afonso, disse ser prioritária a criação em todo o país de hospitais específicos para o acompanhamento de doentes infectados pelo VIH/SIDA, por forma a se diminuir o elevado número de mortes.

Esta posição foi defendida quinta-feira pela directora, quando dissertava acerca da "problemática dos anti-retrovirais e os direitos dos seropositivos", na II conferência sobre o HIV/SIDA e os direitos humanos, promovida pela Associação Justiça Paz e Democracia (AJPD), sob o lema "Por uma sociedade mais humana respeitemos os direitos dos seropositivos".

Segundo Marília Afonso, é urgente a criação destes centros para o tratamento eficaz com anti-retrovirais, treinando-se técnicos nacionais simultaneamente com a instalação de equipamentos adequados para a rapidez dos resultados."Desta forma, muitas pessoas poderão se tratar nas suas províncias sem ter de desperdiçar dinheiro, viajando para Luanda", sublinhou.
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Plano de combate à tuberculose sem grupo coordenador

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A médica Elena Raimundo salienta ainda que o combate à tuberculose tem sido feito "com cada vez menos recursos e os bons resultados só mostram que estamos a trabalhar melhor". Em falta estão, nomeadamente, enfermeiros e assistentes sociais que possam asse- gurar a toma observada directamente (TOD), a estratégia de tratamento que melhor resulta. Contudo, por exemplo, a TOD só ocorre em 55% dos doentes bacilíferos da Grande Lisboa, região que é responsável por um terço do total de novos casos nacionais.

Em Portugal, surgiram no ano passado 3511 novos casos, o que corresponde a 33,7 doentes por cem mil habitantes. Mas é um erro, garante António Segorbe Luís, associar a tuberculose ao HIV. "A sida só corresponde a 15% dos casos. Temos mais 20% para a toxicodependência e 12% para os imigrantes", explica o presidente da SPP. O DN tentou ouvir o Ministério da Saúde e a Direcção-Geral de Saúde, mas ninguém se mostrou disponível.

A Igreja e os Direitos Humanos

(...)
João Paulo II foi um defensor dos direitos humanos na sua vida secular, mas não aplicou este princípio à própria Igreja.

Entre os direitos humanos que há muito aguardam pelo reconhecimento por parte da Igreja destacam-se o da igualdade de género, incluindo a ordenação de mulheres, o direito dos padres ao casamento, a liberdade de consciência e de discurso, o direito a julgamento justo, o direito de ser respeitado pela sua orientação sexual, o direito de decisão no que respeita à reprodução e ao uso de preservativos para evitar a disseminação da sida.
(...)

Uma sexualidade menos arriscada

(...) no âmbito da luta contra a sida, o especialista Machado Caetano anima sábado de manhã, no Porto, um "Café para pais" sobre "uma sexualidade menos arriscada".
A iniciativa é da Fundação para o Desenvolvimento Social do Porto e da Fundação Portuguesa "A Comunidade Contra a Sida" e decorrerá no Café Guarany, à Avenida dos Aliados.

sexta-feira, abril 01, 2005

Cobranças indevidas no SNS

A Provedoria de Justiça (PJ) advertiu ontem as unidades de saúde para não cobrarem cuidados prestados a utentes em situações para as quais a lei define o "princípio da gratuitidade". A posição do provedor surge na sequência de várias queixas de doentes que receberam em casa facturas para pagarem despesas por atendimento nas unidades do Serviço Nacional de Saúde, quando estavam isentos de qualquer cobrança.
(...)

Ministro aceita demissão do coordenador para a droga

O presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) vai deixar o cargo este mês. Nuno Freitas colocou o lugar à disposição do ministro da Saúde, logo após a tomada de posso do novo Executivo, e Correia de Campos aceitou de imediato a sua saída.
(...)

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